Às vezes fico de saco cheio, por ser apenas mais um, ser humano!

Não que eu não goste de ser quem eu sou, mas às vezes me canso em fazer todas as coisas que faço, só porque um infeliz estabeleceu que todos, devemos fazer as coisas iguais, só porque sempre foram feitas deste ou daquele jeito, e ninguém mais tem a coragem de fazer diferente.

Porque simplesmente todo aquele que for contra o sistema, será fisicamente morto pelo método do apedrejamento ou mentalmente fulminado da fase da terra (desprezado), tratado como se fosse um ninguém ou apenas mais um.

Enche o meu saco, porque apesar de eu abominar fazer tudo igualzinho aos patéticos humanos, acabo sempre fazendo tudo igual, só porque não tolero o desprezo dessa gente desprezível e se quer aguentaria escutar de boa às palavras imundas, que sairiam da boca dessa gente em protesto, por ser atrevido, que em verdade sentem inveja das pessoas que ousam e se atreve a fazer diferente.

Cansei de tentar ser gentil com pessoas que se quer sabem o valor da gentileza, me entristeça saber que noventa e nove por cento da população pobre (espiritualmente), são arrogantes e soberbos e julgam todas as pessoas do seu entorno que não são úteis a eles, de descartáveis e fúteis, sendo elas próprias tão fúteis quanto descartáveis.

Cansei de me questionar, ao mesmo tempo em que falo com propriedade dessa gente que afirmo ser desprezíveis, porque posso estar sendo desprezível, e não ter a consciência de que sou apenas mais a reclamar como todos fazem.

Queria ser diferente, queria não refletir sobre muitas coisas da vida, do comportamento humano, dos sentimentos ruins das pessoas e de tudo que me incomoda neste planeta e mundo.

Acho que é bem como dizem, ‘a ignorância humana’ é uma bênção, porque tenho reparado e observado pessoas do meu entorno, elas “vivem” apenas das necessidades do presente, “preenchendo” suas necessidades, sendo imediatistas, não esquentando com questões dos conflitos alheios, que me afligem com tanta frequência e tanto como um ser humano.

Estão vendo?

Entre um pensamento e outro, fico a observar pessoas do meu entorno e uma pergunta dentro de mim não quer se calar, ‘como é que essas pessoas conseguem ser como são?’

Eu invejo as pessoas que conseguem manter suas serenidades, apesar da turbulência mundana, vivendo suas vidas um dia de cada vez, eu vivo no mesmo ‘esquema’ de todo mundo, mas o fato de estar fazendo e sendo o que todo mundo é e faz me causa incômodos mentais! (risos)

Paulo RK