Paulo Rk

Paulo Rk
Contemplação da mente

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A vida é foda por que ela é engraçada, ou é engraçada por que é foda? Tolices da juventude!

Não me arrependo por nada que eu tenha feito na vida ou mesmo pelas coisas que deixei de fazer quando tive oportunidades.
Mas é inevitável fazer comparações e apesar de não gostar de me comparar com ninguém, não posso deixar de sentir uma “dorzinha” no meu consciente, todas as vezes que penso que hoje poderia estar trabalhando como sushiman, em algum restaurante badalado na minha cidade que tanto amo.
Estou sendo contraditório, admito, mas qual o ser humano em sua sã consciência, não é?
Ninguém é normal e nem pode ser, porque certas realidades humanas e mundanas parecem no meu ponto de vista, mal planejadas.
Quando mais jovem não tinha todo o amadurecimento que tenho hoje, apesar de ter aprendido muitas lições, com todas as cabeçadas entre erros cometidos e acertos.
O processo foi enfadonho porque quando não temos maturidade, insistimos sempre nos mesmos erros, sofrendo muitas vezes por teimosia, típica dos jovens.
Foi justamente nesta época “dourada” da juventude que desperdicei grandes oportunidades profissionais, e no caso, se eu tivesse abraçado, com unhas e dentes estaria bombando profissionalmente, ganhando muito dinheiro, fazendo o que mais gosto nesta vida, sushis. (comer e faze-los)
É onde acho graça, acredito que “alguém” deve ter errado na dinâmica das coisas, como elas acontecem neste planeta.
Acredito que o processo todo da juventude e envelhecimento deveria ser contrário das realidades estabelecidas, eu explico.
 Quando era mais jovem tinha mais animo e disposição para fazer malabarismos e não me cansava com qualquer atividade, e as oportunidades choviam na minha horta, literalmente.
Mas pra que tanta energia se não tinha a sabedoria dos maduros para agarrar as oportunidades da vida?
Em contrapartida, mais amadurecido, não tenho mais aquela mesma motivação que tinha em épocas douradas, tão pouco, as oportunidades parecem surgir com as mesmas intensidades.
É quando o arrependimento dá o ar da sua graça, dentro dos meus sentimentos, não posso evitar.
Pensem, todas as vezes que vejo algum jovem sushiman liderando algum restaurante japonês cinco estrelas na minha cidade, a “invejinha” branca é inevitável.
Eu me pergunto e convido a todos os meus leitores a se fazerem a mesma perguntinha básica, que não quer se calar:
“Será que a humanidade seria mais próspera e feliz se nascêssemos com sabedoria dos mais velhos e a energia típica da juventude, ao mesmo tempo, que nos tornássemos mais tolos com a chegada da idade”?
Acredito estar sendo muito coerente nesta minha indagação, pois de que vale tanta sabedoria acumulada dentro de um corpo inútil?
Opino e sem titubear que seriamos mais felizes e prósperos se tivéssemos a sabedoria dos mais velhos enquanto jovens, e as tolices da juventude à medida que envelhecermos.
Paulo RK

sábado, 28 de setembro de 2013

Generosidade

“Generosidade é a virtude em que a pessoa ou o animal tem quando acrescenta algo ao próximo.” Generosidade se aplica também quando a pessoa que dá algo a alguém tem o suficiente para dividir ou não. Não se limita apenas em bens materiais. Generosos são tanto as pessoas que se sentem bem em dividir um tesouro com mais pessoas porque isso as fará bem, tanto quanto aquela pessoa que dividirá um tempo agradável para outros sem a necessidade de receber algo em troca. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Generosidade
A gente sempre procura ser bom com as pessoas, procura dedicar todo o nosso tempo em fazer algo por elas, sempre quando podemos. (óbvio)
Mas não fazemos pelo reconhecimento ou com a intenção de ganhar algo, fazemos apenas pela alegria de ver a felicidade da pessoa contemplada, com a nossa própria generosidade, pelo menos pra mim, um praticante do budismo que leva muito sério esta filosofia de vida.
A gente não pede e não espera nada em troca, mas “pessoas” sempre nos surpreendem, seja com surpresas agradáveis ou com as desagradáveis.
Pessoalmente, prefiro surpresas agradáveis (risos), e ontem tive uma bonificação por ser generoso com as pessoas nesta vida.
Estou ajudando um amigo de infância, que por sinal estimo muito, a fazer mudanças de seus pertences de um lugar para o outro.
Tipo de mudança enfadonha, pois não dá pra realizar de uma só vez, tendo que dedicar alguns dias da semana, só para fazer.
Olha só, que coisa boa!
Este meu amigo me cedeu às telhas, pois o mesmo estava sabendo que eu precisaria de algumas delas, na verdade, de todas elas.
Isso vai me ajudar muito financeiramente economizando, pois não vou precisar me virar para comprar telhas, podendo dedicar o meu escasso dinheiro, para a compra de outros materiais necessários.
Gandhi mencionou que temos que fazer mudanças que desejamos ver no mundo, e Buda mencionou que toda mudança nas outras pessoas, começa a partir da nossa própria transformação interior, é da reforma interior das condições negativas que mudanças acontecem tanto nas pessoas como no mundo externo, e para o melhor. (com certeza)
Ficar criticando e exigindo das pessoas o que não conseguimos ser ou oferecemos a elas, é meio incoerente.
Explicando o caos e a falta de equilíbrio mundano, com tantos recursos tecnológicos e científicos que gozamos atualmente.
Nesta semana refleti muito sobre os ensinamentos budistas em minha vida, pois comprovei novamente o que sempre leio nas  escrituras sagradas; ‘que não devemos desanimar com as coisas ruins que nos acontecem, pois a vida é generosa, e depois de uma tempestade é inevitável a calmaria’.
Na segunda feira tive uma grande decepção com o nosso “sistema”, que não funciona como um sistema, prejudicando o povo com suas injustiças sociais e principalmente, com a má falada “burro-crácia”!
Em contrapartida na sexta feira fui contemplado com a generosidade de um amigo muito apegado com os seus pertences, foi muito compensador, pois eu planejava comprar dele, pagando pelo menos 50% do seu valor equivalente em depósitos de construções.
Resumindo; “nada é gratuito, existe uma lei implacável chamado lei da causa e efeito, e tudo que fizermos para os nossos semelhantes e com a própria vida, recaíra sobre nós mesmos”!
Fazendo valer o sábio ditado popular; “Se plantar vento colherá tempestades”.
Eu não sei por que é tão difícil das pessoas compreenderem, este simples mecanismo da vida, muita gente espera de braços cruzados preferindo acreditar que um único Deus, lhe proporcionará coisas boas, quando elas próprias não se esforçam para ser generosos, com as pessoas e com o próprio mundo.
Muito pior, não praticando a própria bondade em sentimentos e atitudes, vivem a cobrar das outras pessoas, o que elas mesmas não conseguem oferecer ao mundo!
Paulo Rk

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Nunca pensei que teria meu própria dia de fúria!

Que sou metido a psicólogo de boteco não é novidade pra ninguém, sempre disposto a ouvir problemas alheios e sempre com uma frase carregada de otimismo e esperança na ponta da língua, para fazer acalmar os ânimos mais exaltados.
Mas hoje de manhã foi diferente, passei por uma experiência ruim, de repente de psicólogo cheio de conselhos positivos pra dar e vender, eu me vi uma pessoa no fundo do poço, completamente desanimada.
Toda a minha revolta é pelo ‘sistema’, que como o próprio nome sugere, deveria funcionar como um ‘sistema’ a favor do povo, e não o contrário.
 No Brasil é assim, o povo que é a maioria deveria ditar regras para ter um governo para lutar pelos nossos direitos e interesses, pois afinal de contas eles “metem” as mãos em nosso rico dinheiro, vivendo uma vida de ostentação, enquanto o povo tem que se contentar e viver com os restos e migalhas, que sobram destes desfrutes desvairados.
Quando menino, assisti um filme chamado “dia de fúria” este  filme,  me deixou muito  intrigado.
Pois quando ainda somos inocentes, nunca imaginamos que uma única pessoa, possa despertar tanta raiva e ódio com o mundo e com as pessoas, foi justamente o que senti na manhã de hoje.
A vontade que tive, logo após ser contrariado por uma realidade nesta manhã, foi à mesma que o personagem central do filme sentiu de sair batendo em todo mundo, e quebrando tudo que eu visse pela frente.
Eu sei que ninguém tem culpa pelas coisas que não dão certo  na minha vida, mas em parte elas são culpadas sim, por serem cumplices de um país  cheio de canalhices, e não fazer absolutamente nada, preocupados apenas com a copa e o carnaval.
Eu não sou a maioria, represento parte dela, e sozinho não posso fazer muitas coisas, assim como o sábio ditado popular diz; “uma andorinha sozinha não faz verão”!
E se você pensar ou se atrever a pensar que toda a minha ira e indignação são desnecessárias, um conselho, nunca subestime uma manhã ruim, pensando que ela não pode piorar.
Chegando em casa na parte da tarde, uma grande surpresa desagradável, de longe  percebi que o número de moscas tinha aumentado, e pensei ser  um fator natural, pois o tempo esquentou no dia de hoje.
Compartilho com um pessoal do mesmo quintal na parte da frente, algum infeliz recolheu as fezes dos cães e depositou todo o material num buraco que existe no chão.
Ao me aproximar do buraco, “tcharam”, uma revelação bombástica, o buraco estava infestado por moscas verdes, e enormes.
Naquele momento cai de joelhos e ergui as mãos para os céus em louvor e suplicando ao senhor por uma resposta, perguntando varias vezes; “por que, por que e por que”?
Já bastante atordoado pela grande decepção que tinha sentido na parte da manhã, mais essa, fiquei tão atormentado, que ainda de joelhos, comecei a rezar o pai nosso e a meditar e cantar mantras.
Invoquei todos os nomes sagrados, de Deus, a Buda e Jesus Cristo, tamanho desespero!
Fiquei por alguns segundos naquela posição, quando o meu estomago soou um alarme, fui salvo pelo meu estomago, e não titubeei.
Assim que entrei em casa assaltei a geladeira e esvazie o potinho de amendoim, entupindo os cinco pãezinhos com aquela maravilhosa pasta e comi sem miséria, encenando um suicídio.
Bendito sejam os carboidratos dos pães e a glicose do creme de amendoim, me senti bem melhor, decidindo ir ao mercado para me abastecer.
Quando estou descendo a viela, em direção ao mercadinho, tive que voltar correndo, pois eu vi uma pessoa que costuma chorar e lamentar sobre a vida, pensando; “mais essa, ninguém merece”!
Só por hoje me esquivei desta pessoa, voltei correndo entrei no quintal e me escondi, deixei de lado a minha mania de querer ser um psicólogo de boteco, porque hoje excepcionalmente, estou precisando de um!
 Paulo RK

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Minha mãe costumava dizer; "vai melhorar"! E eu não dava a mínima!

Sabe que às vezes me dá uma vontade louca de voltar a ser moleque, onde eu podia “refugiar” de baixo da saia da minha mãe, em busca de abrigo e proteção, diante de algum perigo iminente.
Era aconchegante e mesmo depois de “véio”, sinto a maior falta deste comportamento maternal, dizem que é sinal de fraquezas humana.
Mas quem se importa, se sou mesmo um ser humano, não tendo porque me envergonhar da minha própria natureza intrínseca, em dizer que sinto falta e necessidades do colo, carinho, palavras e cuidados de uma mãe dedicada.
O irônico de toda essa minha realidade é quando entrei na adolescência, e me sentia adulto o bastante, para ficar falando dos meus problemas para minha mãe.
O problema é que eu a desdenhava, e quando chegava da rua, mal olhava para sua cara, mas percebia que ela focava seu olhar em minha direção, a espera que eu comentasse sobre as minhas dificuldades, e procurasse alguns gestos e palavras de conforto como costumava fazer quando ainda criança.
Pior, é que certa vez ouvi uma das conversas com a sua amiga, dizendo que depois que cresci não queria mais papo com ela.
Mas acho que é normal, pois a sua amiga disse a mesma coisa sobre o seu filho, que ele chegava da rua e se trancava no quarto sem ao menos cumprimenta-la.
Para o meu alivio e conforto da minha consciência, eu não era tão filho da putinha como o fedelho do filho da sua amiga, pois pelo menos cumprimentava a minha mãe, pelo menos! (risos)
Nós humanos somos patéticos, só valorizamos quando perdemos e seja qual for os motivos e razões da perda, acredito que seríamos mais felizes, se tivéssemos a capacidade de enxergar naquele exato momento, a importância de todas as coisas simples em nossas vidas.
Minha mãe costumava dizer e ainda diz; “vai melhorar”!
Incrível como essas duas palavrinhas que saem da sua boca me faz sentir tão poderoso e confiante quanto ela, parecendo até aquele energético, que ela me fazia beber, quando criança para crescer e ficar forte, o biotômico. (risos)
Hoje cresci me tornando num homem, e a despeito dos efeitos implacáveis do amadurecimento, continuo aquele moleque por dentro, travesso e carente pelo seu colo.
Só que o tempo também é implacável, não retroage, e muitas coisas que deixamos de realizar se tornará num grande buraco, dentro do nosso emocional.
E as cobranças dos arrependimentos são maiores, e muito cruéis só de pensar que eu poderia ter feito muitas coisas boas, e muita diferença na vida de uma pessoa, no caso para minha mãe, e para mim mesmo.
Atualmente moro sozinho, na companhia das minhas carpinhas e de uma cadelinha carinhosa, que costumo chamar de Shakira, ela é incrível, abana seu rabinho com tanto vigor e dedicação, quando volto para casa, que às vezes temo dela sair voando. (risos)
Pois de tanto “girar” seu rabinho numa demonstração de alegria incontida, o mesmo se confunde com uma hélice de helicóptero, já pensou numa cadela voadora em pleno céu de São Paulo?
Manifestações de felicidades no quintal a parte, é quando eu abro a porta do meu quartinho, que sinto o verdadeiro arrependimento pelas coisas do passado, que deixei de curtir quando tive oportunidade.
Nem fazia por maldade, mas quando entrei na adolescência as preocupações exageradas da minha mãe me irritava, me tiravam do sério.
Vai entender, hoje depois de adulto, é tudo que eu queria, alias é tudo que mais queria abrir a porta do meu quartinho, e contar tudo o que aconteceu comigo no dia de trabalho, só para ouvir dela as suas palavrinhas mágicas; “VAI MELHORAR”!
Paulo RK