Paulo Rk

Paulo Rk
Contemplação da mente

domingo, 30 de dezembro de 2018

Quem se importa ‘se é bom ou ruim’; pois na vida tudo é um aprendizado!


Estou estranhando uma condição que tenho notado sobre mim mesmo recentemente, nem sei se é bom ou ruim, mas a questão é que está me tirando o ‘sono dos justos’ que tanto tenho direito. (risos)
É referente a esse blog e a minha própria vida que me levou a escrever em blogs, na verdade comecei a escrever por incentivo de alguns bons amigos que se preocupavam verdadeiramente comigo, pois quando mais novo de tanta timidez não conseguia me comunicar com as pessoas de forma clara e objetiva, na verdade se quer conseguia olhar nos olhos das pessoas e falar qualquer coisa; ‘da minha boca saia palavras desconexas e frases sem sentidos’ de tanta timidez.
Obviamente que as pessoas me considerava um retardado, pois não conseguia falar com os da minha própria espécie, mas a questão é que perderia muitas oportunidades na vida pela própria timidez exagerada que me consumia e me fazia muito infeliz.
Mas o tempo foi passando, adquiri mais idade e comecei a escrever neste blog, e à medida que desenvolvia textos relativos aos acontecimentos da minha vida real, ‘profissional e social’ senti uma melhora considerável na minha capacidade de organizar mentalmente meus pensamentos e raciocínios, para que eu pudesse falar de forma clara e organizada com as pessoas e para que elas pudessem me compreender.
De certa forma sou muito grato as pessoas que me incentivaram a escrever em blogs e ao próprio mundo do blog, dos blogueiros que conheci são pessoas tão criativas quanto maravilhosas, que me incentivaram e motivaram na construção deste humilde espaço virtual, bem como influenciaram de forma positiva a minha personalidade, me construindo quem eu sou hoje, gratidão eterna.
Mas não sou mais aquele rapaz tímido e “retardado” que mal sabia falar ou expressar olhando nos olhos das pessoas, hoje mais amadurecido compreendi que; ‘ninguém é melhor que ninguém, e que todos temos nosso lugar ao sol’, bastando aperfeiçoar as nossas vocações inerentes, superando os nossos limites de forma natural e nunca impor uma condição negativa a nós mesmos, deixando de realizar muitos feitos da nossa própria vontade aqui na terra, isso se chama ‘auto-sabotagem’, quando por uma experiência negativa anterior em nossas vidas, desacreditamos de nós mesmos, preferindo viver nas sombras das outras pessoas, com medo de passarmos por uma experiência negativa novamente, nos intimidamos e escolhemos viver de forma passiva e indigna, preferindo ser arrastado pela vida que assumir a proa do nosso barco que aqui podemos chamar de destino.
Eu não sei se tais considerações sobre o meu amadurecimento correspondem à realidade de vida das outras pessoas, pois dizem que o conceito da verdade sobre a verdade varia muito de um individuo para outro, de repente o que é verdadeiro para mim, pode não ser para você e vice-versa.
Mas, importante lembrar que não estou aqui para questionar nenhum outro ser humano além de mim mesmo, porque apesar da minha idade biológica estar avançando conforme o tempo está passando no calendário, eu sinto que ainda sou muito ‘cru’ mentalmente falando, e tenho muito a aprender, sobre a minha própria evolução neste planeta e mundo.
Sobre aprendizados, ‘sobre este tema’, tenho agradecido a deus pela minha própria natureza intrínseca curiosa e vontade incansável de aprender de tudo um pouco, eu sei que uma existência é insuficiente para aprendermos o suficiente para começar a trilhar a longa estrada espiritual da vida, pois dizem que a jornada é longa para a nossa verdadeira evolução espiritual, no entanto sinto intuitivamente que estou no caminho certo, sendo curioso e de ser sedento em adquirir novos conhecimentos querendo aprender de tudo um pouco.
Ao mesmo tempo em que adquiro novos conhecimentos sobre a minha personalidade e percepções da vida, notei em mim um paradoxo; ‘se antes não conseguia falar direito com as pessoas devido a vários fatores como a timidez e desorganização mental, hoje consigo falar pessoalmente com mais desenvoltura, ou seja, falar com emoção, transmitindo de forma clara e objetiva as minhas principais necessidades enquanto ser humano, conseguindo das pessoas o que necessito, por outro lado acho que perdi a habilidade de escrever com a mesma destreza de quando inicie este blog’.
Sou muito critico comigo mesmo, e analiso tudo que realizo, e não pude deixar de notar, principalmente em meus textos recentes a falta daquele ‘toque’ que tinha quando comecei a escrever neste blog.
 Eu não sei se é ‘bom ou ruim’ como comentei parágrafos acima, mas a questão é que algo mudou dentro de mim, fiquei meio chateado, pois eu ainda gosto de escrever, no entanto não estou conseguindo tocar de forma mais profunda e profana (no bom sentido) as pessoas como antes, pelo menos não por aqui, no mundo virtual.
Notei que tal habilidade mudou ou foi transferido para o mundo real de alguma forma, e se antes tinha muitas dificuldades de me expressar com as pessoas pessoalmente, isso se tornou coisa do passado.
Estou curtindo muito essa “nova habilidade”, pois eu posso conferir em tempo real a reação das pessoas quando menciono certas palavras mágicas do afeto, que elas estão desacostumadas e tão carentes de ouvirem, e que com certeza sentem muita falta e as fazem sentirem muito bem, a propósito quem não gosta de ouvir o que elas já sabem inconscientemente, como eu te adoro ou te amo?
Bom, na verdade acho que estou sendo meio dramático, alias no processo do amadurecimento e com a idade avançando tenho notado outras mudanças na minha vida pessoal, e novamente vou confessar que não sei se é ‘bom ou ruim’, mas que estou curtindo de montão.
Recentemente descobri porque a minha mãe adorava dar café para todas as visitas de casas, na época em que morava com ela, ela usava o café da minha cesta básica, café caro de qualidade, eu confesso que ficava puto com ela. (risos)
Pois é, eu aprendi a fazer café, e percebi ou descobri como é prazeroso, fazer um café gostoso e servir para os amigos e convidados de casa, hoje eu compreendo como a minha mãe tinha razão quando me chamava de pão duro, porque hoje depois de aprender a fazer um café saboroso descobri o que a minha mãe sentia e como é prazerosa a vida com esses pequenos detalhes de servir os amigos com cafezinho feito na hora.
Outro aspecto que tem feito muita diferença na minha qualidade de vida, são as plantas, em casa quem gostava muito de plantas era o meu pai, na verdade a minha casa era uma floresta, cheio de flores e folhagens, depois que o meu pai morreu, nós filhos deixamos todas elas morrerem com ele.
 Quem me conhece sabe que eu cuido de uma irmã esquizofrênica que até outro dia juntava lixo colhido das ruas e armazenado dentro de casa, mas graças a deus hoje ela está curada, tomando medicamentos ela voltou a ser uma pessoa “normal”, se é que existam pessoas normais no mundo moderno em que vivemos, enfim, pelo menos ela não coleciona mais lixos.
Então dos irmãos essa irmã, quando mais nova gostava de plantas, daí eu pensei como ela está melhorando com medicamentos tipo ‘tarja preta’, vou acelerar o processo de cura dela, resgatando antigos gostos, como no caso dela, o gosto pelas plantas.
Sabem aquele lance de querer ajudar alguém e de repente você percebe que o ato acabou ajudando mais a você mesmo do que a própria pessoa!?!?!?
Pois é quando meu pai cuidava das plantas ele falava com elas, e até admirava a ponto de ficar olhando horas e horas para um vaso cujo broto estava crescendo, ele parecia um lunático, seu olhar cheio de afeto parecia estar em transe, eu realmente confesso que achava meu pai um louco.
Hoje ‘pasmem’ faço a mesma coisa, comecei adquirir as plantas com o objetivo de ajudar ou acelerar o processo de cura da minha irmã e descobri que estou me ajudando, simples tarefas de mudar as plantas do vaso por ela estar crescendo, ficar atento as pragas, regar todas as vezes que o solo estiver seco e descobrir que aquela planta que você transplantou está com um broto novo, está mudando a minha vida completamente.
Outro dia me flagrei falando com uma pequena muda de planta, é, fiquei dizendo a ela o quanto estava bonita e para o meu próprio espanto, o meu olhar estava semelhante pra não dizer igual a do meu pai, a propósito num dia quente da semana, estava muito estressado com os afazeres profissionais, decidi não ir trabalhar, tirei a calça, os sapatos e coloquei um short e um chinelo e me joguei no quintal, juntamente com as terras, as plantas e os vasos.
Nem preciso dizer que foi como uma terapia, “sujando as mãos” com a terra adubada, esquecendo de tudo que estava me aborrecendo naquele dia, ao finalizar e regar as plantas em seus novos vasos, sentindo vivo outra vez, fiquei feliz e o mais importante me senti feliz, revigorado e pronto pra enfrentar o dia seguinte.
É eu acho que as pessoas deveriam valorizar as pequenas coisas da vida, pequenas atitudes como servir um cafezinho feito na hora, plantar uma planta, mexer com a terra, tudo isso nos faz resgatar os nossos valores, valores intrínsecos e verdadeiros que nos faz sentir vivos e conectados com o todo, com a mãe natureza e até mesmo com DEUS.
Do contrario é verdadeiro, o homem é um ser social, não pode ou consegui viver isolado do resto, espiritualmente falando somos parte de um todo, a idéia da individualidade só acontece enquanto estamos encarnados neste mundo terreno, quando cumprimos as nossas missões, partiremos e voltaremos a fazer parte de um todo, de um único corpo espiritual celeste, uma consciência única e inteligente, que flui em frente, seguindo sempre em frente!
Das mudanças comportamentais que estão acontecendo comigo expressas aqui neste blog tipo; das descobertas do prazer dos cafezinhos da minha mãe que ela insistia em servir para as pessoas, do amor que meu pai tinha pelas plantas, e a condição atemporal que estou notando em mim, ‘como antes nessa época do ano, estaria em euforia com as festas’, hoje estou completamente indiferente com a correria típica de algumas pessoas, vou ser sincero se é ‘bom ou ruim’ tudo que estou vivenciado, não tenho certeza, mas estou sentindo que estou cada vez mais vivo, estou me sentindo vivo e o que me incomodava antes, hoje, passa despercebido!   
E com todas essas mudanças acontecendo na minha vida, mudanças no aspecto mental, me lembrei de algo que meu pai comentou quando eu tinha uma mente confusa, complicada e infantil, ele disse que com o tempo tudo ia melhorar e eu ia respirar com mais tranqüilidade e agiria com mais sabedoria, hoje eu sei, que tal comportamento a que meu pai se referia é o próprio amadurecimento.
Portanto ‘se é bom ou ruim’, não tenho certeza, na verdade NÓS como mortais comuns que somos nunca teremos certeza de nada em nossas vidas, mas uma coisa que eu aprendi no processo do amadurecimento, ‘o importante nesta vida é vivermos intensamente, como um eterno aprendiz’, o resto são conseqüências do próprio aprendizado!
E se a gente não se ver ou se falar, FELIZ ANO NOVO, deixo uma dica que eu próprio aprendi com o processo do aprendizado/amadurecimento; Faça o que tiver que ser feito, siga a intuição, deixando de lado a preocupação, se ‘bom ou ruim’ o tempo lhe mostrará, e não tema em cometer erros, pois os erros fazem parte do aprendizado/amadurecimento assim como os próprios acertos, FELIZ 2019!!!!!!!!   
   




Paulo RK