Paulo Rk

Paulo Rk
Contemplação da mente

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Compro ou não compro o “meu presentinho” para o dia das crianças?

Uma coisa que eu escutei desde criança ‘é que à medida que envelhecemos, a nossa orelha e o nariz vão crescendo’, ficando iguais de uma bruxa ou um bruxo no meu caso, e conforme vocês podem conferir nesta minha foto!  
Não quero me fazer de vítima, mas do jeito que sou “cagado” só falta nascer uma verruga (verrugonha) na ponta do meu protuberante nariz, ‘aff’, acho melhor bater na madeira três vezes, vai que nasça mesmo! (risos)
Então pessoas “adultas”, farei uma reflexão sobre a criança interior que insiste em ser eternamente criança dentro de nós, e se somos dignos ou não de continuarmos a receber presentes nesta data tão doce e bonita, que com certeza remeteu a todos nós as lembranças da época em que éramos crianças, recebendo muitos presentes de pais, irmãs mais velhas e alguns tios, porque a própria data ‘12 de outubro’ tem aquele gostinho de infância que não queremos esquecer! (jamais)
Não tenho filhos, porque não me casei ‘óbvio’, e “tão cedo ou tarde”, não sei dizer bem ao certo por ser o ‘tempo um fator relativo’, mas o fato de não querer ter filhotes, apesar de achar ‘filhotes’ fofos, sendo humanos ou de animais de estimação, vou ser sincero, o fator principal que me impede de trazer herdeiros ao mundo são dois, ainda não encontrei uma pessoa compatível comigo, e não quero ter alguém ao meu lado só pra dizer que tenho alguém e trazer ‘almas inocentes’ a este mundo sofrido, só porque todo mundo faz isso.
Eu não sou todo mundo, e experiências alheias de trazer uma alma inocente ao mundo e ter alguém com quem você descubra ‘mais tarde’ que não era bem a sua “alma gêmea” pode ser uma experiência nada agradável para todos, fazendo “inclusive” sofrer as crianças que como mencionava minha mãe, não pediram para nascer neste mundo cheio de pessoas ‘complicadas e indecisas’.
Mas não vou fugir ao assunto principal do ‘merecimento do presente no dia das crianças’, deixando de lado o assunto do casamento tipo, ‘só para ter alguém ao meu lado’ para outra oportunidade neste mesmo blog, quando refletirei melhor sobre o tema.
Crescer e nos tornar em adulto é foda, com amadurecimento temos que assumir responsabilidades que desconhecíamos na fase infantil, bons tempos em que só estudava e ficava ansioso para saber o que ganharia nesta data tão tenra.
Mas a vida tem dessas coisas e fases, sendo tudo um aprendizado que carregaremos muito além dos nossos tumultos, e a vida é tão perfeita, que mesmo aqueles que insistem em não querer aprender pelo bem, aprendem pelo mal, mas de todos os jeitos sempre aprenderão nesta grande escola chamada vida.
Muitos me criticam dizendo que sou mentalmente infantil, e eles não estão errado, mas a diferença entre a minha infantilidade e a deles, que supostamente são pessoas adultas, mas que continuam mentalmente infantis é que a “criancinha” interior desses supostos adultos são birrentas, carentes e egocêntricas.
Sabe aqueles “adultos” que não sabem se “por” ou se comportar diante uma mulher, criança, ou perante as pessoas da própria sociedade? (pois é)
Sim tais “adultos” não sabem distinguir o certo do errado, fazendo birras quando tudo for contra seus planos ou muito pior entram em conflito só porque “alguém” não concordou com uma mera ou simples opinião sua.
Pra mim isso é infantilidade mental!
Não sou melhor que ninguém, mas a minha criança interior é muito superior a dessa gente, porque essa “gente” diz que preciso crescer, me repreendem quando me vê jogando vídeos games, me repreendem só porque não “arrumei” uma mulher e se quer estou namorando, me repreendem quando faço isso ou faço aquilo, como se eu os incomodasse de alguma forma.
Só para citar não gosto de lavar roupas sujas por aqui, mas certa vez o filhote de um amigo meu, estava chorando porque queria comer bolachinhas recheadas traquinas, eu vi o bebê de oito anos chorando, ‘detalhe’ o garoto não era de chorar e sempre brincava comigo quando ia visita-los, daí perguntei a sua esposa o motivo do choro, ela disse que o garoto queria comer bolachas recheadas.
Fiquei muito triste, pois apesar de ser de uma família modesta, meus pais nunca deixaram faltar nada em termos de alimentos, então me comovi, e no sábado comprei vinte bolachinhas recheadas para o garoto, tinha que ver a carinha do moleque é muito legal fazer uma criança feliz, isso não tem preço!
Foi então que o meu “amigo adulto”, que se considera adulto só porque casou e tem filhos e vive a me criticar perguntando, ‘quando é que vou crescer’, começou com os ataques de chiliques infantis, dizendo para sua esposa que eu comprei as bolachinhas só para humilhar ele, porque estava desempregado.
Pensei, ‘caraio’, vai se foder, que ideia mais infantil, vai crescer você, seu cagão FDP!
Se fosse numa situação contrária, se fosse o meu filho a chorar com vontade de comer bolachinhas recheadas e eu estivesse desempregado, e este meu amigo supostamente adulto a comprar tais guloseimas para o meu filhote eu iria agradecer profundamente.
Perceberam a diferença entre a minha infantilidade e a infantilidade dele?
Apesar de ser mentalmente moleque, eu sei ser bem adulto quando necessário, agir e ser um adulto assumido tendo responsabilidades de um homem compromissado com sua esposa e seus filhos, não um homem que só sabe fazer filhos, mas não tem capacidade de cria-los e se quer tem a humildade de querer o bem para a sua prole aceitando de muito bom agrado as bolachinhas oferecido pelo amigo de longas datas.
Mas são aguas passadas, posteriormente vendo a felicidade de seu guri, ele me agradeceu e pediu desculpas pela sua conduta infantil de moleque. (risos)
Perceberam a diferença entre ser infantil e ter uma criança interior?
No meu caso eu tenho uma criança interior que não quer crescer de jeito nenhum e hoje, no dia da criança ele está me pedindo que amanhã eu vá até a loja e compre um presentinho para satisfazê-lo.
Por outro lado não estou completamente convicto se devo ou não comprar, pois como estava falando a vida adulta implica em muitas outras responsabilidades de um adulto e estou cheio delas dessas responsabilidades complicadas, ‘nada grave’, pois para quem me conhece, sabe que sempre dou um jeitinho.
É que às vezes me sinto sozinho, ‘nas minhas empreitadas’, depois de adulto a gente não pode mais contar com mãe e pai, estamos sozinhos e por conta própria, mas acho que vou fazer uma forcinha para agradar a minha criança interior, afinal de contas ele é muito comportado e me obedece, quando digo não é não, e não fica insistindo feito criança birrenta como o meu amigo que  vive a me reprender dizendo que tenho que crescer, quando na verdade ele é muito mais infantil do que eu! (risos)

Paulo RK

Um comentário:

  1. Continuamos eternas crianças e isto é bom. Quem deixa de ser perde todo o encanto da vida. Mesmo que para isto tenhamos que parecer BRUXOS OU BRUXAS!

    Beijão

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