Paulo Rk

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Contemplação da mente

sábado, 15 de outubro de 2016

Será que sou legal com as pessoas?

Às vezes fico a me questionar na eterna condição e crise do ‘ser ou não ser’, será que sou mesmo legal com as pessoas?
Questiono o meu próprio comportamento perante as pessoas, principalmente aquelas mais próximas, ‘familiares’, exigindo o melhor delas, e quando tais pessoas não conseguem ser felizes pelas suas próprias condições negativas de suas covardias eu as desprezo.
Não me julgue erroneamente, mas vocês como todo mundo deve ter algum parente bem próximo que você ama, e vive fazendo coisas erradas cujas conseqüências ruins, fazem toda a sua família sofrer, inclusive você próprio!
Antes eu sofria muito, quero dizer continuo a sofrer pelos infortúnios pelo que a pessoa que eu gosto está passando, mas hoje e à medida que eu amadureço estou sofrendo cada vez menos, pois estou compreendendo que a própria pessoa tem que passar por todos esses sofrimentos, para evoluir ou aprender algo na sua própria vida.
E quando disse que eu as desprezo é porque chega um momento em que cansamos, pois temos nossas próprias dificuldades, pagamos pelos nossos próprios erros tendo que acertar as contas com os nossos próprios demônios interiores, e ninguém poderá dizer que não fiz nada para ajudar pessoas que digo tanto amar neste mundo.
Dei conselhos, providenciei tudo que faltava a essas pessoas, no sentido de conforto material, fiz tudo ao meu alcance, pois não sou uma pessoa afortunada e busco viver bem com o pouco que tenho, e de repente tais pessoas parecem não refletir sobre as nossas lutas para dar o melhor a elas e muito pior, não demonstram o mínimo de gratidão, procurando se esforçar por méritos próprios e lutar em busca da sua própria felicidade.
Não quero me parecer ou me fazer de vitima, mas como mencionei a minha luta individual é solitária e difícil, não é fácil para ninguém, então chega o momento em que abrimos mão.
E passamos ignorar, deixamos de fazer qualquer coisa que acreditamos estar ajudando a pessoa sofredora, porque quaisquer esforços que fizermos em prol dessas pessoas terá sido em vão,  pela simples razão de que elas não querem melhorar, reclamar virou um hábito, estão acostumadas a se fazerem de vítimas, por não quererem refletir sobre suas próprias condutas em suas vidas.
Racionalmente é fácil explicar comportamentos irracionais daqueles que amamos, o difícil é aceitar emocionalmente os sofrimentos que elas devem passar, por todos os infortúnios que elas mesmas criaram.
Pois dizem que a vida é uma escola e se a pessoa opta por não aprender pelo bem, aprendemos pelo mal, mesmo tendo que pagar um preço alto pela teimosia de não querer aprender!
Estou me questionando, pois odeio agir como juiz e julgar as pessoas quem eu as ajudei e continuam nas mesmas mesmices, sofrendo por conta própria, de repente, o meu lado racional diz que não tenho que me “matar” sofrendo emocionalmente por aqueles que não se importam com suas próprias vidas, afinal de contas como mencionei, eu também tenho que acertar contas com os meus próprios erros, pagando pelos meus próprios demônios interiores e não tenho mais paciência de querer ajudar quem não quer se ajudar.

Paulo RK 

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