Paulo Rk

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Contemplação da mente

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Estranha educação!

Não tem como eu não observar determinados comportamentos alheios, e só para avisar, ninguém escapa aos meus curiosos olhos de quem precisa, ‘necessita’ na verdade, aprender tudo sobre a vida das pessoas.
Tenho uma ‘sede’ voraz dentro de mim, uma sede que vai muito além da ‘simples curiosidade’ humana de saber das outras pessoas.
Nem por isso fico na frente de casa com os olhos e ouvidos atentos com o que acontece nas redondezas ou mesmo fico ‘pendurado’ no muro, segurando um binóculo a bisbilhotar a vida dos vizinhos, afinal de contas não sou um fofoqueiro que não tem o que fazer na vida, assim como algumas vizinhas fazem.
Nada disso, sou muito natural e a minha curiosidade só acontece com quem cruza o meu caminho, tipo pessoas que conhecemos em nossas jornadas pela nossa longa estrada da vida.
Lembrei de um ‘amigo’, quero dizer a gente nunca foi tão íntimos na época de escola para que ele me chamasse de amigo agora, mas achei legal da parte dele me considerar como tal, afinal de contas, considerações positivas a gente nunca despreza ou ignora.
Esse rapaz tem “problemas” quero dizer na época que estudávamos, ele sempre foi considerado retardatário, não conseguia se concentrar nas aulas e tinhas atitudes estranhas que não correspondiam às atitudes da grande maioria da classe, considerada “normais”.
Como mencionei a gente nunca foi ‘próximos’ na época do ensino fundamental, e até estranhei a sua repentina aproximação, ele começou a me fazer visitas “surpresas” em casa.
Instrui a ele que caso viesse de manhã não estaria em casa, pois trabalho no turno da manhã, e mesmo a tarde se ele viesse sem avisar, poderia perder viagem, pois às vezes realizo ‘trabalhos extras’ para reforçar meus ganhos mensais.
Ele entendeu direitinho, a questão é que todos naquela época considerava ele um ‘retardado’, e até então eu também fiquei com  medo dele ter um ‘pitichiii’ aqui em casa, pois sem maldade alguma da minha parte, achava ele meio esquisito.
Com o tempo e com as visitas se intensificando, e a gente conversando cada vez mais, ficamos “íntimos” e conheci o ser humano que habita dentro dele ‘melhor’, e achei muito fofo, não que ele ficasse me elogiando, dizendo que queria ser esperto como eu (até parece que sou tudo isso), mas pelo fato dele não ter parado no tempo e desde que saiu do ensino médio, e a despeito do que falavam dele, ‘ele não fez a faculdade’, mas fez muitos cursos.
Muito melhor do que aqueles que zombavam dele na época da escola e que depois de formados não fizeram porra alguma em suas vidas, a não ser julgar as outras pessoas e critica-las como se eles próprios fossem exemplos de civilidade.
Por um bom tempo ficávamos em casa só conversando, quando decidi convida-lo a ir aos bancos comigo, já que ele morava no caminho dos bancos e reclamou por não ter nada para fazer nas tardes durante a semana.
Quando conheci a ‘megera da sua mãe’, com todo respeito, mulher ruiva, com jeito de nazista e do tipo controladora, controlava seus dois filhos homens, incluindo esse meu amigo que supostamente tinha algum problema na cabeça e seu próprio marido com punhos de ferros, que respeitava ela até pelas costas.
Foi quando compreendi tudo, o ‘meu amigo’ não tinha problema algum, neurológico ou no cérebro como todos daquela casa e família gostavam de afirmar.
Na verdade a sua mãe com aquele jeito arrogante e militar de ser criou o seu filho como se ele fosse retardado, e não foi difícil descobrir tal condição, porque assim que este amigo me apresentou para a ‘megera’ ela praticamente me ‘escaneou’ com aquela cara nazista dos pés a cabeça, ou no popular me “mediu”, fazendo uma cara nojenta de desprezo.
Não me alterei nem nada, pois respeito os mais idosos, mas me senti mal na sua presença, pois parecia que ela estava me devorando com seus ‘olhos famintos’, piores que os meus. (risos)
Posteriormente à esse dia fatídico, pelo menos pra mim que odeio quando as pessoas me encaram como se eu tivesse algo a esconder ou fazendo algo de ruim escondido, comentei ao meu amigo que ele não tinha problema mental algum.
Na verdade o problema mental a que todos se referiam seria da  mãe dele, que criou ele próprio como se ele fosse retardado, só mencionei tal fato porque esse ‘amigo’ fazia comentários depreciativos a seu próprio respeito, me colocando no pedestal, criando fantasias como ‘se fosse como eu’, seria mais feliz na sua vida.
Fiquei tão revoltado com a sua mãe que disse a ele, que ela estava equivocada e completamente errada e deveria pedir desculpas, pois que ato horrendo, que falta de amor uma mãe criar seu próprio filho como se ele fosse um retardado.
O interessante que essa história do passado, eu lembrei numa conversa que estava tendo com um outro amigo no presente tempo, no whatzap, quando ele mencionou que antes de me conhecer ele achava que era o errado da casa e seus pais, donos absolutos da verdade, fazendo sentir muito mal por quem ele era.
E a reflexão que não quer calar de dentro de mim, permanece inquieta pela minha própria incapacidade de compreensão para responder uma pergunta, ‘como pode pessoas com problemas mentais fazer filhos e passar para eles um pensamento que irá condenar por todas as suas vidas?
Certas pessoas pela sua própria condição malévola deveriam serem impedidas de procriar, fazendo seus filhos sofrerem com suas maldades espirituais e a falta de competência de criar quem quer que seja, é o que penso!

Paulo RK 

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