Paulo Rk

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Contemplação da mente

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Eu sou o duas caras!

Antes que alguém possa me condenar por ter mencionado que sou “duas caras” permita explicar!
A vida é uma estrada com vários caminhos, onde a nossa escolha determina o sucesso ou o nosso fracasso em uma determinada jornada, mas nenhum caminho é bom ou ruim, pois possuem a mesma finalidade, de conduzir aos nossos destinos ou algum lugar determinado.
A diferença entre o caminho bom do caminho ruim são as pessoas que encontramos nelas, obviamente que a gente não faz questão de conhecer pessoas ruins, mas de certa forma são tais pessoas que nos torna em pessoas melhores em todos os sentidos.
Então quando às vezes temos que escolher um caminho ruim, e sabemos que encontraremos pessoas igualmente ruins, temos que nos adequar a realidade local para não conflitar, e ter a máxima sabedoria para podermos aprender e absorver aprendizados com tais pessoas ruins.
Ninguém é melhor que ninguém, mas algumas pessoas deste mundo possuem caráter questionáveis enquanto algumas outras se quer tem caráter, mas como mencionei anteriormente, não podemos desprezar quem quer que seja, pois aprendemos muito no contato com pessoas diversas.
Foi quando aprendi a desenvolver “duas caras” ou duas personalidades para “administrar” melhor ‘pessoas diversas’, e não quer dizer que sou falso, pois cada pessoa reage de forma diferente as nossas próprias gentilezas.
Este assunto tema me fez lembrar uma colega de classe do ensino médio, a garota que aqui vou chamar de garota y, uma evangélica fervorosa, começou a me tratar mal por conta de uma outra colega descolada que aqui chamarei de garota x, com quem eu interagia da forma mais “descontraída” que os próprios evangélicos não se permitem, devida as restrições morais “típicas” do aprendizado deles.
Sou muito espontâneo e adoro pessoas espontâneas, então a garota x era o tipo de garota descontraída, e eu e ela, éramos a ‘dupla dinâmica’ da classe, notas boas e interagíamos frequentemente com os professores, e os mestres nos adoravam, mas quando um de nós faltava, ficávamos meio que com ‘menos gás’, e todos percebiam a mudança de comportamento solitário.
Mas mesmo assim continuávamos legais com todos, mas sempre tem uma exceção, ‘a tal garota y’, evangélica começou a me desprezar, inclusive ela me dava carona, pois seu namorado ia buscar sendo que ela morava no caminho de casa.
Perdi a carona, e muito pior a garota y começou a virar a cara para mim, numa demonstração de hostilidade e infantilidade, eu nem liguei, na verdade só lamentei a perda da carona, pois estava economizando um dinheirinho, não tendo que tomar lotação.
Percebendo o quanto ela estava sendo hostil comigo, comecei a provocar ela, ficando mais tempo com as “coleguinhas” dela, e percebia a fúria em seu semblante, todas as vezes que fazia as suas colegas rirem como se não houvesse o amanhã, e para provocar mais ainda, ficava olhando na direção dela, com o intuito de que pensasse que estávamos rindo da cara dela.
Como vocês devem saber tem muita gente problemática e complexada neste mundo, ‘muita gente mal resolvidas’ se fazendo de vitima por todos os infortúnios que lhe acontecem, sem analisar seus próprios comportamentos hostis em relação o seu semelhante.
Foi ai que uma da suas coleguinhas me informou que a garota y fazia a minha caveira perante os colegas da classe, dizendo que sou falso e que a única pessoa quem eu gostava da classe era a garota x, a descolada e descontraída.
Não é que eu preferia mais ela e destratasse os demais colegas, mas em qualquer lugar do mundo, a gente sempre tem os prediletos, pessoas com quem nos identificamos melhor que os outros e tem outro detalhe, eu jamais me permitiria certas brincadeiras com a garota y, a ‘evangélica’ pois sei que tais pessoas são cheios das restrições, julgando o mundo normal ou o mundo que eles não aceitam, como se fosse pecaminoso.
Por uma fraqueza qualquer a garota y, se sentiu afrontada, talvez por ciúmes, começou a me hostilizar gratuitamente, achei estranho, pois eu nunca a destratei, mas foi uma burrice dela perder a minha amizade por isso, por uma bobagem da própria fraqueza do caráter dela.
Que culpa tenho eu se ela não tem inteligência emocional?
Foi desde então que aprendi a ter duas caras, não me agrada em admitir tal condição publicamente, mas estou sendo sincero, porque tem gente que não nos aceita do jeito que somos, e para eu não ter que conflitar e “perder” certos privilégios, como neste caso, perdi a carona, eu aprendi a ser simulado com pessoas emocionalmente carentes, que ficam nos julgando, só porque não fazemos de tudo para agrada-los.
Infelizmente não podemos ser cem por cento honestos com todos, às vezes temos que agradar as pessoas, mesmo não tendo vontade somente para que elas não se tornem nossos desafetos, é por isso que me tornei o “duas caras”, para não ter que conflitar com as desinteligências alheias!   


Paulo RK 

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