Paulo Rk

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Contemplação da mente

sábado, 28 de maio de 2016

O bom velhinho e invasor mau!



Hoje de manhã aconteceu uma ‘coisa’ inusitada, um velhinho a chamar no portão principal, uma pessoa de nome Claudio e segundo a descrição deste velhinho o Claudio é uma pessoa de cor negra.
Até ai sem novidade, então o meu amigo foi atender este 'bom velhinho e invasor mau' dizendo ao mesmo que não existia ninguém com esse nome ou características morando aqui, supostamente o velhinho compreendeu indo embora.
De repente quando estou no banheiro aparando a escassa barbicha que tenho no rosto, em frente a um espelho quebrado, que deixo na janelinha que inclusive dá de frente com o portão principal, noto que o 'bom velhinho e invasor mau', adentrou o meu quintal sem a devida autorização.
Senti me invadido, violado, literalmente estuprado, porque quando uma pessoa adentra a sua residência sem ser anunciado, a nossa primeira reação é de completa indignação, sabendo ele que a pessoa quem ele procurava não morava no local.
Então fomos eu e meu amigo que está de férias aqui em casa "afronta-lo", nem preciso mencionar que este meu amigo não suporta velhos, alegando que eles são folgados, pois se acham os donos da razão, portanto fomos eu e ele com o peito estufado feito dois “pombos destemidos” a enfrentar um gavião.
O meu amigo começou a falar, dando sermão ao 'bom velhinho e invasor mau', mostrando a ele que não foi legal dele invadir uma residência sem autorização, uma vez que ele fora informado de que não existe nenhum Claudio com as características mencionadas por ele.
Dai o 'bom velhinho e invasor mau' se irritou com o meu amigo e num tom ameaçador mencionou que não sabíamos quem ele é, dai achei muita arrogância de uma pessoa estar errada em invadir a propriedade privada dos outros, e entrei no acalorado bate boca dizendo a ele que ele poderia ser quem ele fosse, mas isso não dá ninguém o direito de entrar sem ser convidado.
Não sei se agimos certo ou errado, mas o fato dele ser velhinho não dá o direito ou ‘passe gratuito’ para entrar nas casas das  pessoas que ele não conhece.
De repente um pensamento invadiu os nossos pensamentos, o meu e a do meu amigo; ‘será que o “bom velhinho invasor” tem mal de alzheimer’?
Subitamente lembramos os casos de alguns portadores deste mal, quase sempre pessoas idosas que perdem suas memórias, saindo de casa sem prévio aviso, deixando toda a família preocupada e a procurar desesperadamente por eles.
Ficamos imaginando por algum tempo sobre esta possibilidade dele ser um portador, mas de maneira alguma, ficamos com remorso por expulsar a base da discussão, pois ao final concluímos que uma pessoa portadora de alzheimer não poderia ser prepotente como ele, nos levando a estranheza deste acontecimento matinal!
Paulo RK

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