Paulo Rk

Paulo Rk
Contemplação da mente

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Quem sou eu?


Esta cada vez mais difícil definir a minha identidade num universo com tantas adversidades, mentiras e contradições.
Já perdi a noção do meu papel e função dentro da minha família, e dentro da própria sociedade.
São tantas cobranças, que as vezes sinto perder o controle de determinadas situações, no entanto o meu instinto consegue forçosamente se impor, e acabo sempre fazendo a coisa certa.
Mas como disse “forçosamente”, e nesta condição ninguém consegue ser plenamente feliz .
Outro dia ouvi tantas criticas de um cliente, reclamações sem um fundamento verdadeiro, baseado só na questão financeira.
Pois ainda determinadas pessoas não se deram conta, de que o ouro ainda continua a ser ouro, e vale quanto pesa.
Muitas pessoas querem qualidade, mas nem sempre estão dispostos a pagar por ela.
Todas essas contradições fazem parte do nosso trabalho, ou como dizem, “ossos do oficio”, no entanto uma pequena mas acalorada discussão com um dos meus clientes, me fez voltar o dia em que meu pai faleceu.
Nesse dia talvez tivesse sido o pior dia da minha vida, pois quando ele estava vivo sentia que muitas coisas na vida era importante, e o que é mais relevante, eu me sentia importante ao lado dele.
Fazem onze anos que meu pai faleceu, no entanto determinadas situações resgatam sentimentos que trazem a tona, todos os meus medos e fraquezas.
Como eu odeio essa sensação, pois ainda não amadureci o suficiente para encarar a vida, sem um suporte daquele que enfrentou varias batalhas com poucas vitórias, mas sempre de cabeça erguida.
E foi isso que eu aprendi com o meu pai, vitória ou derrota, mas sempre com o orgulho de nunca ter desistido de uma batalha.
Concordo quando dizem que o tempo não existe, pois as nossas cabeças não identifica uma cena real e a do imaginário.
Foram precisos algumas palavras ásperas de um cliente, que a propósito sempre tem razão, para que eu retornasse ao tempo e me fizesse lembrar do quanto eu ainda sou frágil.
As minhas células do corpo estão perdendo o liquido, num processo chamado de envelhecimento, onde poderíamos ler como amadurecimento, parece que a nossa mente não acompanha esta realidade.
Pois em minha mente, ainda reside aquele menino que ao primeiro sinal de perigo costumava correr atrás dos braços forte de seu pai.
Muito obrigado por terem lido até o último parágrafo.
Paulo RkSp

2 comentários:

  1. Paulo o maior valor que seu pai poderia terte ensinado eleensinou, Não precisava de mais nada para que você compusesse o seu eu.
    Com esse valor ensinadose você apreendeu e não somente aprendeu pode enfrentar qualquer coisa. Ouvir qualquer besteira de seja lá quem for e ainda assim se manter integro. Firme em seus propósitos.
    Saiba que o medo e a fraqueza são armas que podem e devem nos fortalecer, pois sabendo disso ganhamos mais coragem para enfrentar qualquer coisa.
    Faz mais de vinte anos que minha faleceu e não há um só dia em que eu não me lembre dela, principalmente de suas lições, que no final é a mesma deixada por seu pai. Valores são os mesmos em qualquer lugar do mundo e não tem condição social.
    O cliente não tem sempre razão não. Essa máxima pra mim já era!
    Tento mostrar de uma forma educada(quase sempre na brincadeira)que ele poderia fazer de um outro jeito, ams trabalho com material humano. São entrevistas, matérias do dia a dia, o que acho ainda mais complicado, pois se escrevo algo errado sobre tal pessoa, o preço é muito alto. Processo mesmo!
    Recentemente entrevistei o prefeito. Fiz todas as perguntas que os outros tinham medo de fazer. Ele respondeu todas elas.Usei a lição de minha mãe e de seu pai: cabeça erguida!Não fugir da batalha com ou sem o vislumbre da vitória!
    Etem mais rapaz: não é vergonha nenhuma querer correr para os braços daqueles que nos acenavam com algum aconchego, principalmente o da alma. Que pena, mas que pena mesmo que se foram!

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  2. Cara parabéns pelo post, maravilhoso texto, e muito parecido com a minha condição, parabéns, vc retratou bem mesmo a vida que levamos.

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