Paulo Rk

Paulo Rk
Contemplação da mente

sábado, 27 de agosto de 2016

Hoje senti o que talvez meu professor de Português sentia em relação a nós, seus alunos!

Não me tornei num professor, pois acredito não ter vocação alguma para ensinar qualquer coisa para quem quer que seja, no entanto gosto de despertar nas pessoas sentimentos bons, que as façam serem o que elas nunca pensaram um dia poder ter sido em todas as suas vidas, vencedoras!
Percebi tal vocação faz um tempinho e não é de hoje, foi quando pela primeira vez notei que as pessoas se sentiam a vontade comigo em me contar todas as suas dificuldades e dramas existenciais de suas vidas.
Por um bom tempo me sentia um completo inútil, pois a despeito dos sofrimentos alheios eu não conseguia dizer algo que as ajudassem e sempre que pedia desculpas pela minha própria incapacidade de aconselhar, essas pessoas agradeciam dizendo ser o suficiente a minha audição.
Então fiquei só ouvindo essas pessoas até o meu amadurecimento,  quando conheci a filosofia budista, foi onde eu próprio me dei conta de como era falho como ser humano e como poderia transformar nesta mesma existência tais dificuldades e falhas.
Compreendi dentro da filosofia budista que ninguém veio ao mundo para sofrer, e que só podemos ajudar as pessoas quando nós mesmos aprendermos a “administrar” os nossos próprios problemas e dificuldades pessoais.
Apesar dos meus estudos da filosofia budista sobre os nossos problemas e dificuldades existenciais, eu ainda continuo a engatinhar como um bebe que ainda depende dos outros para as suas funções mais básicas como é o da própria alimentação.
O lado subjetivo humano é muito profundo e acredito que uma única existência não bastaria para aprendermos a lidar com todos os nossos conflitos internos, porque cada fato que compreendo sobre mim mesmo, percebo a dimensão das minhas dificuldades como um ser humano.
Se começarmos a compreender e a pensar diferente das demais pessoas e das ‘massas’ não pensantes, podemos nos sentir felizes, afinal de contas e como diz o ditado popular; ‘em terra de cego quem tem um olho é rei’.
No entanto não quero ser melhor que ninguém, mas ajudar as pessoas a serem melhor, ou pelo menos pararem de sofrer por questões triviais que não precisariam sofrer em suas vidas.
Não quero minimizar os problemas das outras pessoas, porque nenhum problema é maior ou menor, simplesmente porque elas são problemas, e não podemos mensurar problemas de ninguém como sendo mais ou menos grave, simplesmente porque são problemas e por serem problemas precisam ser solucionadas.
Dito isso quando decidi seguir a carreira de palestrante motivacional por toda a minha vida, ‘ainda não sou’, estou me preparando para ser, descobri o quanto é difícil convencer as pessoas de um pensamento errôneo de que elas mesmas “afixaram” em suas mentes estando acostumadas com elas por todas as suas existências passadas até o dia de hoje.
Foi quando lembrei de um professor de português no ensino médio, de como ele era “irritante” não pra mim, mas para alguns colegas de classe, que se estressavam todas as vezes que ele dizia o quanto era maravilhoso a redação de algum aluno que se quer sabiam escrever seus próprios nomes corretamente.
Estou falando num aluno chamado Edson ele assumidamente odiava escrever qualquer coisa, e assumidamente seus textos para ele era um lixo conforme suas próprias palavras e crenças, e o que tirava do sério em relação ao professor era porque ele elogiava suas redações demasiadamente, dizendo o quanto era maravilhoso suas colocações em palavras.
Por um bom tempo o estudante Edson escutava e ficava nervoso jurando que iria arrebentar com a cara do professor, pois para ele o mestre estava zombando com a sua cara. (risos)
A questão é que o aluno chamado Edson no final do ensino médio, escrevia redações maravilhosas e a despeito dele ser uma negação em redações no passado, penso que o professor de português muito sabiamente trabalhou no inconsciente do aluno, fazendo acreditar que as coisas que ele escrevia eram realmente maravilhosas, tornando o mesmo num ‘expert’ na arte do escrever redações.
Por esta razão sou insistente em “investir” palavras maravilhosas com as pessoas que não conseguem ter esperanças em suas vidas, porque tem gente que se acostumou a reclamar por tudo de ruim que lhes aconteça sem se quer ter à consciência de que está nas mãos delas superar suas próprias fraquezas, cabendo a mim, somente a função de despertar nas pessoas o poder natural e inerente a todo ser humano da superação.
Não está sendo fácil porque tem pessoas no mundo que conformadas e acostumadas com os sofrimentos perderam suas fé nelas mesmas e o que é pior, a esperança de um dia ser feliz neste planeta, vivendo uma triste vida de resignação!
Quando às vezes me canso de “investir” palavras de motivação nas pessoas, lembro do professor de português e o aluno chamado Edson, ‘na transformação dele’, e principalmente do meu objetivo que é o de ser um palestrante motivacional, quando devo acreditar, estar convencido e convencer as pessoas de que elas também podem ser vencedoras!  

Paulo RK 

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