Paulo Rk

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Contemplação da mente

domingo, 14 de agosto de 2016

Dias dos pais!

Que massa, a data do meu aniversário é a data do dias dos pais, significando que se um dia eu casar e tiver filhos, eles vão comemorar o dia dos pais, mais a data do dia em que nasci, dupla comemoração!
Apesar de não ter ideia se como pai, darei motivos aos meus filhos ou esposa para eles comemorarem, porque intenção a gente tem de ser sempre o melhor pai ou mãe, a questão é que não tenho muita paciência como teve os meus pais comigo.
Não fui um filho problemático, mas à medida que eles envelhecem, não tenho tanta paciência como tinha antes com eles,  se é que tive algum dia. (risos)
A questão é que quando observo alguns amigos que casaram precocemente porque simplesmente “amam” suas esposas, percebo o quanto eles não tem paciência com seus filhos e as bagunças que eles fazem.
Eu na minha “criancice” interior tenho mais psicologia e paciência com as criaturas que esses meus amigos trouxeram a vida.
Então alguém poderá mencionar que vou ser um excelente pai, por gostar de crianças e de brincar com crianças, a questão é, e sempre existirão questões humanas do ser ou não ser, ser legal de vez enquanto e ter “gaz” pra brincar com tais “remelentos” é ‘mamão com açúcar’, mas será que eu teria paciência de aguentar todos os dias tais criaturas endiabradas?
Porque quando o meu amigo repreende com certa ignorância suas crias, e eu o repreendo dizendo serem apenas crianças, ele contra diz perguntando querer ver aguentar aquele inferno todos os dias. (risos)
 Enquanto isso a esposa que ele tanto ama, nem liga pras criaturinhas que ela mesma pariu, porque ela está ocupada fazendo faculdade e coisas do tipo, enquanto meus amigos se matam para pagar as contas do lar, dar de comer as crianças e ainda pagar a faculdade de suas amadas.
Quando eu me questiono se um dia vou casar tendo filhos, como manda o figurino ou como é estabelecido o padrão patético humano, é porque não aceito esse tipo de exploração.
Dizem que penso desse jeito porque não encontrei alguém que eu amasse o suficiente para ter “motivos” para tais sacrifícios.
A questão é que o conceito que aprendi com os meus pais de que amar é ter respeito entre ambos, é muito diferente do conceito “moderno”, de um amor unilateral, sendo que a versão dos meus de sacrifício é de sacrificar mutuamente um pelo outro, e não viver um estilo de vida de quando éramos solteiros ou solteiras, deixando todas as responsabilidades apenas de um lado.
Porque amar é compartilhar, tanto das alegrias quanto das tristezas de nossas vidas, quando duas pessoas se tornam uma só o peso das dificuldades mundanas se tornam mais amena, ajudando até a manter o equilíbrio na família, do contrário é verdadeiro.
Mas voltando ao assunto do dias dos pais, baseado nesta minha reflexão que não acho justo a forma de pensamento como assumem os casais desta época, quero encontrar uma companheira, uma esposa, igual a minha mãe foi para o meu pai, parceira, confidente e respeitadora.
Do contrário acredito ter preferência por viver uma vida de solteiro, não solitária, mas solteiro, porque a ideia de viver ao lado de alguém interessada não em mim, mas em tudo que posso proporcionar a ela (materialmente falando), sem nada ter em troca (respeito, carinho e amor) me causa ojerizas.
A reciprocidade faz parte de uma vida feliz, e viver só doando e nada ter em troca me parece um estilo de vida fatídica, afinal de contas, somos todos humanos, todos com os mesmos sonhos de encontrar alguém e sermos felizes juntos.
E se tá foda viver neste mundo escasso de recursos e com mais  qualidade de vida solteiro, é muito pior viver ao lado de quem visivelmente pouco se importa com nós, só para manter as aparências!
Enquanto isso, vou vivendo um dia de cada vez, sendo um “pai”  sentimental com todos, dando conselhos e ajudando quem eu puder ajudar, do mesmo jeitinho que meu pai me ensinou a ser, essa é a minha forma de respeito em memória dele, propagando seus ensinamentos da mesma forma que ele me ensinou!   

Paulo RK 

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