Paulo Rk

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Contemplação da mente

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Parei de sofrer pelos sofrimentos daqueles que amo!

É “engraçado” para não dizer dramático que ‘algumas pessoas’ estranham quando dizemos que a amamos, porque quase sempre elas associam o amor a uma coisa mais ‘intima’, ‘eu acho’, ou talvez porque elas pensem que não devemos mencionar a uma pessoa estranha, que não seja da própria família, a expressão ‘eu te amo’.
Não generalizando porque tem gente com a mente mais aberta e um grau de evolução espiritual mais a frente, que se derretem quando digo que as amo!
Palavras são muito importantes porque nos conectam com as pessoas, palavras nos ajudam a expressar nossos sentimentos mais profundos, íntimos e inerentes para as outras pessoas, elas nos ajudam a explicar ou pelo menos tentar explicar de forma sucinta o mundo tal qual a percebemos.
Aprendi na filosofia budista que o Buda “salva” as pessoas por meio das palavras, então percebi o quanto elas poderiam me ajudar em meus empreendimentos enquanto ‘ser humano’ que se preocupa com aqueles que amamos e principalmente sabendo que com as palavras eu poderia “ajudar as pessoas”.
Eu vejo em meu entorno pessoas com dificuldades de lidarem com suas próprias fraquezas pessoais, pessoas com dificuldades para lidar com seus próprios demônios.
São essas mesmas pessoas que amamos e por conseqüência do amor ‘odiamos’ ver sofrerem com o que acredito não precisarem estar sofrendo.
Porque ‘problema por problema’ todo mundo tem, pois para quem não sabem elas são conseqüências naturais das nossas próprias ações impensadas, é fato que para toda ação existirá sempre uma reação, ‘causa e efeito’.
Por esta razão devemos pensar mil vezes antes de fazer ou realizar qualquer coisa neste mundo para não nos arrependermos dez mil vezes, porque uma pequena ação impensada pode ter conseqüência muito maior a sua proporção inicial.
A questão é que as pessoas não costumam nos escutar, elas podem nos ouvir, e para quem não sabe a diferença entre ouvir e escutar ‘vamos lá’, eu já escrevi sobre as diferenças entre ‘uma coisa e a outra coisa’ em blogs anteriores, mas não custa nada repetir, dada a relevância do ‘tema/assunto’ em questão.
Escutar é com atenção o que as pessoas estão nos falando, ouvir nem tanto, pois ouvir é normal, uma função natural dos nossos ouvidos, mas escutar implica em prestar atenção, ouvir atentamente conselhos, palestras ou mesmo uma boa música!  
Levo muito a sério a máxima que diz que o Buda salva as pessoas pelas palavras, mas quem é Buda?
Buda não é deus, Buda somos nós, cada um de nós quando atingimos a iluminação.
E quando atingimos a iluminação neste mundo?
Atingimos a iluminação quando deixamos de encarar os nossos problemas como problemas, consequentemente não sofremos por elas, conseguimos ter na consciência de que se um problema surgiu fomos nós mesmos os responsáveis e ao invés de sofrermos por ele, buscamos resolver com a máxima de sabedoria daqueles que atingiu a iluminação neste mundo, ou aquele que se conscientizou que é um Buda.
Portanto Buda não é um deus, ‘somos cada um de nós’, tendo a própria condição de sermos únicos em todo este vasto e imensurável universo, como aquele que veio ao mundo para despertar de tudo que nos faz sofrer para podermos assumir as nossas condições do divino e ingressar ao nível mais elevado após esta vida terrena.
Repetindo novamente que Buda não é deus, e a expressão ‘divino’ que usei aqui, não se refere a um deus, mas ‘divino’ por sermos os únicos em nossas essências, não existem dois ‘eu’ em todo mundo ou no universo.
Todos que me conhecem pessoalmente e algumas pessoas do mundo virtual sabem como eu amo enviar mensagens de otimismo, seja pela manhã, tarde e noite para as pessoas.
Muitos recebem com agrado tais dizeres, outros com resistência  ao amor fraternal que queremos compartilhar, simplesmente demonstrando indiferença, e outros muito pior,  dizendo estupidez como ‘só se for para você’! (risos)
Não me ofendo, só acho “engraçado” porque acredito termos motivos de sobra para vivermos felizes por estarmos vivos, quem não consegue enxergar que o fato de estarmos vivos é uma grande dádiva está sendo egoísta, e que a vida é muito mais do que um problema possa nos fazer ficar desgostoso pela própria vida!
Sou incansável por vezes até chato com quem insiste em viverem cabisbaixos e tristes, insisto em dizer e lembrar elas o quanto é bom estarmos vivos, mas pessoas são relutantes e persiste em querer sofrer.
Tem gente que parece se acostumou a sofrer com seus próprios infortúnios e ao invés de procurar solucionar, preferem se fazer de vitimas a reclamar como se o próprio “deus” fosse seus algozes.
Não percebendo que cabe a cada um de nós, nos livrarmos dos nossos próprios sofrimentos gerados pelas nossas próprias ignorâncias, ninguém é vitima de ninguém, apenas colhemos os frutos de tudo que plantamos ao longo de nossas vidas, ‘causa e efeito’.
Mas se as pessoas são relutantes para compreender ou se insistem em não querer pelo menos nos escutar para refletir e chegar alguma conclusão, nada podemos fazer, porque o livre arbítrio existe e gozamos deste poder, basta ter um pouco de força de vontade e reagirmos positivamente com as realidades negativas porque sofremos.   
Antes sofria muito principalmente com as pessoas que amo neste mundo, mas percebi que por mais que eu insista, elas persistem no negativo por vontade e escolha própria e novamente o livre arbítrio, nada podendo fazer mesmo tendo a maior das boas vontades.
Então deixei de sofrer por quem eu amo neste mundo, a escolha delas me impedem de agir como um Buda em suas vidas, de fazer compreender como é bom estar vivo apesar das dificuldades mundanas que nós mesmos criamos!

Paulo RK 

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