Paulo Rk

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Contemplação da mente

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Finados, dia dos mortos?

É engraçado como os seres humanos se comportam, não quero parecer indelicado com o que vou mencionar aqui, principalmente no dia de hoje, ‘dia dos mortos’ pois cada um com seu cada um, ‘tem gente que nunca valorizou ninguém em vida’, mas depois que morre, ou como eles costumam dizer, “perdi um ente querido” como se fosse um objeto de posse, vai aos cemitérios “prestar” homenagens ao ente “querido”!
Supostamente querido! Por que valorizar depois de morto? (indigesto)
Particularmente eu acho patético, pois que lógica tem?
Será que essa gente acredita em zumbis, que os mortos retornarão a vida para perdoar esse medíocre ser que muitas vezes judiou ou magoou profundamente o “ente querido” em toda a sua vida?
Fazendo da vida deste suposto "ente querido ou querida" num inferno?
Lembro como se fosse ontem, como era horrendo o tratamento hostil que me tia cometia contra a sua própria mãe ou a minha querida e estimada avó.
Hoje ambas estão mortas, mas nunca me esquecerei da cena patética ao ver a minha tia “arrependida” no velório sobre o caixão de minha avó chorando copiosamente pedindo perdão.
Alias como criança, ‘me surpreendia’, pois fui testemunha de todas as formas de crueldade e barbáries que minha tia praticava contra a minha avó em vida que iam desde verbais, psicológicas e até físicas.
Não conseguia compreender o ‘porque’ de tanto ódio por quem a criou e bom ou ruim, dedicou à própria vida para fazer daquela criança uma adulta até que ela casasse e tivesse seus próprios filhos.
Espanto me porque a minha mãe comentou certa vez, que os filhos nunca irão compreender os sentimentos de um pai ou de uma mãe enquanto ‘filhos’, só quando eles cassassem e tiverem seus próprios filhos compreenderiam.
Então ficou uma incógnita naquela época e até hoje depois de velho, me questiono se a minha tia era um ‘ser humano’ normal, porque ela casou teve dois filhos e foi muito infeliz no casamento, por isso desconfio que tivesse algum problema neurológico, tamanho ódio que ela sentia pela minha avó.
Olha só, a minha tia nunca se aceitou por quem ela era, porque talvez tivesse complexo de inferioridade, pois tinha as pernas tortas e era baixinha, mas mesmo assim muito vaidosa, sua cara vivia pintada, ou maquiada, usava roupas caras e de marca, pense numa pessoa vaidosa muito além da conta, era doentiamente ciumenta com o meu tio, não deixava que ele saísse e não ia junto e ficavam os dois infelizes trancado na casa deles, ele não ia só para não contraria a louca da sua esposa, pense numa pessoa difícil de se conviver essa pessoa era ela, minha tia.
São águas passadas, nem gosto de comentar sobre assuntos familiares por aqui, pois sou uma pessoa discreta, mas vale como uma reflexão, das próprias atitudes insanas que as pessoas possuem.
Essa minha hostil tia, não posso dizer “querida” pois estaria sendo falso e odeio falsidades, mas essa minha tia, tinha uma língua maior que o seu próprio corpo, eu nem lembro como ela foi enterrada, nem sei se meus primos tiveram a necessidade de comprar dois caixões, uma para ela e a outra para a própria língua. (risos)
Mas para finalizar essa reflexão, quando a minha avó morreu, minha tia fez um espetáculo em cima do caixão, chorando litros e rios de lagrimas dizendo que amava a sua mãe, no caso a minha avó, no enterro do seu próprio marido, ‘dizem’ que ela também chorou copiosamente, ‘não sei’, não fui ao enterro do meu tio, pois ele merecia meus respeitos, pois foi o melhor tio que tive em toda a minha vida, mas infelizmente estava trabalhando e estava no período da experiência.
E antes que “alguém” diga ou mencione que sou insensível, me defendo dizendo o que mencionei logo acima no começo deste texto, acredito ser inútil ‘prestar homenagens’ com aqueles que destratamos em vida após a morte, pois o que se encontra naquela caixa preta é apenas um corpo, ficando mesmo o conforto da consciência pesada para aqueles que não fizeram nada em vida e enquanto podiam.
Portanto neste dia dos finados a mensagem só pode ser única, ‘valorize as pessoas que te amam enquanto vivas’, pois não queira ter o arrependimento de não poderem fazer algo depois delas partirem para outra, arrependimentos podem ser cruéis consigo mesmas, afinal de contas ‘arrependimentos’ não traz ninguém ou a pessoa amada a vida! (pensem)

Paulo RK 

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