Paulo Rk

Paulo Rk
Contemplação da mente

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Como vocês se sentem quando ficam sem seus celulares (Smartphones)?

Eu não consigo sair de casa sem o meu celular e nem poderia, mas antes quando acontecia me sentia como estivesse ‘nu com a mão no bolso’, ficava completamente sem jeito, parecia que o chão tinha sumido dos meus pés, e me sentia a pessoa mais estranha deste mundo, ficava completamente constrangido perante as pessoas modernas, me sentindo ‘menos’.
Para se ter idéia a tal sensação era na época que não existia o tal do Whatzapp, e a gente se apega a tais tecnologias e parece que um pouquinho da nossa personalidade morre com tais apegos.
Todas as noites, ‘nos fins de noites’ quando sento em frente ao PC, para interagir com pessoas nas redes sociais, para escrever blogs ou mesmo para abrir meus e-mails para me preparar para o dia seguinte, tenho por habito mexer e interagir também com os amigos do Whatzapp, e hoje está sendo uma noite atípica.
Atípica porque o meu celular deu ‘PAU’ e mandei para o conserto, estou aqui a digitar este texto, a interagir com alguns amigos do ‘Facebook’ e a sentir um grande vazio, uma sensação ‘incomoda’, comparável de quando acaba a luz e a gente fica no escuro, esperando a força retornar sem saber o que fazer e “fazendo” absolutamente nada no escuro. (risos)
A questão e o fator que me preocupa ‘mais’, é que não estou à toa, “a fazer nada”, estou escrevendo, lendo e-mails, e interagido com alguns amigos de bem com a vida no PC, mas mesmo assim estou sentindo aquela sensação de escuridão completo dentro de mim, de quando acaba a luz em casa.
Cruz credo, isso está parecendo possessão!
Acho mesmo que tais tecnologias dominam as nossas vidas, nos tornando dependentes e escravos delas e ‘muito pior’, nos fazem sentir mal na ausência delas.
É o que está acontecendo comigo nesse instante, neste exato momento e nesta ‘noite fatídica’ sem o meu “companheiro” smartphone!
Só para mencionar, antes quando não tinha computador em casa, eu escrevia em cadernos universitários, escrevia profundos pensamentos e sentimentos, o que chamo hoje de reflexões da minha vida real neste meu blog.
Por um tempo era muito feliz escrevendo em folhas de cadernos universitários, empunhando firmemente uma caneta azul da Bic, atualmente só escrevo a mão em relatórios técnicos nada mais, e quando é necessário o manuscrito por uma questão de segurança e identificação da pessoa que fez o relatório, porque o restante é tudo no teclado, ‘eita’ mundinho moderno que nos faz dependente.
Olha só, outro dia fui procurar tais manuscritos, pois escrevo desde muito cedo, e sei que de lá pra cá mudei muito, e ‘a pessoa quem eu fui e sou hoje’ está completamente mudado, o modo de como enxergo o mundo e as pessoas do meu entorno, só que para a minha infelicidade, ‘não encontrei’ o caderno, ‘e o pior’, não me lembro se dei um fim nele.
Mas seria incrível até terapêutico para a minha mais profunda reflexão, ler os meus pensamentos do passado e fazer comparativos da minha percepção dos dias de hoje, de como enxergava e como enxergo o mundo e as pessoas desse mundinho, que alias ficou menor à medida que a  tecnologia se desenvolveu.
Vocês passam por esses momentos de reflexões dessas ‘consciências’ ou sei lá de como poderíamos chamar tais sentimentos, de quem você foi num passado distante e quem você é hoje?
Eu acho interessante, veja as reações adversas que a ausência do  celular em mãos, está me causando, está me fazendo regredir mentalmente no tempo, fazendo lembrar “coisas” de quando era ainda um adolescente e se quer tinha um PC para poder escrever, ‘eita’ tecnologia sem vergonha, mas que é tão necessário quanto o próprio ar que respiramos.
Pareço exagerado?
Isso é porque talvez vocês não conheçam ‘o que acho impossível’, pessoas da minha geração em diante, ‘completamente’ alucinadas pelo uso exagerado da tecnologia, elas não conseguem viver sem tais aparatos modernos, eu até que estou conseguindo “sobreviver”, e acho que superarei tal “infortúnio” até sábado, eu acho! (risos)
De repente estou começando a dar razão aos mais velhos que costumam ‘afirmar’ que esse “tar do zap zap” é coisa do demônho! (risos)

Paulo RK 

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