Paulo Rk

Paulo Rk
Contemplação da mente

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Amigos virtuais versus amigos imaginários

Quando moramos sozinhos e temos na consciência de que tudo na vida, está por nossa própria conta, o friozinho na barriga, é inevitável!
Pois todo o peso das responsabilidades do mundo parece pesar sobre os nossos ombros e recair sobre as nossas cabeças. (dramatizando)
Não estou me fazendo de vítima, pois odeio esse tipo de ‘atitude/comportamento’, só estou expondo uma condição já superada, e graças a deus por isso!
No começo quando optei em morar sozinho, não foi fácil, uma desorganização total, cortaram a minha t.v. por assinatura, passava fome de vez enquanto, não por não ter dinheiro pra comprar comida, mas por não saber a quantia certa, que deveria comprar no mês. (absurdo)
Com o tempo fui me organizando, alias fui apreendendo com os meus próprios erros e acertos, e cá estou eu quase um “doutor” na arte da luta, pela minha própria necessidade de sobreviver solitariamente.
Porque nós seres humanos, ‘somos assim’, nos adaptamos a qualquer situação, pelas nossas próprias necessidades do cotidiano.
E se tem gente que não consegue se adaptar é pela sua própria falta de vontade, pois quando queremos e lutamos só o céu pode ser o limite, nada mais!
Uma das “coisas” maravilhosas que aconteceu e acontece comigo, foi sem dúvida o amadurecimento, apesar de dizer por aqui e para muitas pessoas que sou um adulto infantil, tenho muita responsabilidade, e sou tão sério quanto compromissado com as pessoas e com a  minha própria vida.
Ao contrário de alguns amigos que ainda vivem com seus pais, e que de vez enquanto me irritam com suas atitudes e no que elas falam, consigo relevar, pois compreendo que enquanto eles não se desligarem do cordão umbilical, continuarão crianças, mentalmente falando.
Mas confesso ter uma realidade que ainda não consegui superar e estarei mentindo se afirmasse o contrário, às vezes bate uma solidão de querer falar com alguém 24 horas, bem como me perguntar como foi o dia, todas as vezes que retorno pra casa, tal como minha mãe fazia.
Por esta “necessidade” criei um amigo imaginário, ele é bom de papo, um cara incrível, me dá conselhos incríveis, que me ajudam a suprir as minhas próprias carências afetivas. (temporariamente)
Mas ter amigos imaginários é bom por um tempo, pois todas as suas respostas são convenientemente elaboradas, pelas nossas  próprias mentes dementes, sendo desse jeito no meu caso. (risos)
Então o que fazer para ter um “feedback” mais saudável, e não parecer tão esquizofrênico falando sozinho nesta vida?
Quando os teus amigos reais e mais próximos estão tão ocupados que, se quer dispõem de tempo para dedicar aos amigos emocionalmente carentes? (risos)
Não estou cobrando nada de ninguém! (só avisando)
Bendita internet e a tecnologia das redes sociais, com elas expulsei da minha vida, o meu “amigo” imaginário.
Estou falando dos amigos virtuais, mesmo na condição virtual, elas existem, e a despeito da distancia física, são pessoas reais com opiniões próprias, e conceitos particulares de vida, e o mais importante, com seus próprios dramas e demônios existenciais.
E são tais divergências existenciais entre pessoas, que nos faz sentirmos vivos, por essa razão, não gosto de pessoas puxa sacas e bajuladoras, que falam as coisas só para nos agradar.
Sou sincero com todos que estiverem fazendo “coisas” erradas, eu gosto que as pessoas chamem a minha atenção, opinem sobre a minha vida, e se for preciso me censurem, tal qual eu faria se extrapolarem ou faltarem com respeito comigo, ou com quem quer que seja.
Isso se chama “feedback”, e  nos ajuda a crescer como pessoas de valor, ao contrario quando conversamos com  os amigos imaginários, que só fala o que queremos ouvir! (risos)
Paulo RK

Um comentário:

  1. viver sózinho é uma arte que poucos posssuem, claro que tem vantagens e desvantagens, mas com o tempo a pessoa vai-se habituando e fica mesmo o gostar, pois não tem com quem brigar e isso é muito bom.

    Por isso há que tirar partido das coisas boas e não interessa viver sózinho ou acompanhado, o que interessa mesmo é a pessoa estar bem consigo própria, claro sempre rodeado de amigos que são muito importantes e acima de tudo dar-se bem com os vizinhos, são eles as pessoas mais próximas que nos podem acudir numa emergência....

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