Paulo Rk

Paulo Rk
Contemplação da mente

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Ódio de mim mesmo, se eu fosse um cachorro morderia o meu próprio rabo, em plena segunda feira.

Hoje de manhã, a minha patroa me lembrou de sacar os juros do PIS, pois ela também faz aniversário no mesmo mês que eu, “agosto” de deus! (risos) Chegando em casa, com toda a euforia típica de quem tem a receber, procurei o cartão desesperadamente no mesmo lugar, onde costumo guardar o tão desejado “cartão do cidadão”. Nem preciso dizer que no caminho para casa, fiquei planejando fazer um monte de coisas com o módico valor de R$ 34, 56. É pouco, com certeza, e não dá pra fazer quase nada, mas não pude conter a minha enorme felicidade, pois é um dinheirinho extra em minhas mãos. Meu deus, quanto poder?!?!? (risos) Na verdade, posso comprar uma pizza ou “torrar” a grana toda, comprando um monte de vídeos piratas, e me deliciar nos fins de semana, quando muito provavelmente, não terei dinheiro para sair, alias como sempre! Não reclamando, mas na verdade ao chegar em casa, nem liguei o PC para entrar no facebook como de praxe, e fui direto na caixinha de sapatos, onde guardo documentos importantes. E para minha surpresa desagradável, “TCHARAM” o cartão não estava lá! Dizer que entrei em pânico foi pouco, estava morrendo de fome quando cheguei em casa, mas naquela altura, tinha ignorado completamente o meu estomago e comecei a revirar tudo, tamanho desespero em botar as mãos naquele que me pertence. Virei o guarda roupa do avesso, as mesas de ponta cabeça, até dentro dos baldes e bacias fui checar, vai que ele caiu dentro e não percebi. Enfim, deixei a casa literalmente de pernas para o ar, sem sucesso. Mas poxa vida, fiquei completamente indignado comigo mesmo, onde será que eu teria “enfiando” aquele cartão? Fiquei tão indignado, mas tão indignado que demorei até para me acalmar e pensar com mais clareza. Pois só o fato de pensar em não resgatar o módico valor e deixar para o governo, me dava desespero, porque mixaria por mixaria, o governo enche o papo, enriquecendo as nossas custas. E para acalmar os ânimos fui tomar um “drink” de leite com café bem açucarado, para quem não sabe, é o meu drink favorito desde moleque. Bendito seja o açúcar ele começou a atuar em meu sangue chegando até o meu cerebelo me fazendo pensar. Já quase desistindo de procurar a bendita, fui fazer uma checagem dos lugares onde não procurei, faltava a minha bolsa onde carrego cadernos, a minha pasta e uma mochila cheia de bugigangas. Feliz novamente, pois encontrei na primeira tentativa pela busca desenfreada, na própria bolsa entre os cadernos. Que alivio, foi como tirar a aflição com as mãos! E com o cartão em mãos, e um punhado de contas para pagar, fui até a lotérica mais próxima, todo satisfeito, sabendo que teria que pagar as contas, mas desta vez seria uma experiência bem menos dolorosa, pois em contra partida, receberia algo em troca. Dizem que felicidade de pobre dura pouco, a moça do balcão de atendimento, me informou que o valor só estaria disponível após a data do meu aniversário, dia 14. Como assim, me esqueci deste detalhe? Todos esses sacrifícios por nada, “afffffff” que merda pensei comigo mesmo, se eu ganhasse pelo menos um salário mínimo, acredito que não valorizaria tanto as mixarias em minha vida. (dramatizando) Paulo RK

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