To be or not to be?

De todas as questões mundanas, a que mais me intriga, sempre será os mecanismos do funcionamento da vida.
Ela implica, num processo químico, e biológico constante, mas existem também o fator subjetivo, a qual todos estamos acostumados, a chamar de alma.
Dizem que a morada da nossa alma,fica no cérebro, se realmente for ela, foi bem escolhida, pois ela se encontra num órgão, ainda em fase de pesquisa inicial, e numa época, em que falamos de física quântica, nanotecnologia, e genoma humano, pouco se sabe sobre este misterioso órgão.
Ela continua sendo uma incógnita, aos olhos da humanidade, dita moderna.
A sua complexidade, se torna mais absurda, quando analisamos, a psicologia do comportamento humano, que algumas vezes, tem se mostrado absurdamente ilógico.
Cada individuo, reage a uma realidade, de forma bem distinta, uma das outras, e nenhuma delas, conseguem ser idênticas, podem parecer, mas nunca iguais.
Existem pessoas ,que criam uma realidade falsa, para fugirem de uma vida, muitas vezes penosa, no entanto, o preço a pagar pela mentira, é bem mais dolorosa, que a própria realidade.
A vida, misteriosamente tem suas razões, e propósitos, quando elas nos expõem, a situações extremas.
No entanto, somos humanos, e tal condição, justifica a nossa aversão, por tudo aquilo que é amargo, e nos faz sofrer.
Talvez seja porque, o nosso conceito de sofrimento, esteja distorcida, como muitas outras, distorções , que temos de nossas vidas.
Numa conversa informal , alguém afirmou, que era bem melhor, se todos vivêssemos um sonho, convenientemente construído, para funcionar de acordo com as nossas necessidades, do que viver um mundo real, e totalmente contraditórios, aos nosso verdadeiros anseios.
Esta afirmação, me causou todo tipo de distúrbios emocionais, pois apesar de ser um batalhador, e correr atrás dos meus sonhos,sempre defendi que temos que ter os pés no chão.
Apesar desta afirmação, chocar, ela tem uma lógica, as pessoas que vivem a verdade, vivem um eterno inferno, a realidade muitas vezes , é como um câncer, tão visceral ,que mata aos poucos.
Na contramão, a pessoa sonhadora, que acredita em seus sonhos, e vive uma realidade inventada, parecem ser mais leves, e sempre estão de bom humor.
A minha questão pessoal é, o eterno dilema humano, viver a realidade e estar sempre estressado, ou viver como os loucos, que conseguem extrair flores dos concretos, e vivem a vida totalmente isento de preocupações?
Entre a fantasia, e a realidade, qual o caminho correto, a seguir nesta vida, se nem mesmo ela foi decifrada?
O que é certo, o que está errado, num mundo cheio de valores contraditórios?
Nenhuma religião, ou filosofia, consegue explicar a tal da vida, algumas pessoas especulam , falam no que acreditam, mas nenhuma delas conseguem nos convencer, pois são opiniões de pessoas, que ainda conjecturam sobre muitas coisas, sobre suas próprias vidas.
Agradeço por terem lido até o último parágrafo.
Paulo RK SP MINDS NAMASTÊ!