O vazio da humanidade, a morte do cisne e a sociedade solitária

Estudamos, lemos e observamos, e quantas coisas obvias não conseguimos entender nesta vida.
Para algumas pessoas, nem é preciso entender, bastaria viver os momentos, o presente e o agora.
Agarrar , todas as oportunidades, que a vida nos apresentam, sem se limitar, ou apegar aos valores mundanos, tão descartáveis e sutis.
O que realmente, precisamos para acalmar esta inquietação inerente?
Precisamos explicar, todos os fenômenos, todas os efeitos, e quando tentamos, não conseguimos pronunciar uma única palavra.
Vazio, ele me disse que sente muito vazio, mas por que será ?
Ele é tão ativo, faz trabalhos voluntários, e vive ajudando as pessoas carentes, então, por que é que se sente tão vazio?
Sei, mas talvez não saiba o suficiente, para compreender, por que as pessoas nunca estão satisfeitas com as suas próprias vidas.
Não desejo ser oco por dentro, uma pessoa vazia,deve ser horrível, quero estar num ambiente quieto, mas não dentro de um vazio absoluto.
O vácuo assusta, o vazio é algo aterrorizador, não podemos explicar esta sensação, porque nada sabemos sobre ela.
Mas se é vácuo, se é vazio, então por que será que elas preenchem a almas das pessoas?
A única coisa que conseguimos encontrar nas pessoas, hoje em dia, é este elemento, tão farto e abundante, que nem mesmo a nossa psicologia consegue explicar.
Fazemos tantas questões, de estar entre pessoas, dentro da multidão, mas nos esquecemos de dissipar este elemento, tão cruel e visceral, quanto a própria depressão, como a maior doença deste novo século.
O artista divaga entre a imensidão do universo, e bóia dentro do seu próprio vazio, sempre tentando exprimir este sentimento tão mórbido, que lhe causa tanta repulsa e indignação.
Não sei, mas tenho a certeza, que não sei de muitas coisas na vida, e vivo a vida tentando explicar, justificar dar um sentido pra elas.
E muitas vezes me esqueço, de viver a minha própria vida, pois o raciocínio daqueles que nada sabem, é muito devagar, e posso levar uma eternidade para argumentar sobre estas “coisas!”
A ironia de tudo isto, é que o não saber deles, fazem as suas vidas acontecerem, enquanto que aqueles que tentam saber algo, não fazem absolutamente nada, e acabam se tornando expert nas suas ignorâncias, e o que é pior, acabam não acontecendo.
Talvez fosse melhor mesmo, não sabermos de coisas que nem ao menos sabemos explicar.
Bom é viver, e deixar se levar, sem querer saber das coisas, dos porquês, pois há uma lógica em tudo isto.
Se a vida aponta para varias direções,e muitas vezes as nossas decisões são totalmente contrarias as que traçamos, então me arrisco em afirmar, que melhor seria, vivermos como balas perdidas.
Sem muitas ambições, simplesmente viver, e deixar nos levar pela grande correnteza da vida, e fazer do acaso um grande acontecimento.
Muito obrigado por terem lido até o último parágrafo!
Paulo RK SP MINDS NAMASTÊ
P.S.: estes post nasceu da conversa entre duas pessoas que estavam comentando, entre outras coisas, sobre o recente sucesso do filme , a morte do cisne, e sobre as questões relativas ao “desenvolvimento”, sócio cultural da humanidade, que não os livrou da eterna sensação de estarmos sozinhos, mesmo vivendo dentro de uma sociedade coletiva e pensante!
Apreciem ao vídeo, e escutem esta maravilhosa música.