Não tenho veículo ou condução
própria para me locomover, então fico na dependência de amigos, ou mesmo dos
coletivos, tão lotados quanto uma lata de sardinha! (risos)
É sempre uma festa e uma
alegria incontida quando um “amigo” motorizado nos convida para dar um ‘roles’
pela cidade, principalmente à noite, adoro apreciar a minha linda cidade à
noite, quando o ar poluído do dia assume uma condição poética e boemia, que até
hoje não consigo explicar em palavras, mas muito bem compreendida em
sentimentos.
Poesias a parte, gostaria de
estar relatando uma experiência, alias duas experiências que tive ao
desembarcar na estação do metro São Joaquim, estou até pensando ser uma
maldição ou uma perseguição anônima, pois realmente não sei se é a minha esquálida
impressão, ou se tal acontecimento, tem realmente acontecido por obra de alguém
muito mal intencionado.
Das duas, prefiro acreditar
que tenha sido uma coincidência pervertida da própria vida, que às vezes adora
colocar em nossos caminhos, pessoas perversas só para apreendermos a valorizar,
pessoas cheias das boas intenções, se é que elas existam neste planeta! (risos)
Certa vez, faz um tempinho
quando fazia o curso da língua japonesa numa escola particular perto da estação
São Joaquim, onde desembarcava nela por deixar quase em frente à escola.
Estava eu inocente, embarcando
na Sé com destino ao meu curso, quando chegou à estação do metro Liberdade, me
aproximei da porta a fim de facilitar o desembarque, logo uma multidão se aglomerou
ou “grudou” em mim, literalmente.
Parece que naquele dia, todo
mundo decidiu desembarcar na estação São Joaquim, pensei comigo. (risos)
Quando de repente não mais
que de repente, senti uma mão no meu traseiro, na hora pensei que fosse um
ladrão querendo pegar a minha carteira, ‘cheia de papeis e nada de dinheiro’,
ou seja, tudo que o suposto ladrão não precisava, enfim fiquei furioso, e
comecei a me mexer bruscamente, com o intuito de me esquivar daquele que
supostamente pretendia me extrair.
Quando de repente, não mais
que de repente, e pela segunda vez a mão parecia o tatu bola procurando por
abrigo em direção ao meu eterno buraquinho negro, e quanto mais eu me mexia ele
parecia se “acomodar”, e se “encaixar” no espaço entre as minhas “entranhas”, “nádegas”
ou sei lá como é chamado, à região do meio entre os meus glúteos. (risos)
Entrei em pânico, pois pude
sentir que era uma mão masculina, e ao
mesmo tempo em que mexia bruscamente,
olhava para trás com o intuito de localizar o dono da mão, e mostrar a ele que
não se pode mexer em buracos alheios sem as devidas autorizações, podendo colocar
em risco a sua própria bestial existência.
Foi num sábado de manhã, pouco
antes das 8 horas, nem preciso dizer que naquele dia não assimilei nada da
aula, a professora até observou que eu estava distante, e sem essa de dizer que
fiquei “encantado” com as passadas de mãos, conforme o pessoal do meu trabalho
insistiu em dizer, me aporrinhando com piadinhas muito de mau gosto até às 22
horas, quando encerraria o meu expediente.
Mas foi um grande erro ter
relatado com o pessoal do serviço, pois virei motivo de piada por quase dois
meses, e muitos afirmaram que eu voltaria no mesmo local e na mesma “BAT” hora,
só para poder repetir a inusitada experiência; ‘quanta maldade pode existir nos
sentimentos dos colegas de trabalho’? (lágrimas)
Enfim, ontem estava sem fazer
nada e decidi ir até o centro da cidade, e resolvi ir até a estação São Joaquim
e de lá caminhar até a Praça da Sé, ‘não para repetir a mesma experiência’,
como poderia pensar algumas pessoas maldosas, mesmo porque nem lembrava mais do
ocorrido, “experiências negativas” a gente esquece!
Foi um choque, acredite se
quiser, quando me aproximei da porta, para desembarcar na estação São Joaquim,
uma multidão de pessoas se aglomeraram, como se todo mundo tivesse decidido
desembarcar naquela estação pela segunda vez, sem dúvida foi um “dejavú” como
acontece na vida de qualquer mortal comum, só que um “dejavú” sinistro, pois
fui novamente atacado pelas “mãos invisíveis”!
Lenda urbana?!?! Mania de
perseguição?!?!? Maldição das mãos maníaca?!?!?!
Enfim, só não sei se foi a
mesma mão boba, que tinha me atacado no mesmo lugar num passado não muito
distante, mas fiquei tão indignado quanto fui “tarado” por aquelas mãos, pela
primeira vez no passado, que ao sair do metro, vi dois seguranças e pensei com
todas as minhas forças, pedir ajuda a eles, e não deixar impune tais mãos
obscenas.
Só que não tinha provas
cabais do acontecido, as mãos só deixaram marcas psicológicas dentro de mim,
apesar de estar emocionalmente abalado por uma tentativa de um suposto e mal
sucedido ataque sexual, eu poderia novamente ser mal interpretado, como no
passado, quando desabafei com os meus colegas de trabalhos e virei motivo de
chacotas.
Então decidi me calar, e
ainda sofrendo com as profundas marcas psicológicas ainda bem visíveis em meu
semblante, de quem realmente teve a sua intimidade invadida, decidi fingir e
prosseguir com o meu objetivo de caminhar e fazer algumas comprinhas no bairro
da Liberdade, só pra compensar o meu estresse!
Pois deus sabe, e ao
contrário dos comentários das pessoas maldosas, não sai de casa para procurar a
tal da “mãozinha boba”, na verdade se soubesse tinha ficado no conforto do meu
lar e em frente ao PC, trocando ideias com as pessoas de inestimáveis valores
no Facebook.
Então fica um alerta,
principalmente para quem vem a São Paulo e preferem conhecer a cidade andando
em coletivos, protejam seus traseiros, principalmente na Estação do metro São
Joaquim, pois a sensação de sentir uma mão vasculhando a sua bunda, pode ser
traumática, principalmente pelo fato que você não pode sair relatando o
ocorrido para qualquer pessoa, podendo até ficar mal falado, como eu próprio
fiquei! (risos)
Paulo RK