Paulo Rk

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Contemplação da mente

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Conselhos do japinha, parte três!

Sempre fui muito responsável desde muito cedo, sempre quis trabalhar para ajudar meus pais.
Responsável até demais, algumas pessoas afirmam que pessoas “responsáveis”, são chatas por serem sistemáticas.
Apesar de não concordar com este ponto de vista às vezes eu penso comigo mesmo, que sou tão chato comigo a ponto de eu mesmo não me suportar. (risos)
Eu explico!
Na minha vida inteira nunca fiz loucuras, do tipo jogar tudo para o alto e foda se as consequências, no entanto depois de amadurecido, estou com uma vontade danada de fazer o que sempre tive vontade de fazer, sumir do mapa.
Sumir sem me importar com as pessoas que de certa forma dependem de mim, indiretamente.
Quando mencionei que me torno insuportável comigo mesmo, é que de repente não consigo fazer o que gostaria de ter “experimentado” a minha vida inteira, pois, sou muito ligado às pessoas que gosto e só o fato de pensar, que eu poderia estar causando sofrimentos aos meus afetos, eu abro mão de querer sumir do mapa antes mesmo de arrumar as malas. (risos)
Uma batalha de proporções épica se estabelece dentro do meu cerebelo, quando a própria fraqueza dentro de mim se desespera, ao observar que tudo que planejava não pode acontecer do jeito que tinha imaginado, pois pessoas que eu gosto, precisam de suportes para sobreviver.
Então todos os meus objetivos são anulados, tipo me anulando por causa das outras pessoas, entendem?!!?!
Ao escrever tais linhas, a minha mente demente entrou em conflito de novo e sem a minha permissão, pois ela detectou uma tendência mórbida de me fazer de vitima.
E quem me conhece, sabe muito bem que tenho verdadeira ojeriza com pessoas que se fazem de vitimas, não as suporto, pois acredito rigorosamente, que colhemos o que plantamos nesta vida, portanto ninguém é vitima de porra alguma.
Hoje, só por hoje vou expor a minha esquizofrenia por aqui, respondendo as minhas próprias perguntas, me aconselhando, como se neste mundo não existisse mais ninguém.
 Apesar de sermos sete bilhões no mundo, e acredito que somos muito mais em números, a expressão: “como se neste mundo não existisse mais ninguém”, é completamente verdadeira.
Porque nos tempos contemporâneos, os estudiosos alegam que vivemos a era da informação, quando na verdade, as pessoas parece pouco se interessar no que as pessoas dizem, sobre elas mesmas e sobre o próprio mundo em que vivemos.
Pessoas parecem viver a era do individualismo, querem falar mais que seus próprios cotovelos em detrimento de ouvir as outras pessoas, querem se aparecer mais do que uma famosa atriz de Hollywood, e raras são as pessoas que se conectam umas com as outras, com o intuito de sanarem as suas crises existenciais ou mesmo compartilharem, seus medos e suas paixões.
Talvez tal teoria explique porque tanta gente do mundo contemporâneo tem mais doenças da alma do que as pessoas dos tempos passados.
Naquela época as pessoas tinham mais contatos uns com os outros, as pessoas se conversavam mais uma com as outras, se tocavam e sentiam a presença uma das outras em tempo real.
O que nos tornava mais humanos e menos máquina, a “evolução” tecnológica que tem acontecido nos últimos anos, tem também criado uma humanidade fria e solitária em todos os sentidos.
E não consigo ter a absoluta certeza, se é culpa dos avanços tecnológicos das pessoas serem irresponsáveis, e serem tão descartáveis, ou se é apenas um reflexo dos comportamentos hostis das outras pessoas mexendo com os meus valores pessoais, me fazendo indagar, se vale a pena ser tão responsável!
Pra quem não sabe, as minhas dores de cabeças tem como origem, as próprias indagações que o meu ‘cerebelo’ faz dentro da minha caixa encefálica, sem prévios consentimentos. (risos)
Parece uma piada?
Pois é, ultimamente estou acreditando que além da minha língua a minha mente tem vontade própria, e ela é completamente contraditória com os meus próprios valores pessoais. (risos)
Paulo RK

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