Paulo Rk

Paulo Rk
Contemplação da mente

sábado, 27 de julho de 2013

Eu tenho medo da minha mente. Porque ela mente!

De todos os sentimentos humanos de medo, eu desprezo os próprios sofrimentos causados pelas nossas mentes do medo. Pois medo são demonstrações das nossas próprias fraquezas inerentes, pelo menos do meu ponto de vista e opinião pessoal. São desnecessárias porque deixamos de viver a própria vida mais plenamente, dizem que o medo, é um instinto natural de autoproteção do ser humano, e de todo outro ser vivo neste planeta. Por esta razão fugimos de tudo que for ameaçador as nossas vidas pela simples razão de sentirmos medo, e instintivamente, para garantir a sobrevivência da espécie. Mas a questão, “e sempre haverá uma questão existencial, dentro das questões do ser ou não ser, da nossa própria condição humana”. A minha mente ávida por questionamentos, não aceita as coisas como são, e está me castigando com as suas infames indagações, para as quais não consigo encontrar respostas imediatas. E a minha dificuldade de atingir o tão cobiçado estado de iluminação (Buda) neste planeta, fica cada vez mais distante por conta das minhas próprias ignorâncias latentes e inerentes. A minha mente é mentirosa e por conta desta, algumas vezes cometo erros infantis em minha vida, ela é tão mentirosa quanto maldosa, pois adora “pregar” peças, me deixando estático de terror, perante algumas realidades mundanas, tão triviais em nossos cotidianos. Não conseguindo fugir, não como se a minha vida estivesse sendo ameaçadas pelo meu pior algoz, mas do próprio medo, que a minha mente cria e me impõem, fazendo tremer a minha alma, com coisas que não existem. Eu só queria ser mais dono da minha cabeça, controlar a minha mente, e não ser o seu refém do medo. Isso é terrorismo, criar situações inexistentes só para me ver aflito com condições de realidades, que não são reais, mas que com toda certeza me fazem urinar nas calças. (literalmente) Principalmente porque agora moro sozinho, longe daqueles que me abrigavam quando ainda era criança. A decisão de morar sozinho, não foi uma escolha consciente e decidida por mim mesmo, mas aconteceu de forma natural, pela minha própria necessidade de obter mais qualidades de vida. A vida solitária para quem não sabe, tem o seu bônus assim como todos os ônus, que recaem sobre os nossos ombros. E é onde a minha nefasta mente e sua perversa interpretação como o pior dos meus piores pesadelos, pesam com todas as suas forças. Não tendo para onde fugir, pois o palco desta “encenação” acontece bem aqui dentro, da minha caixa craniana. Fico imaginando como seria maravilhosa a experiência, se pudéssemos tirar as nossas cabeças, e coloca-los dentro de uma redoma, para que pudéssemos descansar de todas as suas atribulações. E quando tudo tivesse normal, recolocaríamos de volta acima do pescoço, para vivermos de bem com nós mesmos. Isso é só ficção e está muito longe de acontecer! Mas a pergunta crucial, é como poderei viver em paz comigo mesmo, se todas as minhas contas estão pagas, tenho o nome limpo na praça e não devo pra ninguém, com este tipo de mente demente? Por enquanto só me resta forçar a minha mente para que ela não fique ociosa, não se dando ao luxo de poder me torturar com pensamentos ruins, criando fantasmas e monstros inexistentes. Paulo RK

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