Eu gosto de ser simples, porque a minha alma é humilde!

Moro num quartinho não muito grande, mas de bom tamanho para mim, com duas janelas de vidro, “conectadas” com o universo. Aqui é o meu templo, o meu pequeno refugio para o paraíso que não consigo encontrar no mundo. Onde tento estabelecer o meu equilíbrio e a sanidade mental depois de um dia agitado qualquer, e de todas as atribulações mundanas. Ela pode não ser perfeita para algumas pessoas, pois quando chove tem goteiras, mas quem se importa, se eu me sinto confortável neste pequeno nicho, que chamo carinhosamente de meu lar! Se as pessoas do mundo soubessem valorizar as coisas simples que possuem, seriam mais felizes, pois no mundo todo, muitos vivem com muito pouco. Não quero parecer estar julgando, as pessoas que pensam desta forma egoísta, pois defendo o pensamento de “cada um com seu cada um”. Mas a questão é sempre o lado pessoal, a gente não se importa com os sofrimentos das pessoas que não conhecemos, mas sofremos por tabela, quando notamos que as pessoas, que amamos estão sofrendo. E elas sofrem por pensarem errado, por valorizarem o que de fato não tem importância nesta vida. Tem muita gente fútil neste planeta, e eles não me representam quando ostentam riquezas materiais, mostrando ao mundo que para sermos felizes precisamos ter posses. Não vou negar, pois às vezes eu mesmo fico triste, por não poder comprar um carro, um potente aparelho de som, uma t.v., lcd, ou mesmo um “badalado” game de última geração da Nintendo. Querer a gente quer, mas nem todo mundo pode, mas não podemos permitir que bens materiais, determinem as nossas condições de felicidade, ou infelicidade neste mundo. Sofrer pelo que não temos, é burrice, precisamos ser mais realistas e procurar ser felizes, com as nossas próprias realidades. Valorizando ao máximo, todas as coisas que conquistamos ao longo de nossas vidas é viver de bem consigo mesmo. Lembram quando escrevi “conectados” com o universo, falando sobre as grandes janelas, no começo deste texto? Pois é, os vidros das janelas apontam para o oeste, e seja da minha escrivaninha ou deitado na cama, elas me mostram de manhã, os primeiros raios de sol a iluminar um céu mais azul que o próprio anil, e ao entardecer, posso apreciar um céu tingido com tons de amarelo e vermelho, e o sol se despedindo de mim, me lembrando, ‘o quanto é bom estar vivo’, e poder testemunhar as mesmas belezas naturais no dia seguinte. E se você acha pouco, o universo na sua incrível generosidade me proporciona uma visão estonteante a noite, quando a lua cheia aparece no lado oeste, ela me ilumina enquanto durmo. Da minha cama, posso ver o céu escuro iluminado pela luz da lua, assim como o meu rosto, o meu quintal e todo o meu cômodo. São inspirações de vida que nenhuma riqueza material poderia nos proporcionar enquanto vivo, pois toda essa beleza e riqueza do universo, está dentro de cada um de nós, uma satisfação que ninguém pode nos privar. Paulo RK