Paulo Rk

Paulo Rk
Contemplação da mente

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Como vai a sua auto estima?


Vocês se lembram de quando éramos pequenos?
Na época da nossa tenra infância, como as coisas pareciam mais intensos, mais bonito,e por alguns instantes, acreditávamos que eles eram eternos.
Quando somos crianças, nos misturamos com as outras crianças, unimos o nosso desejo em comum, de brincar e deixar a felicidade manifestar, num coletivo desenfreado!
Como era bom aqueles tempos, onde todos se aceitavam, onde não existia preconceitos, discriminações, entre outros sentimentos, tão comuns na nossa fase (adulta).
Vemos pessoas reclamando o tempo todo, aparentemente cansados dos distúrbios de um mundo em constante mudanças.
Questiono este protesto, que não é um fenômeno local, mas algo muito moderno, como a globalização, parece que a humanidade está cansada de um mundo que lhe oferece todo os confortos, de um mundo tecnológico em constante expansão!
É inexplicável , com todos os “brinquedinhos de luxo” que possuímos, ainda assim conseguimos ser infelizes, e estar constantemente insatisfeitos com a vida!
O mundo(vida) continua o mesmo, quero dizer, tirando os avanços da ciência e tecnologia que nos trazem tantos confortos e benefícios, o mundo continuará sendo o mesmo.
Esta afirmação, nos leva a uma outra questão, se existe conforto e grandes benefícios, por que é que a humanidade anda tão insatisfeita?
Afirmarei uma condição que julgo ser verdadeira, e defenderia esta com unhas e dentes, baseado nas minhas experiências pessoais.
É obvio, que o que expresso nas minhas crônicas, nunca deve ser considerado como a ultima palavra, estou longe de ser o dono da verdade, na verdade ninguém é.
Acredito que o conflito entre pessoas e o distanciamento entre eles, seja um processo automático, gerado pelos inúmeros complexos que adquirimos ao longo de nossas existências.
O mais comum de todos os complexos (e o pior) é o da inferioridade, as pessoas com este tipo de sentimento, não conseguem interagir com o seu meio, e sempre se colocam como competidores (inconscientemente), querendo provar algo que só existe na sua cabeça.
Já tive muito este tipo de complexo, principalmente na minha adolescência, fato que distanciou muitas pessoas da minha vida.
Em uma outra experiência, conheci uma pessoa de descendência judaica onde trabalhava, a principio achei um barato conhecer um judeu e ávido por novas culturas quis ser o seu amigo.
No entanto ele parecia competir comigo, principalmente porque trabalhávamos no mesmo setor e fazíamos as mesmas coisas,mas não estou falando de uma competição saudável, mas algo como o desejo de querer provar uma superioridade desprezível de raças!
Infelizmente, este comportamento só me distanciou dele, e na época fiquei muito chateado, mas hoje compreendo que tal atitude, só era possível pois a sua auto estima estava em baixa.
Acredito que para voltarmos a ter uma humanidade como a das crianças, precisaríamos trabalhar primeiramente com as nossas próprias fraquezas, quebrar conceitos e paradigmas equivocadas, de valores que criamos do mundo,só assim poderíamos usufruir, e gozar plenamente a vida tão bem quanto elas mesmas.
Reproduzindo um pensamento:

*“-Se o nosso espírito já não se apega mais nada, livre de todo e qualquer apego, então o mundo, tal como é, será completamente nosso, será Um conosco. Isso significa que agora nós o aceitamos, transcendendo o bem e o mal, a simpatia ou a antipatia. Nada mais nos prende, e também a nada mais nos agarramos. Todas as oposições que nos aparecem, ganho ou perda, bem ou mal,alegria ou dor, provêm de nós mesmos. Por isso não há nada entre o céu e a terra que seja tão valioso para nós como o conhecimento da nossa própria natureza intrínseca.”

Muito obrigado por terem lido até o último parágrafo.
Paulo RK SP NAMASTÊ!!!!

* Trecho extraído do livro : O Zen e Nós. Editora Pensamento.

2 comentários:

  1. Ola Paulo,
    Primeiramente obrigada pela visita.
    Bem, as vezes somos pegos de surpresa sabe...
    Comecei a prestar mais atenção nas pessoas que estão ao meu redor, para saber como elas se sentem e se sentem, ficam ou não se queixando.
    Esta semana me surpreendi, percebi que quando temos um problema lá no escritório, onde eu trabalho, minha amiga Ariane, respira fundo e diz assim, "deixa pra lá", dá uma grande risada e volta a seus afazeres.
    Então eu perguntei, como ela conseguia pensar assim, mesmo com um problema para resolver...
    E ela disse sem vacilar...
    Isso é auto-estima.
    Pois é, isso deve estar guardado em algum lugar dentro de nós,
    um dia ela aparece, o melhor caminho é amar a si mesmo.
    Bjs
    Ótimo Fim De Semana.

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  2. Aplausos amigo meu, lindas e sabias palavras contidas num maravilhoso texto, vc é um ser divino eu sei, nós sabemos!!
    com carinho
    Hana

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