Paulo Rk

Paulo Rk
Contemplação da mente

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Ninguém é igual a ninguém!

Às vezes em frente ao espelho eu me reparo, observo minha cara, meu corpo e me arrumo para parecer “bonitinho” perante as pessoas, mas tudo bem porque acho que tal comportamento seja absolutamente ‘normal’, acredito que todo mundo faz isso antes de sair de casa para trabalhar, para escola, faculdade ou algum curso técnico da vida, ‘acreditando que a sua vida vai melhorar por ter mais um diploma pendurado em alguma moldura cheio de pó, pendurado em alguma parede mofada e esquecida da sua casa. (risos)
Mas na verdade o que me incomoda mais (muito mais), não é a imagem do meu reflexo da minha aparência externa em frente ao espelho, afinal de contas não ligo muito para aparências ou da minha “beleza externa” (risos) perante as pessoas do meu entorno, porque sinto que as pessoas que afirmam gostarem de mim, gostam por quem eu realmente sou por dentro, pelo meu caráter e humildade de ser.
No entanto somos todos humanos e vivemos por um motivo e razão, ‘superarmos nossas dificuldades em sermos melhores’, todos batalhamos e devotamos nossas vidas para sermos felizes, a dificuldade é imensa e inquestionável, no entanto quem quiser ser verdadeiramente feliz neste mundo precisa enfrentar seus próprios medos e fraquezas pessoais.
E a condição mais difícil e complexa é sempre encararmos os nossos próprios medos e fraquezas!
Dizem que Buda e Jesus não agradaram todo mundo, e vou confessar a todos vocês estimados e queridos leitores, eu vivo preocupado em agradar a todos, ‘eu sei’, é muita pretensão a minha, mas na área da minha atuação profissional eu preciso, ou pelo menos tento agradar, para poder pagar minhas contas com mais folga nos fins de meses. (risos)
A questão intrigante desta minha reflexão é que nem todo mundo ‘vai com a nossa cara’ e por mais que a gente tente agradar, elas não correspondem os nossos esforços ou nossos ‘sacrifícios’ em fingir gostar delas, no entanto e como mencionei, não posso ignorar o fato de que algumas pessoas não gostam de mim, por mais que eu me esforce.
Não se trata de uma carência pessoal de querer ser aceito pelos outros, mas uma necessidade natural latente e inerente por ter na minha consciência de que se não estou conseguindo agradar algumas pessoas do meu entorno é porque tenho que melhorar algo que não consigo enxergar, alguma falha ou deficiência comportamental da minha própria conduta.
E para agravar tal drama pessoal, as pessoas parecem ter dificuldades em serem sinceras com as outras pessoas, nas coisas que desagradam elas, por exemplo, se tem algum comportamento seu que me incomoda, vou te chamar de canto ou de lado e vou falar a real.
Sendo assim e tendo esse perfil, ‘adoro e amo de paixão’ pessoas que me jogam ou vomitam na minha cara todas as minhas fraquezas que não consigo enxergar por conta própria, porque a vida funciona melhor desse jeito, conseguimos enxergar as falhas e deficiências dos comportamentos humanos alheios, mas não os nossos próprios.
E acredito nessas pessoas sinceras como sendo os meus anjos da guarda, pessoas iluminadas que me ensinam a ser melhor e a buscar o melhor para mim, infelizmente são raras tais pessoas, pessoas corajosas para apontar e dizer na nossa cara o que fazemos de errado!
Porque acredito naqueles que me apontam o dedo e destemidamente indicam o meu defeito, aquele que não tem medo de dizer alto e claramente no que devo melhorar, porque ‘gente’ ninguém cresce convivendo com pessoas piores ou medíocres, definitivamente para sermos melhores temos que conviver com os melhores.
Não estou a lamentar, apenas uma reflexão pessoal de indignação ou apenas mais um desabafo que me permito por aqui, afinal de contas está cada vez mais difícil dizer às pessoas o que pensamos na vida real, na realidade, se quer elas (pessoas) se interessam nos pensamentos ou sentimentos dos seus semelhantes.
Afinal de contas ninguém é igual a ninguém!

Paulo RK

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