Paulo Rk

Paulo Rk
Contemplação da mente

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Eu me encontrei no budismo!

É estranho falar nesses termos, ‘eu me encontrei’, mas de repente ao observar tanta gente “perdida” no mundo em que vivemos a gente compreende melhor o termo ‘me encontrei’.
Sou uma pessoa afortunada, pois desde muito cedo tenho o costume de observar as pessoas, e vocês sabem o que mais reparava nelas?
As qualidades boas de algumas pessoas que não encontrava em mim, tipo quando mais jovem era muito introvertido, tímido ao extremo, tinha vergonha de encarar as pessoas nos olhos, me esquivava dos olhares das  outras pessoas, causando má impressão nelas.
De tão tímido tinha vergonha de falar e expor meus pensamentos, o meu complexo de inferioridade causava todo tipo de perturbações mentais, por sua vez tais ‘perturbações mentais’ não me permitiam a simples comunicação com o meu próprio semelhante, me tornando em uma pessoa estranha, ‘sim’ eu era uma pessoa estranha, dessas de ninguém querer a minha amizade ou se quer dar atenção.
Por um bom tempo da minha adolescência fui assim, desprezado e ignorado pelas massas, porque afinal de contas, agia estranho com todos, não porque queria ser estranho, mas por não conseguir ser legal com as  pessoas,  como todas as pessoas que eu observava e admirava, por serem descoladas e legais.
E por um bom tempo sofri por quem eu era um jovem que nutria todo tipo de complexo de inferioridade, que achava os outros melhores que eu!
Achava incrível e curioso de como as pessoas conseguiam ser felizes consigo mesmo e como elas conseguiam ser legais com todos e benquistos por todos, eu realmente queria ser iguais a todas essas pessoas.
O tempo foi passando e eu amadurecendo, e no processo do amadurecimento conheci o budismo, posso dizer que tive uma mudança radical em minha vida quando conheci esta filosofia.
E pela primeira vez descobri que eu também como todas aquelas pessoas felizes que eu admirava no passado, poderia ser feliz como todas elas.
Foi através das atividades sociais dentro das reuniões budistas que eu extingui a maioria dos meus complexos de inferioridades, onde a minha timidez deixou de existir de dentro do meu ser para todo o sempre, revelando de dentro de mim o verdadeiro valor de uma pessoa que também merece ser feliz e tem um lugar garantido neste mundo!
Pratico o budismo de Nitiren Daishonin desde o ano 1.999 e de lá pra cá, tenho buscado sempre o meu aperfeiçoamento, intelectual e pessoal, procurando aprender ao máximo com as pessoas do meu entorno e dentro da sociedade procuro obter o máximo do conhecimento e sabedoria dessas pessoas que pareciam ser mais felizes que eu, e hoje compreendo que nem todos são por dentro o que aparentam ser por fora.
E que todo ser humano vive uma batalha interior, um conflito interior que as impedem de serem felizes de fato neste mundo, e uma vez que compreendi tal realidade e condição de vida, entendi que de todo eu não era o único infeliz, na verdade ninguém é totalmente infeliz ou completamente feliz nesta vida.
Temos nossas próprias batalhas interiores, as nossas lutas para vencer nossas próprias fraquezas interiores e medos pessoais com as quais temos que estar constantemente lutando para não nos deixar dominar por tais sentimentos nefastos inerentes e próprios do ser humano.
E hoje quando menciono que me encontrei no budismo é porque hoje estou liberto da minha própria ignorância, ‘ignorância’ que chamamos no budismo de ‘escuridão fundamental’ que nos faz sofrer tanto por não termos compreensão das coisas que nos fazem sofrer.
Hoje não me vejo como menos, ou apenas mais uma pessoa, hoje eu me vejo como um ser humano precioso, um diamante bruto e único pronto para ser lapidado e revelar ao mundo o meu verdadeiro valor intrínseco, para ser feliz como ser humano deve ser e fazer felizes as pessoas que mais amo neste mundo e planeta!
De tão grato a filosofia budista que me norteia em meio a escuridão da ignorância alheia, hoje busco ajudar as pessoas, eu sei que é impossível mudar as cabeças das pessoas que como eu tinha a convicção de que nasci para ser infeliz, no entanto aprendi na própria filosofia que existem muitas formas e maneiras de mudar o mundo, sendo eu mesmo.
Se eu melhorar a minha própria condição de vida, buscando o melhor para mim me tornando numa pessoa melhorada, com certeza estarei colaborando por um mundo melhor, simplesmente porque não podemos mudar o mundo todo pelas próprias proporções, mas se eu me tornar num ser melhor, farei o que for melhor com as pessoas e com o próprio mundo.
Pois o budismo de Nitiren Daishonin, nos ensina que a revolução de uma única pessoa pode impulsionar não só a vida de uma pessoa, mas as vidas das pessoas do seu entorno, bem como as vidas das pessoas de seu bairro, de sua cidade, país e do próprio mundo!

Paulo RK

Nenhum comentário:

Postar um comentário