Paulo Rk

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Contemplação da mente

domingo, 26 de julho de 2015

Preconceitos contra os japas! Assim não pode!



Olha nem estou me fazendo de vítima, pois odeio nutrir tal sentimento, pois ninguém é coitado nesta vida, todos apenas colhemos o que plantamos nesta vida e em vidas passadas, acredito muito nisso, e tudo o que não nos mata nesta vida nos fortalece!
Mas é que certas ‘mesmices’ comportamentais dos nossos semelhantes aqui na terra me irrita, pois são muito frequentes em meu cotidiano.
Preconceitos não são apenas privilégios daqueles que se sentem minoria neste mundo selvagem, obviamente e como tudo na vida existem dois tipos de preconceitos o negativo e o positivo.
Mas em ambos os casos não deixam de serem preconceitos, pois às vezes tudo que eu quero é ser normal na vida e ser tratado como todo mundo, tipo apenas mais um ser humano na busca de batalhar e realizar meus sonhos nesta vida.
Pessoas gostam de rótulos, todo mundo julga as outras pessoas pelo que elas fazem ou por pertencerem a uma determinada etnia, ou qualquer outra “coisa” que seja diferente no meio padronizado.
Por exemplo, sou filhos de japoneses, então todos os históricos dos “feitos” dos meus antepassados recaem sobre a minha geração, e qualquer coisa que eu faça de legal em termos profissionais, eu ouço a seguinte frase: ‘tinha que ser japonês’!
Recentemente eu ouvi de um universitário a mesma ladainha, só que de uma forma mais grotesca, ele disse: ‘esses asiáticos são foda’!
Então eu lhe pergunto; tem como eu me sentir normal?
Não que ser descendente de japonês ou um representante dos asiáticos seja anormal, mas gostaria de não ser rotulado, pois isso incomoda demais.
Em salas de aulas é a mesma coisa, os professores parecem exigir ou cobrar boas notas, pelo fato de sermos japas, mas o pior de todos os preconceitos é quando somos abordados pelos desafortunados ladrões, o fato de sermos japonês, significa para alguns que somos endinheirados.
Mas posso garantir neste quesito que sou exceção, pois batalho como todo mundo e faço das tripas o coração para pagar as contas básicas do mês, tipo agua, luz e telefone, e ultimamente sequer tem sobrado algum para pedir aquela pizza, pois a cada mês vem um valor maior do que anterior!
Desconfio que a companhia de luz tá cobrando pela luz do sol, pois ultimamente fico em casa com todas as luzes apagadas, controlando ao máximo meus gastos. (risos)
Meses atrás estava com um amigo, saindo do shopping em direção ao estacionamento, este amigo é muito rico, além de carro de marca, ele usa relógios e roupas tudo do mais caro.
Observem que absurdo, eu trajando roupas compradas em brechós ou as roupas usadas que ganho dos meus patrões, mas em boas condições, e com botas de pedreiro, o bandido me abordou primeiro dizendo que japas tem mais dinheiro.
Depois que os olhos dele “farejou” o meu amigo rico, precisamente em seu pulso usando um relógio todo dourado e caro, o meliante pediu para ele entregar o mesmo, o meu amigo é doido, perguntou em tom irônico se ele queria mesmo o relógio, retirou o do pulso e quebrou o vidro e entregou ao ladrão.
Naquele instante fatídico eu e o ladrão ficamos confusos, mas foi o momento em que os seguranças do shopping estavam se aproximando e o bandido deixou quieto fugindo, não reagimos pois  ele mencionou que não estava sozinho e estava armado e tinha mais bandidos nos observando.
Com toda a demonstração de estupidez (ostentação) do meu amigo rico, fui o primeiro a ser revistado pelo meliante por ser japa, por puro preconceito de pensar que temos mais dinheiro que qualquer outra pessoa e nem é meu preconceito, pois ele mesmo falou que costumamos ter “sorte” na vida, que absurdo, ter que ouvir isso de um desprezível que penso desconhecer a força do trabalho digno de pessoas honestas como foram os meus antepassados!
Enfim preconceitos são desconfortáveis em todos os sentidos por não descreverem toda a realidade dos fatos e da vida das pessoas, acho que vou ter que aprender a viver com mais este pesadelo. (risos)
Paulo RK

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