Sem blá blá blás, eu só quero me 'linkar' com você!

Às vezes e na verdade frequentemente eu me deprimo com o comportamento hostil de algumas pessoas, do meu convívio social e profissional.

Mas não me dou por vencido e aguento como se fosse um bravo guerreiro a lutar com um exercito com vantagens numéricas, ‘aguento’ pois tenho um suporte espiritual verdadeiro, que me estabiliza interiormente, me conduzindo ao caminho do meio, como é o próprio equilíbrio no meio de tantas realidades e contrastes.

A questão do meu ser ou não ser, é porque às vezes gostaria de conversar com algumas pessoas que parecem ser interessantes, pelo que falam e pelos seus comportamentos, e ter um pouquinho de suas atenções, não que eu tenha muitas coisas para falar e que seja uma pessoa completamente relevante, mas tenho muita disposição para aprender e acredito que poderíamos trocar muitas ideias e experiências únicas, cada qual interessante do seu próprio jeito e a sua própria maneira de ser.

Posso estar parecendo carente com tal afirmação, sinceramente, estou mesmo, e não me envergonho em admitir tais condições emocionais consideradas por muitos uma fraqueza, do contrário, acredito ser bonito admitirmos os nossos pontos francos, pois afinal de contas, é o que nos torna em seres humanos melhores, pelo menos acredito nisso.

Não me envergonho em dizer que apesar de ser uma pessoa adulta por fora, dentro de mim, ainda pulsa aquela criança carente que a todo custo, busca chamar a atenção daqueles que julgo ser melhores do que eu, para eu próprio ter parâmetros de todas as coisas boas que gostaria de ser neste mundo.

Afinal de contas ninguém consegue se desenvolver com as suas próprias mesmices, é preciso ter parâmetros para ter pelo menos noção do que está acontecendo ao nosso redor e distinguir o certo do errado.

Costumo dizer que o meu eu está em constante construção, e por vezes peço desculpas pelos meus exageros infantis, que depois de adulto podem parecer estranhos aos olhos das pessoas que se consideram “normais”.

Mas de repente fica difícil, está sendo muito difícil falar com as pessoas, ter um dialogo normal, informal e principalmente descontraído com os nossos semelhantes, está se tornando coisa do passado.

Porque às vezes eu tenho a impressão que elas não querem conhecer pessoas diferentes, de repente parece que ninguém está a fim de conversar com ninguém.

Para quem me conhece pessoalmente e mais intimamente, sempre souberam que tenho predileção em fazer amizades com pessoas mais “experientes” na vida, ou seja, com mais idade do que eu.

Apesar de que tem pessoas que viveram uma vida inteira a desperdiçar seus preciosos tempos, e ao invés de progredirem elas regrediram no tempo, mas não estou aqui para julgar alguém, como sempre digo, não temos esse direito!

Voltando ao assunto, e a cada aniversário, tal predileção só tem aumentado, pois de repente tenho notado que as pessoas mais novas, só querem viver de aparências, elas parecem bonecos de vitrines, onde a beleza efêmera parece ganhar cada vez mais destaque em detrimento dos conhecimentos e valores de pessoas, que poderíamos estar agregando em nós mesmos, inestimáveis valores existenciais num simples dialogo.

Não estou cobrando nada de ninguém, não tenho esse direito, pois apesar de fazer questão de estar antenado com pessoas que faz pouco caso da minha necessidade de estar “linkado” com todas elas, percebo que não é por maldade, o tempo é um fator crucial, pois parece estar cada vez mais curto se antes conseguíamos fazer muitas coisas num dia, hoje um dia parece ser insuficiente!

No entanto, falo por mim mesmo e com base na minha própria experiência de vida, apesar de ter que fazer muitas coisas ao mesmo tempo e o tempo estar curto, aproveito cada instante que a vida me proporciona, quando coloca cabeças pensantes, disposta a trocar algumas ideias pelo meu caminho.

É quando desfiro golpes profundos nos corações dessas pessoas, mas “golpes” bons e positivos, deixando as marcadas com as minhas lembranças de quem realmente eu sou por dentro. (risos)

Paulo RK