Paulo Rk

Paulo Rk
Contemplação da mente

domingo, 3 de agosto de 2014

E quando você não puder mais contar com a sua juventude...........

Eu valorizo muito o tempo, e de modo algum entro em conflito com ela, pois é inútil, uma batalha perdida antes mesmo de começar.
Por questões óbvios, nenhum ser humano foi capaz de criar uma tecnologia, capaz de combater “este”, que todos mortais tememos. (risos)
Então eu achei de bom tamanho fazer valer aquele velho ditado na minha vida; “se não pode com inimigo, junte se a ele”!
Na verdade, e apesar de nunca ter encarado o tempo como meu inimigo, eu só queria e ainda quero ser feliz nesta vida.
Porque tem muita gente no planeta se preocupando com as rugas em suas faces e a beleza estética de seus corpos, fazendo esforços descomunais, para combater um processo natural de todo ser vivo, como é o próprio envelhecimento.
Não estou sugerindo pessoas a relaxarem sobre as questões da estética humana, porque um pouquinho de vaidade não faz mal a ninguém, no entanto, sugiro a todos que vivam mais em função das suas próprias felicidades, não de um fator comum a todos que não podemos evitar, como a própria velhice.
Riquezas ou belezas?
Nada disso importará, quando você estiver velhinho sem forças físicas para fazer suas “travessuras”, de quando era mais jovem, então quando seu corpo não mais responder suas vontades e desejos, a única coisa que restará serão as lembranças.
Mas se continuar obcecado pela estética física, e viver em função dela, não lhe restará nem as lembranças boas, quando você não puder mais contar com os atributos físicos.
Não estou falando nenhuma besteira, leio muito e estudo muito sobre a filosofia budista e muitas outras filosofias das outras religiões, pois não sou mais um fanático na prática religiosa, e compreendo que elas existam por uma razão, livrar a humanidade do sofrimento de suas próprias ignorâncias inerentes.
E cada vez mais, compreendo que a humanidade tem sofrido por séculos, porque teimam não valorizar o que mais importa neste mundo, como a busca incessante de suas próprias felicidades.
 E não baseio a minha crença em teorias filosóficas, como é de conhecimento geral eu sempre gostei e ainda gosto de me relacionar com pessoas mais velhas, pois acredito que ‘algumas’ pessoas viveram o bastante para nos ensinar muitas coisas boas.
Ao trocar informações com tais pessoas vividas, conversando com elas, me inspiro e adquiro muita sabedoria, com as quais evito cometer os mesmos erros na minha vida.
Voltando ao assunto das boas lembranças, quando não pudermos mais contar com os nossos corpos; lembro muito bem da minha vó em seu leito de morte.
Todas as vezes que eu chegava da escola e ia ver ela, encontrava a na cama dando risadas e falando como se estivesse na companhia de alguém.
Na verdade antes de entrar no quarto eu sempre achava que tinha alguém com ela, pois ela dava risadas e conversava descontraidamente.
Certa vez não resisti e perguntei para ela num tom de brincadeira, se ela estava rindo de mim.
Eu lembro que ela abriu os olhos e disse que não, apesar de eu ser a alegria de vida dela, conforme as suas próprias palavras e faze-la muito feliz, era das boas lembranças que ela estava rindo, pois tais recordações a fazia muito feliz.
Um dia eu fiquei em pé em silencio na cabeceira de sua cama, onde ela não podia me ver, só por curiosidade, e lá estava ela com os olhos bem abertos, falando com todas as suas forças, que ainda lhe restava, e o tom das conversas eram bem animadas, eu cheguei até dar risadas, pois parecia que ela estava vivenciando tudo novamente e compartilhando das suas recordações com alguma presença, que de algum modo ela conseguia enxergar e eu não.
Isso me dava até arrepios, pois pensei na minha mente infantil, que ela estava falando com o fantasminha camarada, Gasparzinho! (risos)
Mas hoje depois de amadurecido, confronto tal experiência da minha vó e o que aprendo na filosofia budista, de que devemos valorizar somente, o que é mais importante na vida de qualquer ser humano como é a própria felicidade.
Não quero viver em vão, então não esquento com o amanhã, nem com o ontem, hoje eu só me preocupo com o agora, pois ela está bem a minha frente, e liberto a minha mente, de todas as amarras dos preconceitos e ignorâncias latentes, que me impedem de enxergar a minha própria felicidade nesta vida.
Estabeleço e determino que enquanto eu puder fazer o meu melhor, buscando sempre o melhor para mim, eu não titubearei, pois se meus atos, não prejudicar quem quer que seja neste mundo, estarei eu, aqui, fazendo presença nesta vida, com um único objetivo e finalidade, o de ser feliz!
 Acredito com bases nas minhas crenças, de que a única experiência que vale a pena neste mundo é o de ser feliz, então, VENHAM SER FELIZES COMIGO!
Paulo RK

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