Paulo Rk

Paulo Rk
Contemplação da mente

domingo, 12 de maio de 2013

Mandei um simples bilhete para minha mãe dizendo: "Mãe deixa de ser boba, eu cresci!"

Hoje que é dia das mães, estava pensando na minha; “como uma mulher pode ser tão perfeita e tão foda, ao mesmo tempo?” O meu pai também é foda, só que ao lado dela, ele se torna fodinha, principalmente no quesito, demonstração de afeto. Eu até entendo que nós homens, não dominamos esta arte que as mulheres dominam tão bem, então vou dar um descontinho para o meu amado pai. Para vocês terem ideia de como é forte o poder da minha mãe, farei uma comparação a altura, com o astro rei, sol. Mesmo estando a quilômetros e anos luz de distancia, ela ainda exerce fortes influencias positivas na minha vida, e continuo a sentir o calor do teu conforto, e a firmeza e segurança de suas palavras. Mas não vou deixar de falar sobre seus defeitos, ela também tem os seus como todo mortal comum, e não posso ocultar, pois ela mesma me ensinou a dizer a verdade, e ser sincero com todo mundo! A minha mãe tinha três grandes defeitos, que eu odiava, hoje não sinto tanto pela distancia, mas como um defeito pessoal, acredito que ela não tenha se superado, porque afinal de contas, ninguém pode ser 100% neste planeta. Ela sempre brigava comigo, todas as vezes que eu comprava um presente, dizendo que eu não deveria gastar o meu dinheiro com ela. E pra completar o meu desgosto, ela não usava com medo de estragar, preferindo guardar como se fosse um grande troféu, apenas exibindo as, para suas amigas e irmãs. O segundo defeito que me tirava do sério, é dela ficar acordada até tarde me esperando, com toda comida aquecida. Isso foi na época que eu trabalhava e estudava e voltava após as zero hora, as vezes eu nem jantava, mas ela se sacrificava e persistia o ritual para no dia seguinte, as 5 horas estar de pé para preparar o meu café da manhã e me acordar. Ela realmente sentia muito prazer em se sacrificar por mim, e pelos outros filhos. O terceiro defeito é a sua preocupação exagerada com a minha a saúde, certa vez no trabalho, um doido acidentalmente acertou em cheio o meu nariz, fazendo a sangrar. Estava tudo bem, só rompeu uma minúscula veia, coisa mínima, mas numa daquelas noites ao voltar para casa, o meu nariz começou a sangrar, e limpei com uma camiseta branca qualquer, jogando ela num canto qualquer do meu quarto. Foi o meu grande erro, minha mãe na sua “imperfeição”, entrou em pânico, e ficou me enchendo o saco para ir ao médico, eu nem escutava ela, colocava o fone de ouvido, no ultimo volume e a observava em sua histeria, como se estivesse no cinema mudo. Ela gesticulava, gritava e se descabelava toda, e eu ouvindo Pavarotti cantando Luna Marinara, mas a minha mãe era muito insistente em sua arte de ser “imperfeita”. E um dia quando cheguei em casa, ela não estava me esperando acordada, eu até estranhei, em cima das panelas quentes, um monte de bilhetes contendo sermões, me alertando que eu não deveria brincar com a minha saúde! Ao entrar no meu quarto mais bilhetes em cima da escrivaninha, no banheiro e na sala no sofá, onde eu sempre a flagrava, dormindo com a televisão ligada. Ela só me deu sossego quando fui ao médico e mostrei a ela o atestado dizendo que não era nada demais, apenas um rompimento nasal, nada demais! Com todas essas “imperfeições”, a minha mãe continua sendo FODA, e se você me perguntar se eu morreria por ela, a resposta é SIM! Faria tudo para poupa-la de quaisquer tipos de dores ou angustias, mas “imperfeita” do jeito que ela é, sei muito bem que deve estar sofrendo por mim, neste exato momento em que externo estes sentimentos por ela. O que tenho a dizer no dia de hoje, alias nos 365 dias do ano, porque para mim dias das mães é sempre, seria: “-MÃE DEIXA DE SER BOBA, EU CRESCI!” Paulo RK

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