Alguns bons amigos se
preocupam comigo, mas nada é gratuito nesta vida, é dando que se recebe e tais
sentimentos de preocupações alheias são reciprocas, sou do tipo de pessoa que
muito faz pelas outras pessoas sem nada querer em troca, então algumas, não
todas, diria as mais sinceras, demonstram sentimentos de preocupação e afeto
comigo, ‘isso não tem preço’!
Então ontem estava conversando
com um amigo que afirmou em palavras que não ‘vivo’ a minha vida com medo de “comprar”
coisas.
Tal afirmativa me fez
refletir e discutir com o mesmo, porque de repente o conceito de vida e do
viver muda de pessoa a pessoa.
Por exemplo, para este meu
estimado e querido amigo, ‘viver’ pra ele é viajar, comprar roupas de marca e
andar de carro do ano.
De repente ‘viver’ pra mim é
estar tranquilo comigo mesmo e com a minha própria vida, ‘viver’ pra mim é não
dever pra ninguém, nem dinheiro nem qualquer coisa, ‘viver’ é poder dormir com
a certeza de que hoje fiz de tudo de melhor pra mim mesmo e para os outros, ‘viver’
e viver de bem com todos, podendo contar e sempre com as amizades sinceras.
Não sei se convenci, mas a
minha intenção não foi de convencer quem quer que seja, mas acho que ele
compreendeu que não precisa ficar com “dó” ou “penalizado” comigo, pois apesar
da minha simplicidade, estou ‘VIVENDO’ a minha vida de forma plena, do meu
jeito e a minha própria maneira.
Então novamente o pensamento errôneo
das pessoas que as ‘pessoas precisam ter qualquer coisa para ser feliz’, tal
pensamento errôneo gera a constante insatisfação nas pessoas, não me admiro
porque a sociedade em que vivemos é tão gananciosa no nível mais doentio.
Eu tenho minhas ambições,
embora possa parecer simplória demais para algumas pessoas, mas estou bem sendo
assim, tendo tais ‘ambições simplórias’, porque de repente felicidade nesta
vida tem sentidos diferentes para cada individuo e conforme suas próprias ‘educações
de berço’.
Meus pais sempre foram
humildes, diria até rústicos, pois trabalharam na lavoura, eles não tiveram estudos
aqui no Brasil, meu pai teve estudo no Japão, mas o conhecimento nipônico não
teve muita serventia aqui em terras brasilienses, porque na verdade, ele não
teve tempo para escolher trabalho, pegou de cara o que encontrou e logo foi
trabalhando em dois empregos pra deixar algo de valor para sua prole.
Mas apesar da rusticidade dos
meus pais, com eles aprendi muitas coisas boas, muitos valores que me definem
por quem eu sou hoje, e se hoje sou capaz de me relacionar com todos sem
quaisquer distinções foi graças aos meus pais, que nunca me ensinaram
sentimentos de preconceitos, muito pelo contrário eles nos orientou para brincar com todos os ‘amiguinhos’
da rua, sendo eles pobres, ricos, bonitos, feios, deficientes ou mesmo
homossexuais.
Por esta razão tenho “embutido”
dentro de mim, ou em minha mente sentimentos de ser legal com todos, pelo menos
eu tento ser, não vou mentir que sou legal em tempo integral porque tem pessoas
e pessoas, se é que você está me entendendo, a reciprocidade é uma realidade intrínseca,
portanto não tem lógica ser legal com quem é filho da puta com a gente.
Mas voltando ao assunto,
consequentemente não se trata de ter sorte nesta vida, mas ‘frutos’ das
sementes que plantamos nas pessoas, e para quem não consegue enxergar, a ‘vida
é um terreno fértil’ e quando plantamos “boas sementes nas pessoas” a colheita
sempre será abundante de sentimentos bons e de amizade, pense nisso, de repente
não são as pessoas deste mundo que são ruins com VOCÊ, de repente você está ‘colhendo
o que planta e cultiva nas pessoas’! (simples assim)
Paulo RK
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