Sou calmo e sereno ‘aparentemente’,
mas ninguém sabe o meu esforço interno para manter tal aparência e por esta
razão tem gente que acha que as coisas no mundo, são mais fáceis pra mim, por
não ter problemas pessoais.
Não que eu me importe ou
valorize mais as aparências, do que a própria condição interior de todo ser humano,
é que na verdade aprendi a ser profissional nesta vida, ninguém precisa saber
das minhas fraquezas, porque ser humano é meio que “filhos da puta”, com o
perdão da palavra e expressão chula, ninguém gosta de fracos, essa que é
verdade.
Já fui muito fraco na minha
vida, e tal fase critica foi muito comum na minha adolescência, quando tinha
vergonha de ser quem eu era, ‘pense’ numa pessoa que tinha vergonha de olhar
direto nos olhos de outra pessoa para uma simples conversa.
Foram muitos fatores que
colaboraram por quem eu sou hoje, tenho muito que melhorar tendo na consciência
tal realidade, mas em vista do que eu fui e sou hoje, posso dizer que mudei
radicalmente ‘da agua para o vinho!
Com o tempo, todo mundo “sofre”
o processo do amadurecimento e por bem ou por mal, todos nós começamos a enxergar
o que por muito tempo teimamos não querer enxergar.
A tal da ‘cegueira
conveniente’, onde o indivíduo não quer ver, por querer se poupar, ‘comodidade’,
porque ninguém gosta de ver seus próprios erros e admitir estar errado para
depois consertar e melhorar suas próprias condições neste plano terrestre de
vida.
Para quem não sabe, viemos ao
mundo para evoluirmos espiritualmente, tais violências, tais ignorâncias e tais
falta de tolerâncias humanas, tem por finalidade não nos embrutecer, mas nos
suavizar as nossas próprias condições interiores da escuridão fundamental que
aqui chamamos de ignorâncias.
Alguns bons amigos possuem dificuldades
de encontrar uma alma gêmea, outros dificuldades de desarmonia familiar, outros
de timidez como eu próprio tive no passado, financeiros e alguns outros
problemas com drogas.
Nenhum problema é maior ou
menor que outro, por justamente ser problema e todo problema é um problema,
requerendo uma ajuda dos nossos semelhantes para sairmos dessa ou daquela
situação.
Eu tenho muitas vantagens
nesta vida, e me considero um afortunado, não porque seja financeiramente rico,
mas por ter nascido curioso, a curiosidade é um grande trunfo e riqueza que
tenho em minha vida.
Sou demasiadamente curioso,
então sempre estou fuçando as coisas que não consigo compreender e foi graças a
esta minha ‘sinistra curiosidade’ que conheci a filosofia budista, que me
define por quem eu sou, e me oferece suporte nas minhas 24 horas do dia,
buscando sempre ser a minha versão perfeita e para quem pense ou acha que a ‘perfeição’
não existe, pelo menos a filosofia me fornece suporte para eu ser o melhor, e
oferecer o melhor de mim mesmo para as pessoas que eu amo, e para o próprio
mundo.
Agradeço todos os dias à ‘lei
mística’ (vida) por ter nascido curioso, porque pessoas que carecem ou são
isentas de curiosidades não evoluem por não terem o ímpeto de aprender com o
que elas desconhecem.
Se hoje penso que ‘para tudo
na vida há uma solução’ e não me apego às dificuldades procurando sempre uma
solução para cada problema, foi graças a minha incessante curiosidade, que me
levou a conhecer a própria filosofia budista.
Hoje estudo a filosofia
budista com afinco e recito mantras, e principalmente busco ser budista em
tempo integral com as pessoas, aconselhando as no que acredito ser melhor para
elas de forma ‘aberta’, como aquele que busca fazer somente o bem para os
outros, consigo enxergar o mundo, as pessoas e todos os meus problemas do alto,
e para quem não sabe a visão daqui do alto é bem melhor, nos capacitando a
dimensionar os nossos problemas e consequentemente facilitando as nossas vidas
para encontrar uma solução, não só para mim, mas para quem não sabe, quando
ajudamos os outros estamos ajudando as nos mesmos.
Então o meu “desespero” por
não conseguir ajudar as pessoas nasce do conceito do livre arbítrio que cada um
delas possui, cada ser humano faz o que bem entende da liberdade adquirida no
momento em que viemos ao mundo.
Da minha parte, escuto com
atenção todas as dificuldades de amigos e familiares, aconselho com esmero, mas
nada muito além, porque a decisão final sempre caberá a elas mesmas, a decisão
a tomar, somente elas podem decidir através do poder absoluto que nos concede o
‘livre arbítrio’ e a mais ninguém.
Entristeço, pois de vez
enquanto me sinto impotente em querer ajudar e não poder fazer nada, se pelo
menos tais pessoas me escutassem? (a pergunta que não quer calar)
Paulo RK
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