Paulo Rk

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Contemplação da mente

domingo, 17 de julho de 2016

Buscando ajudar, quem eu mais amo nesta vida! (sobre doenças de TOC)



Ninguém quer ficar doente nesta vida, mas se ficarmos, paciência, procuramos um médico e tratamos da doença que nos aflige, no entanto e infelizmente existem vários tipos de doenças, e as piores são as mentais.
Não menciono das pessoas que nascem com alguma deficiência mental, tipo retardados, mas das doenças mentais que as pessoas adquirem no decorrer de suas vidas, por algum desgosto, decepção ou algum outro fator biológico.
Estou falando da doença de TOC, dos acumuladores de lixos ou da síndrome de Diógenes!
Como mencionei toda doença é ruim, mas tais doenças “mentais” em nosso país onde as próprias pessoas com doenças comuns não encontram ajuda básica é bem pior.
Outro dia escrevi sobre um amigo com esta patologia, eu me sensibilizo e muito com ele, porque tenho uma irmã com esta mesma síndrome, e à medida que o tempo passa e ela ficando mais idosa, está cada vez pior, então o meu amigo sendo mais novo que ela de idade, penso ter mais chances de recuperação.
E as minhas tentativas de conscientiza-lo são constante, todas as vezes que ele vem em casa, mostro o ‘feito’ de minha irmã que está lotando a casa de lixo, ele reluta dizendo que não chegará neste nível, no entanto os sintomas do meu amigo são os mesmos sintomas de quando a minha irmã era mais nova.
Os mesmos sintomas, típicas da minha irmã quando mais nova ele também tem “desenvolvido”, como isolamento do convívio social, manias estranhas, conversas desconexas e muitas vezes sem lógicas, e principalmente a mania de ficar catando ‘coisas’ do chão, todas as vezes que sai nas ruas.
Os amigos a gente tenta aconselhar alertando sobre a necessidade de um acompanhamento profissional para esse tipo de patologia, mas quando é família é mais complicado, ‘complicado’ porque  quase sempre não conseguimos dialogar sem envolver o emocional, porque de certa forma a gente não é de ferro e se cansa (cansaço mental) também.
Mas a doença de TOC como toda e qualquer doença mental, vai consumindo e deteriorando a pessoa, fisicamente e emocionalmente e de repente ver alguém que a gente ama em condições sub-humana nos faz sofrer e muito, porque ela não toma banho, não dorme e se dedica única e exclusivamente a catar lixos da rua trazendo pra casa, sem falar que ela não dorme e não deixa ninguém dormir, gritando a noite inteira!
Costumo mencionar que não tenho sofrimento algum neste planeta, nenhum sofrimento a nível pessoal, mas sofro por tabela  por me sentir impotente perante certas realidades nua e crua daqueles que amo nesta vida, não podendo fazer muita coisa para ajuda-las.
No entanto sou budista e de certa forma um ‘incansável otimista’, fazendo valer na minha vida a máxima que diz, ‘Para tudo na vida há uma solução!’
Então recentemente mais precisamente no dia 15/07, "misticamente" na data de aniversário de minha irmã, fui novamente procurar um assistente social que me ajudasse de alguma forma.
Já tinha procurado ajuda profissional em outras ocasiões e não obtive êxito naquela época, então não fui muito otimista em relação à ajuda pública para questões tão delicada que é o da saúde mental.
No entanto para minha surpresa fui atendido por uma pessoa chamado Anderson, assistente social, ele foi muito atencioso, e desta vez senti firmeza, pois ele me orientou sobre todas as medidas que estaria tomando a partir das informações que eu lhe repassei, me orientando também as outras opções de ajuda além daquelas que ele prestará e que eu poderia estar recorrendo em paralelo, afinal de contas toda forma e força de ajuda são bem vindas.
A questão é que até aquela data estava muito desgostoso de ver a minha irmã em cima do monte de lixo que ela própria está acumulando dentro da cozinha, agindo como um rato gigante a mexer e a vasculhar lixos a procura de alimentos, desesperador!
No entanto após conversar com o ASSISTENTE SOCIAL de verdade, eu me senti mais aliviado, pois nele consegui enxergar a famosa ‘luz no final do túnel’, notem que escrevi ‘assistente social’ em maiúsculo, por que até aquele fatídico dia, eu tinha falado com uma “assistente social” que se quer, me escutava ou pior, se quer olhava para os meus olhos.
Então o que tenho a falar ou recomendar as pessoas que tenham na família pessoas como a minha irmã ou um amigo, não desistam deles e mesmo que tenham procurado ‘UMA VEZ’ a ajuda de algum profissional em hospitais públicos, e não tenham obtido êxito, não desista, porque repartições públicas mudam de gestão de tempo em tempo, então de repente você pode ter a sorte de encontrar com um profissional que quer fazer a diferença, como aconteceu comigo no dia 15/07, que "misticamente" foi à data do aniversário de minha irmã, portanto de tão feliz, com a esperança de poder fazer algo por ela, me permitam uma ‘brincadeira’, foi a data do aniversário dela, ela foi a  aniversariante e definitivamente fui eu quem ganhei o presente de pelo menos poder acreditar em vê-la novamente  como um ser humano feliz e decente que ela sempre foi!
Paulo RK

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