Um cara dentro de mim chamado Smolka

Certa vez, assisti um filme onde um menino conversava com o seu polegar da mão esquerda.
Achei um feito incrível, não converso com dedos, bonecos ou alguma outra forma, distante dos nossos semelhantes.
Mas, criei uma personalidade “fake,” uma segunda personalidade além da minha verdadeira, que em muitos casos tem me ajudado, a superar certas fraquezas de um eu, mal formado.
O menino do filme, sempre ‘trocava idéias’ com o seu polegar, todas as vezes que se via em uma situação difícil de se lidar.
Comigo não é diferente, todas as vezes que me encontro numa situação, ou conversa contraditória, aciono a minha personalidade fake, que é também meio psicólogo.
Veja só, ele tem até nome, ele se chama Smolka, não criei este nome, tirei ele de um livro(personagem), que li muito na minha adolescência, um livro que me marcou muito, chamado almoço nu, escrito pelo polêmico escritor William Borroughs.
Smolka, tem o seu lado muito pervertido e pouco humano, totalmente oposto da minha consciência, ele atua segundo as suas próprias regras e conveniências.
O nascimento desta segunda personalidade, foi necessário, com o intuito de proteger, e fazer prevalecer as necessidades básicas, da minha condição verdadeira(totalmente calmo e submisso).
Em muitos casos, quando somos muito passivos em relação a vida (sociedade), acabamos por perder muitas oportunidades.
Pois são muitas as pessoas que colocam seus interesses em primeiro plano, e num mundo cada vez mais capitalista, o conceito é, ‘salve se quem puder!’.
Não sofro de nenhuma anomalia comportamental, ou qualquer tipo de transtorno psicológico, acredito que o Smolka, funcione mais como um software, acionado em alguns momentos de dificuldades e conflitos pessoais.
Acredito que esta forma de defesa seja uma das, muitas ferramentas, que o nosso cérebro nos disponibiliza.
E desde que seja usada de forma a não prejudicar o nosso semelhante, ela é completamente saudável, pois ajuda a nos manter vivos e conscientes daquilo que realmente desejamos neste mundo.
E você, caro amigos leitores e blogueiros, que tipo de recursos se utilizam para viver uma vida aprazível?
Desculpe me pela demora na postagem desta crônica, agradeço desde já por terem lido até o último parágrafo.
Paulo RKSP NAMASTÊ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!