Paulo Rk

Paulo Rk
Contemplação da mente

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Eu sou como aquele fiel cãozinho que fica feliz em te ver!



Para quem não me conhece pessoalmente eu sou bem assim, sou a versão canina, que quando vê a pessoa querida não me contenho e se eu fosse um cão de verdade, abanaria o rabo e latiria de tanta euforia, derrubando quem estivesse no meu caminho, entre eu e a pessoa amada.
Amada não no sentindo de amor, mas no sentido de afeto da mais bela amizade, que possa existir entre duas pessoas de bem com a vida, independendo do sexo, seja com homens ou com mulheres.
Embora, toda via, porém, e sempre existirá um ‘porém’ quando se trata de seres humanos, ‘humanos’ são sempre mais complicados que os nossos equivalentes e fofos cachorrinhos de estimação.
Alias não sei por que as pessoas conseguem complicar tanto, assuntos tão simples quanto é a nossa demonstração de alegria de encontrar as pessoas, que mais gostamos neste planeta.
Outro dia um amigo machão, criado num ambiente perigosamente preconceituosa pelos seus próprios pais, me repreendeu dizendo, para eu parar com essas ‘viadagens’, todas as vezes que eu o vejo na rua, pois tal manifestação é constrangedor para ele!
Tal comentário hostil por parte dele, não foi só uma vez, e cá entre nós eu acho que ele deveria ter se acostumado com o meu jeito, afinal de contas, estudamos juntos e crescemos juntos, não somos estranhos um para o outro, ele sabe como sou descontraído.
Mas de repente aquele dia deve ter sido fatídico, pelo menos para ele, pois ele foi grosso e não me repreendeu com aquele sorrisinho de quem diz: quando você vai crescer?
Daí eu mudei o meu comportamento, pelo menos com ele, pois não vou mudar o meu comportamento com as pessoas que me curtem do jeito que sou só porque um mal amado me repreendeu.
Nada disso, tal hostilidade do meu ponto de vista, é porque as pessoas do mundo estão hostis umas com as outras, tudo por conta do preconceito, seja ela qual for.
Então mais recentemente esse meu amigo, com quem fiquei muito chateado pela sua própria chatice de me repreender pela minha alegria de vê-lo, soltou uma bombástica em palavras, que me deixou completamente estupefato!
Ele indagou: “meu amigo, tem alguma coisa de errado com você, cadê aquela alegria toda de ver o teu ‘velho amigo de infância’”?
Perdi o fôlego e a fala, o meu rosto é muito expressivo, e então ele percebeu a minha profunda indignação!
Pedindo desculpas por outro dia, dizendo que tinha brigado com a mulher dele, e eu com isso?
A questão é que apesar da minha “infantilidade” de me apegar muito com as pessoas próximas, essa mesma “infantilidade” sabe também ser muito cruel, então disse a ele, que só voltaria a minha “fórmula” original, desde que ele me pagasse cerveja por um mês, e nunca mais fosse grosseiro comigo. (risos)
Trato feito, ele está cumprindo com o nosso “acordo de cavaleiros” rigorosamente, agora é comigo, a questão é que eu tenho dificuldades para voltar ao normal, não que não consiga perdoar, até consigo, mas levo mais tempo, pois sou muito sentimental!
Paulo RK

Um comentário:

  1. Quase uma fábula esta sua narrativa. Entendo a sua posição e acho q teria uma reação um pouco diferente da sua. Por se tratar de um amigo antigo, em quem confio, com quem tenho liberdade, na hora do fato, quando ele se permitiu ser grosseiro com o amigo eu tb me permitira dar o troco à altura. Daí viria o complemento. Castigo, até que ele voltasse [e voltou] com seu pedido de desculpas. Como eu já estava pré-disposto a perdoar, dependendo tão somente das formalidades, estaríamos resolvidos agora.

    Beijão

    ResponderExcluir