Paulo Rk

Paulo Rk
Contemplação da mente

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Hummmm, delícias num potinho de 250 gramas, e o preço do gostinho da infância a pagar!

Hoje vou chutar o pau da barraca, contrariando os propósitos deste blog, de incentivar e motivar as pessoas, vou me permitir lamentar, mas olha, é só por hoje! Afinal de contas, também sou “filho de deus”, com um montão de defeitos e cheio de sonhos, que ainda não consegui concretizar. Obviamente que apesar de não ter conseguido realizar metade, de todas as coisas que me proponho a realizar em vida, não me permito considerar um fracassado. Muito pelo contrario, tais contrariedades da vida, me fortalecem, fazendo com que eu repense, tudo o que havia planejado. E se não deu certo na primeira tacada, nada indica que não dará certo na segunda, o segredo do sucesso, é sempre persistir e ser otimista. Adoro afirmar, e com muito orgulho, estufo o peito, e encho a boca ao dizer para as pessoas e diante das dificuldades, que sou um irremediável otimista, e nada, nada neste mundo, pode me fazer infeliz. Nada, com exceção das minhas crises, e dilemas existenciais! No inverno, as emoções humanas (carências), parecem aflorar, e apesar da aparência de uma cebola, ao vestir camadas e mais camadas de roupas, ficamos com a sensibilidade a flor da pele, quase despidos (sentimentalmente). E tudo que nos acontece, até as mais bobas das experiências, do nosso pacato cotidiano, faz com que algumas gotas de lagrimas, escorram dos nossos olhos. Fazendo com que as nossas mentes, divaguem entre as lembranças do passado e as experiências do presente momento. O meu drama começa com um simples potinho de 250 gramas, de um creme de amendoim, que comia muito na infância, criei coragem e comprei, sim precisei de muita coragem, pois o preço estava acima dos meus orçamentos. Paguei uma quantia absurda, parecia que estava comprando, um potinho de caviar, é claro que tal “capricho” valeu cada centavos, pois a cada colherada, eu voltava a ser criança. Por outro lado, o drama dos edredons e cobertores, o meu quartinho é muito frio, e por esta razão, durmo sobre varias camadas, abaixo de edredons e cobertores. A experiência que vou relatar, é um pouco nojenta, mas nem todas as experiências humanas, são agradáveis, fato! Dizem que todo ser humano normal, leva sete minutos para dormir, neste intervalo, senti um cheio muito forte de “coisa” estragada, algo de muito podre, estava por debaixo dos cobertores, além de mim, é claro. Pensei até, em um rato morto, entre uma camada e outra de cobertores, mas não podia ser, o fedor era tanto que resolvi investigar, pois estava atrapalhando o meu sono. Tive que cheirar todos os cobertores, um por um, até chegar ao malfeitor. E era justo um cobertor que ainda carrego comigo, desde a infância, um cobertor muito espesso e macio. Era duas da manhã, quando fiz a tal descoberta, a problemática de tudo, é que ele havia sido lavado a cinco anos atrás, quando ainda morava com a minha mãe, soma se os cinco, com os dois anos, que moro sozinho, logo são sete anos que a danada, não sabe o que é uma agua. Deu pra vocês imaginarem, a “nháca” de cheiro, que esta o cobertor de estimação, pois como o potinho de pasta de amendoim, acho que ele tem o gostinho da minha infância. Não, não sou do tipo que fica peidando, e depois enfiando a cara debaixo do cobertor, só para ter uma overdose, e inalar o máximo de gazes podres possíveis, portanto a culpa, é mesmo do cobertor. A minha experiência com gazes, “os peidos”, me remetem ao passado, e que hoje também teria o ‘gostinho da infância,’ e confesso que não titubearia em repeti los, depois de adultos. E seria numa banheira, quando pequeno, costumava ficar horas e horas numa espécie de banheira japonesa, chamada ôfuro. Adorava tomar banho, pois brincava com os bonequinhos dos super heróis, e um tubarão de plástico vilão, que tinha como um plano diabólico, acabar com o mundo. O cenário era completo para uma criança criativa, que adorava soltar peidos debaixo d’agua, só para ver as bolhas, emergirem das profundezas das aguas, e explodir em aromas (agradáveis, naquela época!), na superfície. Definitivamente, um gostinho da infância, que ainda pretendo realizar depois de adulto, logo consiga uma oportunidade, de mergulhar num profundo ôfuro. Depois dos longos “ensaios”, para comprar um potinho de amendocrem, agora estou me preparando psicologicamente, e principalmente financeiramente, para pagar alguém, para lavar o meu estimado cobertor, pois não pretendo me livrar tão cedo dele. É, bons tempos de quando moramos juntos com os pais, quando comíamos de tudo sem miséria, quando podíamos ficar horas e horas no banho e dormir em cobertores e edredons perfumados, sem se preocupar com absolutamente nada! Paulo RK

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