Paulo Rk

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Contemplação da mente

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Um pai chamado Takeshi

Meu pai partiu da terra, no ano de mil e novecentos e noventa e nove, na noite de sete de agosto, exatamente as vinte horas, e trinta e cinco minutos. Ele embarcou para uma viagem sem volta, retornando para o seu “estado original”, não sei se ele voltará, pois da sua agenda, quem cuida, não revelará. E assim somos todos nós, sabemos do dia, e até a hora da nossa chegada, a este planeta, mas o dia do embarque, da partida, será sempre uma cruel icognita. Dizem que a morte física, não existe no mundo eterno da espiritualidade, pois ela, ‘o corpo’, é só um recipiente, que abriga a nossa verdadeira essência. Somos todos ‘viajantes do tempo’, viemos com uma missão e um propósito nobre, ‘de aprender e ensinar algo de muito valor!’ As minhas ultimas 72 horas foram cruéis, fiz de tudo um pouco e muitas coisas que fiz, foi por consideração, e em nome da amizade, reduzindo o meu lucro financeiro. Valeu a pena? Sem dúvidas, que valeu! Pois a maioria das pessoas que me favorecem hoje, foram e continuam a ser, os meus melhores amigos. E foi esta lição, que meu pai me ensinou quando me disse, que devemos fazer tudo pelas pessoas, tudo que estiver ao nosso alcance. Pois sempre que precisarmos deles, eles vão lembrar, e retribuir por tudo, pois segundo meu pai, amizade também é uma troca de interesses, e favores. Na época que meu pai era vivo, eu era muito infantil, cronologicamente falando, e mentalmente, cobrava muitas coisas dele. Principalmente a sua presença, pois ele era um workholic e tamanha dedicação profissional deixava, a desejar no aspecto familiar. Foi justamente nesta época, que o considerava o pior pai do mundo, mas a vida é implacável, e com o “evento” do amadurecimento, hoje compreendo que ele abriu mão, para nos dar o melhor. Não sou nostálgico e não gosto de falar do passado, mas como todo bom humano, sinto saudades, e a realidade presente, nos remete a todas as lembranças boas, das nossas infâncias. Quando vejo um mundo, egoísta onde pessoas, querem tirar vantagens uma das outras, é impossível deixar de analisar os por quês destes comportamentos hostis. Com meu pai aprendi a valorizar a força do meu trabalho, aprendi a importância de se estar em boa companhia, com pessoas de sentimentos e intenções, verdadeiras. Aprendi com ele, muito sobre o trabalho, só que hoje tenho uma dificuldade pessoal muito grande, e sei que estou fazendo errado. Em relação a amizade, eu sei que não é desculpa, sou como o meu pai, um “workholic” nato, e quando se vive sozinho, e você está por conta própria, muitas vezes, temos que abrir mão, dos lazeres e prazeres da vida. No mês de março, um amigo veio para São Paulo, e ele queria me ver para me dar um abraço, e tirar algumas fotos comigo, e recentemente o pessoal de um dos meus primeiros empregos, marcaram um encontro, em um restaurante. Nem preciso dizer que este pessoal, são responsáveis pelo meu amadurecimento, tanto profissional como pessoal, e tenho com eles, uma grande divida de gratidão(talvez nenhuma delas saibam disto). No entanto, ‘falhei com todos’, por conta do meu trabalho, pois os horários marcados foram incompatíveis, e não pude honrar tais compromissos. Fico pensando, no que o meu pai faria, não posso deixar de atender os meus clientes, e ao mesmo tempo, não posso parecer insensível, com pessoas que me fizeram e me trataram tão bem, nesta vida. Se pudéssemos comunicar, com pessoas que já partiram deste mundo, como fazemos hoje com os celulares, certamente que a minha pergunta seria esta! Paulo RK

4 comentários:

  1. Olá Paulo querido amigo, vejo que esta a divagar, refletir, este mundo espiritual ainda é cheio de mistérios, mas a vida física tbém é complicada temos que ter coragem para evoluir!
    Com carinho
    Hana

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  2. Paulo amor meu! gostaria que vc fosse conhecer, um casal de anjos, depois de ir em meu blog, saber do que se trata vc vai neste link abaixo, pois se um dia vc me chamou de anjo, vou te falar, conheci os próprios anjos. vc fala tão bonito, então deixa lá uma mensagem no face deste casal Ishida, eles cumprem uma missão linda de amor ao próximo, obrigada meu amigo!!
    http://www.facebook.com/profile.php?id=100002429107001
    Com carinho
    Hana

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  3. Eu, apesar de não ser adepto de religião alguma, assim como você acredito que esse nosso corpo nada mais é do que um mero recipiente e que a verdade descobriremos apenas após deixarmos esse planeta.
    Quanto a pai, nunca tive um, então é complicado pra mim analisar, mas o que posso dizer é que assim como você, também mudei muitos dos meus pontos de vista com o amadurecimento... e com o sofrimento.

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  4. Paulo amigo querido, aquele casal é poderoso nas ações né, então aquele projeto não é meu, é do casal Ishida, eu os conheci, e agora admirada por tudo que eles fazem vou tentar arranjar tempo para poder ajuda-los nesta jornada! Muito obrigada pelos seu carinho!!
    Namaste querido!
    com carinho
    Hana

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