Paulo Rk

Paulo Rk
Contemplação da mente

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Se hoje em dia alguém me chamar de feio eu simplesmente mostro a minha língua!


 

Não me canso de afirmar em alto e bom som de que o amadurecimento na minha vida foi um divisor de águas, me fazendo muito bem, lembram quando mencionei na postagem anterior de “coisas” que me faziam sofrer antes e que não me faz mais (?!?!), elas se querem me atingem, nos dias de hoje.

Porque de repente a gente passa por cada situação incomoda com as pessoas do nosso entorno e em nossas vidas que o nosso cérebro meio que vai criando defesas e resistências, por isso dizem cientistas que “a melhor forma para se criar imunidade é nos expor ao um determinado fator ou um  suposto vírus ameaçador que tanto nos causam sofrimentos”.

Nossa, sofria tanto quando as pessoas me chamavam de feio, e o problema maior não era das pessoas me chingar de feio, o problema é que eu me convencia de que elas tinham razão, ou muito pior, me sentia feio perante todo mundo.

Nem preciso mencionar que isso me causava transtornos mentais de todos os tipos, do tipo que me anulava em tudo, pois o meu complexo de me achar menos que os outros, me faziam sentir incapaz de fazer qualquer coisa para me agradar, das mais simples até as mais sérias atividades humanas, que é o de estudar e nos tornar alguém profissionalmente.

Vivia uma existência ‘fantasma’ quando achava melhor ficar escondido nos cantos da minha casa, e nas sombras das pessoas que eu julgava melhores e mais bonitas do que eu, não gostava de estudar pelo simples fato, que me sentia menos que os outros, não fazia perguntas ao professor para não chamar a atenção da classe, nem preciso dizer que as minhas notas eram sempre fracas, medianas ou mesmo ruins, nunca me impus em situações de injustiças nas empresas pelas quais trabalhei, e sempre tinha desvantagens em tudo, quando funcionários recentemente contratados levavam fama pelas melhorias que eu agregava ao setor, porque eles percebiam o quanto eu era tapado e não reivindicaria os meus feitos, para quem não sabe, ‘o mundo é dos espertos’ e eu pelo próprio complexo de inferioridade gerado pela crença de que eu era feio, me anulava em tudo nesta viva!

Obviamente que o tempo não age sozinho em nossas vidas, temos que agir em parceria com ela, e quando assim fizermos tudo se torna mais positivo ao nosso favor e principalmente precisamos querer mudar as coisas que nos fazem sofrer neste mundo, a vida já nos dá o bastante quando acordamos para mais um dia de vida, façamos dela algo extraordinário.

Umas das minhas qualidades pessoais, é o de ser observador e curioso, sabem o que eu sempre observei na minha vida; ‘sempre notava pessoas que se destacavam, ‘pessoas populares e queridas’ por todos sejam no trabalho, no ensino médio, na faculdade ou qualquer outro seguimento dentro da sociedade que reunisse um número grande de pessoas’.

Eu sempre admirei pessoas que sabiam conversar,  sabiam ser simpáticas com todos, e com o dom delas de ser o centro das atenções, eu sempre tive nessas pessoas o exemplo de pessoa que eu queria ser na minha vida, uma vez que eu era o oposto delas! (risos)

De repente eu percebi que tais pessoas tinham uma religião, mas não eram fanáticas, praticavam e colocavam em pratica tudo que aprendia e eram direcionadas para serem e darem o melhor delas dentro da sociedade, observem que fanáticos não evoluem em suas vidas, e fanáticos aqui não me refiro somente aos assuntos de religiões, não podemos ser fanáticos em nada na vida, fanatismo não presta para nada só para enriquecer “lideres” malandro que exploram a ignorância alheia do pobre.

Logo percebi que eu, apesar de ser “feio” e querer ajudar as minhas irmãs teria que ter um direcionamento na minha vida, tive educação de berço embora seja financeiramente pobre, em termos de cultura e educação me julgo bem orientado e afortunado pelos meus pais, pois educação de berço é a nossa base pra vida toda, no entanto dentro da sociedade precisamos de um “suporte” psicológico para lidar com gente de todos os tipos, coisas que e alias não aprendemos com os nossos pais, pois parece que eles ignoram o lado ruim da vida e quer nos mostrar apenas o lado bom deles como é o próprio amor de mãe e pai.

Não por maldades, mas porque os nossos pais querem nos poupar de todos os sofrimentos e infortúnios pelos quais eles passaram na vida, enfim, então como sempre tive dentro de mim a necessidade de ajudar as minhas irmãs esquizofrênicas que parecem sofrer mais do que eu, comecei a minha jornada para encontrar uma religião que me fortalecesse me tornando naquelas pessoas que eu sempre admirei em toda a minha vida.

Conheci várias até chegar ao budismo, filosofia de vida e maravilhosa religião que estou até hoje colocando em pratica seus ensinamentos, não é exagero dizer que o budismo foi outro divisor de águas na minha vida, então eu digo para todos ouvirem, que eu nasci duas vezes, literalmente falando, a primeira foi quando sai do ‘ventre sagrado’ de minha mãe e a segunda quando conheci o próprio Budismo.

Portanto a minha vida tem duas fases ‘antes do budismo e depois do budismo’; e se alguém perguntar por que eu escolhi o budismo na minha vida, eu explico, dizendo que não titubeei na escolha porque numa das reuniões um dos dirigentes me perguntou, por que eu estava ali naquela reunião de palestra, obviamente ele percebeu que estava todo retraído com vergonha inclusive de interagir ou mesmo cantar as canções budistas.

A minha educação sempre foi baseada na lógica, nada de é assim  porque é, e ponto final, tudo tinha e até hoje tenho que saber das causas para saber lidar com seus efeitos , e nem pensar que é assim porque deus quis assim e não pode ser questionado, deus me livre estou fora desta máxima que diz que é pecado questionar a um deus.

O fato que me chamou a atenção nesta religião budista é a pura lógica da sua prática, e logo me identifiquei porque o dirigente me respondeu dizendo que antes de ajudar quem quer que seja temos que nos ajudar primeiro e fez uma analogia da casa bagunçada, disse; ‘antes de arrumarmos a casa dos outros temos que arrumar o nosso primeiro’, tudo isso ele falou quando disse que estava lá em busca de ajuda para as minhas irmãs, pois sentia que elas sofriam muito por serem esquizofrênicas e eu sofria por tabela por não saber como ajuda las.

Desde então pratico a filosofia budista, e por não ser fanático continuo a estudar outras religiões, não que a filosofia budista não me supra das minhas necessidades espirituais, mas aprendendo um pouco das  outras formas religiosas eu consigo melhor compreender a própria filosofia de vida que pratico, pois para quem não sabe o Budismo é o próprio Humanismo, para sermos budistas não podemos nos dissociar com a nossa realidade mundana, desprezando manifestações religiosas, culturais ou quaisquer outras atividades humanas, porque tudo que existe neste mundo e universo faz parte de um todo e todos fazemos parte deste todo!

Existe uma organização não governamental chamada SOKA GAKKAI, traduzindo ao pé da letra significa CRIAÇÃO DE VALORES HUMANOS, dentro dessa organização promovemos atividades sociais e culturais, tudo com base na filosofia budista para valorizarmos a nossa condição humana intrínseca, reintegrando o homem a sociedade a qual ele pertence.

Foi aí que eu digo que o ‘budismo foi um divisor de águas’ na minha vida’, fui treinado dentro da SOKA GAKKAI, treinado a falar em publico e mudar o meu pensamento, de que era pior que os outros, hoje me considero uma pessoa normal, como qualquer outra, tendo meus próprios defeitos, muitos sonhos a realizar, e aprendi principalmente que tudo depende da gente, a nossa própria felicidade está em nossas mãos, não  podemos delegar a quem quer que seja a responsabilidade de nos tornarmos em  pessoas felizes e melhores.

Por isso hoje em dia ao contrario do que fazia no passado quando alguém me chama de feio e diz não gostar de mim, eu satirizo e convenço a pessoa que estou ‘CA GAN DO’ com opiniões depreciativas de pessoas que não se amam, porque a verdade é essa; QUANDO EU SOFRIA PORQUE AS PESSOAS ME CHINGAVA DE FEIO, NA VERDADE ERA EU QUE NÃO GOSTAVA DE MIM mesmo!

E não é lorota ou conversa para boi dormir, quando aprendi na filosofia budista a me amar, observei que as pessoas começaram a me notar me achando uma pessoa linda, fofa e até bonita, (risos), porque na verdade como tudo, ‘de bom ou ruim nesta vida’ se encontra dentro da gente, dentro do nosso estado de espírito, logo as pessoas que dão muito valor as opiniões alheias é porque elas não se amam, ou se quer possuem amor próprio, por não gostar do jeito que elas são! Finalizo deixando um pensamento de BUDA: A PIOR DESGRAÇA HUMANA É  FAZER COMPARAÇÕES COM OS OUTROS, TODOS TEMOS NOSSOS PRÓPRIOS VALORES INTRINSECOS, TUDO QUE PRECISAMOS FAZER É AGRADECER PELO QUE TEMOS E DESCOBRIR O NOSSO VERDADEIRO VALOR INERENTE NOS DESPERTANDO PARA AS NOSSAS PRÓPRIAS MISSÕES DE VIDA!!!!

Paulo Rk

 

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