Paulo Rk

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Contemplação da mente

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Somos todos artistas (atores), no palco da vida, mas o bebe era tão bonitinho

Se viver é uma arte, somos todos artistas, e os desafios são cada vez maiores, pois a vida tem exigido de nós, doses cavalares da mais pura criatividade! Somos artistas forçados, pois a vida, tem nos dado pouco tempo para buscar inspirações, e muitas vezes, os desafios da vida, tem acontecido tão bruscamente, tão de repente, que já nos “acostumamos”, a ter inspirações nas mesmas velocidades. E os resultados da “obra prima”, é de total responsabilidade de quem o criou, no caso, o próprio artista. Obviamente que tais “obras prima”, serão alvos de muitas críticas, sejam elas positivas ou negativas, e um bom artista, sabe que criticas, só nos fazem crescer, portanto, todas elas serão sempre bem vindas. Uma notícia inesperada, que poderia ser boa, ou ruim, dependendo do meu estado emocional, espiritual e financeiro, aguçou o meu sentido aranha de perigo. Principalmente do lado financeiro, não quero parecer um artista falido, decadente ou miserável, colocando o fator financeiro, nas minhas manifestações, de expressões dos sentimentos, que tenho pela arte do viver. O teatro, ou encenação toda, começou com uma moça loira, dos seus vinte e poucos anos, quase trinta e totalmente bêbada, perguntando se eu iria pagar, a pensão do garoto? Costumo brincar com as pessoas, e pensei que fosse mais uma brincadeira, das pessoas que estão acostumadas, a me pregar peça. Mas a tal “moça” começou a ficar histérica, e eu pensando que era mesmo uma brincadeira, fiquei histérico e comecei a gritar; “tirem essa louca, piranha, vadia de perto de mim!”, ou eu chamo a policia. Já com o celular na mão, e simulando estar discando, percebi que a tal moça, não estava brincando, totalmente alterada, ela ficou sem oxigênio, passou mal e teve que sair da festa, carregada pelos seguranças (armários). Não entendi ‘balufas’, e o pior que não me deixaram sair da casa, e o gerente tentou acalmar a bagunça toda, dizendo que o resgate já tinha levado a moça e ela estaria bem. Foi quando uma das suas amigas, que estava junto com ela, se aproximou e me contou, toda a historia por trás deste “evento” traumático, pelo menos para mim. Segundo a amiga da moça, ela tem um garoto de dois anos comigo, e recentemente decidiu exigir pensão, pois perdeu o emprego, e está totalmente falida e sem recursos. Ao ouvir tal história, comecei a rir, pois estava com algumas doses de álcool no sangue, mas uma risada meio sem graça, tipo amarelo e totalmente consciente, do que estava ouvindo. Tudo bem, ouvi e pedi o telefone da tal moça, e disse que entraria em contato para conversar melhor, a respeito. Embora estivesse alegre, por conta das ‘brejinhas’, tinha em minha consciência a gravidade do assunto, e fiquei a semana toda matutando, tentando me lembrar. Se o garoto hoje tem dois anos, eu devo ter plantando, há uns três anos atrás a sementinha, ou a mudinha de mim mesmo em alguém, só que não me lembro exatamente de quem? A única “coisa”, que lembro é de ter participado, de uma transa em grupo, mas eu juro que não investi em ninguém, me comportei como na canção dos mamonas, “vira vira” que dizia ; “já me passaram a mão na bunda, e eu ainda não comi ninguém! Enfim, marcamos um encontro no sábado no pátio da alimentação do Shopping Moema, o local de sua escolha, eu só queria esclarecer o mais rápido possível, esta questão. Não sou trouxa, e sei que este golpe é mais antigo que a própria humanidade, fui acompanhado de um amigo, que estuda direito, para analisar a situação e como ele mesmo havia me orientado, a primeira coisa a se fazer, era o exame do DNA. Fui emocionalmente armado, mas quando vi o garotinho, “desmoronei”, fiquei todo emocionado, pois além de bonitinho, era risonho e simpático, pensei comigo mesmo, e todo orgulhoso; “puxou o papai!” Fiquei tão besta quanto o Cid, o bicho preguiça da era do gelo, lembram, quando ele assumiu a “maternidade” de três filhotes de dinossauros, achando que a prole, era dele?!?!?? Fiquei tão bobo, com o meu suposto filhote, que nem reparei a aproximação de um velho amigo, do curso de teatro, e atual marido da moça, ambos tinham retornando de uma longa viagem, a trabalho na terra do sol nascente(Japão), para terem o bebe aqui, no Brasil. Sim, cai direitinho na brincadeira deles, e enquanto eles riam da minha reação, fiquei aliviado, pois não tenho nenhuma estrutura financeira e nem moral para criar um ser humano decentemente. No entanto, confesso que tal brincadeira, acendeu uma vontade latente e inerente, até então desconhecida por mim, uma enorme vontade de ser pai, nem sei explicar que barato foi esse, uma sensação indescritível, já pensou quanta responsa, se não consigo cuidar direito nem de mim mesmo? Paulo RK

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