Paulo Rk

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Contemplação da mente

terça-feira, 12 de junho de 2012

A senhora "teen" das mandíbulas macabras, chupando chiclete sabor morango

O modelo do meu armário, é “teen”, algumas roupas que uso, ainda são “teen”, ainda ouço músicas “teen”, e ainda cultivo o hábito de ficar horas, jogando videogames, sempre que posso! Pois acho que as boas experiências das nossas vidas, tem que ser lembradas e cultivadas, caso contrário, morremos aos poucos em vida, e o que é pior, não nos conscientizamos, deste fato. E o fato de você estar respirando, será apenas um detalhe, não significando necessariamente, que você esta vivo. Estar vivo, e principalmente, se sentir vivo, é uma necessidade inerente, e latente de todo ser humano normal, e acho que todo mundo, deveriam por obrigação, fazer coisas que gostam, para se sentirem, mais vivos! Acho que vivi intensamente a minha fase “teen”, e toda a minha estrutura mental e adulta de hoje, foi graças, as ‘experiências de vida’, adquiridas nesta fase dourada, de todo ser humano. Obviamente que tive momentos ruins, pois como todos devem saber, a vida não é um mar de rosas, mas como prefiro viver, com bases na filosofia que diz; ‘para tudo na vida há uma solução,’ preferi esquecer as amargas experiências do passado, e eternizar tudo aquilo que foi bom. Não vou chutar o pau da barraca, e ser radical dizendo que não aprendi, com as experiências negativas da vida, pois todo remédio amargo, tem as suas propriedades positivas inerentes. Apreendi a ser uma pessoa melhor, agregando valores, de todas as coisas da vida, sejam elas boas, ou mesmo das ruins. Usar roupas “teen”, escutar musicas “teen”, e cultivar alguns hábitos “teen”, não significa que o meu comportamento, e mentalidade seja de um “teen”. Depois de adultos temos que assumir, as nossas condições e responsabilidades, do contrario, nunca cresceremos mentalmente, e sempre estaremos fazendo, papeis de ridículo, perante a sociedade adulta. Outro dia na fila do banco, uma senhora vestida, toda “teen”, estava expondo exageradamente, partes do seu corpo. E em sua batata da perna esquerda, uma tatuagem; um marinheiro, no meio de um coração sangrando, uma composição muito poética e bonita, se não fosse o detalhe, da sua pele totalmente flácida. Defendo a ideia, de que devemos fazer na vida, tudo aquilo que desejamos, pois gosto do pensamento, de que ninguém veio ao mundo, a passeio, e consequentemente, cada um com o seu cada um. E é claro, desde que as suas ações, não interfiram negativamente o seu semelhante, a esta altura vocês podem estar se perguntando, por que eu me incomodei tanto, com a tatuagem, na batata desta distinta senhora, vestida de “teen”? Aprecio a tatuagens, como uma forma de expressão máxima, do gosto pessoal pela arte, em nossas próprias peles, portanto nenhum problema. O “probrema” é que esta senhora “teen”, estava bem atrás de mim, mascando chiclete como se fosse um adolescente, fazendo um barulho lascado, fazendo bolinhas, e o que é pior, “baforando” o aroma artificial de morango, no meu cangote. Não tenho certeza, mas acho que a infeliz estava “mascando”, babaloo sabor morango, como eu odeio, este sabor de chicletes. Eu juro que a cada “mastigada”, podia ouvir estalos do deslocamento das suas dentaduras e maxilares, um verdadeiro show de horror, pois a impressão que tive, é que a sua dentadura, não acompanhava os movimentos dos seus maxilares, parecendo ter vida e vontade própria. Naquele momento fatídico da minha vida, foram duas, as minhas vontades, é até pecado eu dizer isso, mas estarei sendo sincero, tive uma vontade imensurável, de dar uma porrada, naquela mandíbula horrenda, um “radukem”, lembram? E fazer voar a dentadura, e o chiclete daquela boca, que não queriam se calar, a outra vontade, era deixar a “aborrecente”, passar a minha frente, e me livrar daquele aromatizador ambulante, de morangos nas minhas costas. Foram os vinte e cinco minutos, mais longos em fila de banco, que já fiquei em toda a minha vida. Como tudo na vida, devemos cultivar as coisas que gostamos, mas uma dose de bom senso, para não cair no ridículo é sempre bem vinda! Paulo RK

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