Paulo Rk

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Contemplação da mente

sábado, 3 de dezembro de 2011

Preconceito é coisa de gente medíocre e frustradas


Um amigo afro descendente, pediu para escrever algo sobre como as pessoas negras, poderiam contornar o preconceito alheio.
Este assunto, é meio complicado e delicado, pois algo que eu escreva, e seja mal interpretado pode me tornar no próprio racista.
E todos que me conhecem intimamente, sabem o que vou repetir aqui; “ fui criado num ambiente pobre, privado de muitos confortos materiais, mas num ambiente carregado de amor incondicional, e totalmente desprovido de quaisquer tipo de preconceitos, e sentimentos hostis”.
Dentro da sociedade, procuro explorar as melhores qualidades inerente nas pessoas, não colocando as questões raciais, crenças, condições financeiras ou opções sexuais em primeiro plano.
Do meu ponto vista, não existem pessoas bonitas, ricas, gays, lesbicas, pretas , brancas e ou amarelas.
Eu apenas as valorizo, quando elas me valorizam, me respeitando como ser humano, e a primeira coisa que notamos numa pessoa, é a sua educação.
Um ser humano que teve uma boa educação, sabe tratar as outras pessoas como gostariam de ser tratadas.
Como disse, temo falar de uma questão delicada ,pois é muito diferente eu imaginar ser um negro, e “ditar” regras de como ele, deveria lidar com o preconceito alheio.
Delicada por duas razões, não existe um padrão ou formulas que expliquem o comportamento humano, diante da própria ignorância humana, e a outra questão, é do ponto de vista, é sempre mais fácil falar, ou escrever sobre determinados assuntos.
Difícil mesmo, é vivenciar a realidade nua, e crua de uma sociedade considerada contemporânea, que ainda vive uma cultura da época da inquisição.
Por esta razão, vou falar como eu lido, e contorno o preconceito alheio.
Sou filho de japoneses, e posso garantir que apesar da fama, que temos de sermos trabalhadores, esforçados e honestos, somos alvos de preconceitos.
A minha primeira experiência com o preconceito, foi numa empresa de grande porte, onde trabalhei como arquivista, lá havia um outro rapaz com as mesmas funções, com menos desempenho, mas com o máximo de reconhecimento, não pelo que ele não fazia, mas por ser caucasiano, e ser descendentes de europeus.
Pura bobagem, lamentei poderia ter feito carreira naquela empresa, e optei por sair dela, não estava e nem estou disposto a sacrificar a minha qualidade de vida, por falta de cultura e excesso de ignorância dos outros.
A segunda experiência foi pior, fui fazer uma entrevista num grande hospital, a enfermeira chefe nem era loira, ela era algo do tipo tingido, que fingia e se sentia.
Ela fazia as perguntas, e não me deixava responder, e por fim encerrou a entrevista, alegando que eu não sabia falar.
Mas desta vez tive sorte, pois quem tinha me indicado, foi um amigo que era chefe da segurança, muito bem relacionado, ele fez com que a minha carta chegasse até o superintendente geral do hospital, que nem era brasileiro, não tenho a certeza, se era inglês ou americano, detalhe, falava fluentemente o português.
O resultado disso, é que ela foi convidada a se retirar do hospital, não fui totalmente o responsável pela sua demissão, mas a diretoria prestou mais atenção, depois que acusei ela de racista, e eles perceberam que a insatisfação era muito grande por parte dos seus subordinados.
Hoje tenho como lema pessoal, ‘gosto de quem gosta de mim’, não faço questão de estar entre pessoas falsas, superficiais e fúteis, infelizmente, o mundo está cheio de pessoas fúteis, e não quero estar entre elas.
O gosto humano, é tão variado quanto a quantidade de espécie, que existe neste planeta, portanto eu não vou sofrer só porque algumas pessoas, se acham “superiores”, e desprezam seus semelhantes.
Se elas soubessem o quanto são desprezíveis, ao demonstrarem as suas frustrações em praticar tal insanidade, elas ficariam envergonhadas, mas como disse o meu professor de inglês; ‘essas pessoas não tem noção das suas próprias mediocridade!’
O que posso dizer ao amigo aflito com tal hostilidade é que esteja entre pessoas que goste da sua condição, mas acima de qualquer coisa, goste de você mesma.
Aceitando e se amando fica bem mais fácil lutar contra a ignorância do preconceito alheio, seja ela qual for!
Paulo RK

3 comentários:

  1. Uma cousa que eu costumo dizer é que existem pessoas e "pessoas". Eu procuro não ter preconceito em relação a nada, mesmo com a sociedade forçando isso com "leis morais" como: "Pobre é vagabundo, negro é ladrão, homossexuais são desavergonhados transmissores de doenças". Odeio esses pré conceitos que a sociedade impõe.
    Eu acredito que do mesmo jeito que existam homens e mulheres de bem ou propensos a maldade, existem gays, negros, pobres, ricos, todos tanto muito bons quanto muito ruins. O que eu odeio é a generalização de um conceito.

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  2. Muitas vezes o preconceito vem da própria pessoa que se sente discriminada, pois a midia fica em cima falando de preconceito, isso já é um preconceito, mostram só pessoas de cor diferente em situações difíceis, quando se tem para mostrar Nelson Mandela, Luter king, e milhoes de outros, vamos mais longe os guerreiros das tribos africanas, tantas pessoa maravilhosas de cor negra.
    De qualquer forma eu penso que pela história da humanidade tudo começa com a escravidão, os negros foram escravizados, e que chance tinham de construir um futuro, e depois que acabou a escravidão sem estudo, sem trabalho o que os ex escravos fariam? Hora as pessoas que tem preconceito são pobres de espirito, para se auto afirmar pizam em pessoas seja lá que cor for, e por ignorância mal sabem que foram seu antepassados que os fizeram escravos, e outro fato importante, quantas pessoas que tem preconceitos e não sabe que seus antepassados são negros.
    Amigo ABAIXO O PRECONCEITO a qualquer coisa. Maissssssssss amor, mais paz, mais harmonia, solidariedade e generosidade, é disso que o mundo precisa.
    Um grande abração de urso!
    Com carinho
    Hana

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  3. Post muito bem escrito e o próprio título já diz tudo - medíocres e frustrados.
    um grande abraço, carioca

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