Paulo Rk

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Contemplação da mente

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Você gosta de problemas (desafios)?

Pessoalmente eu gosto de ser desafiado, “viver” da rotina me cansa e percebi e não é de hoje, faz um tempinho, ‘que se eu me permitir à rotina estaria morto em vida’.
Para quem não sabe a morte física ou biológica não é a pior parte deste fenômeno, que todos parecem não curtir ou aceitar de boa, a pior parte é a pessoa estar respirando por meio do ‘batimento cardíaco involuntário do músculo, que aqui denominamos coração e não fazer nada em suas vidas que os motive, fazendo as se sentirem verdadeiramente vivas.
Eu sei que não é fácil tentar mudar uma rotina de vida estabelecida ao longo dos anos e da noite para o dia, mas a questão inquietante e que me preocupa mais é que tem gente que se quer tem vontade de mudar.
Parecendo poeiras que se juntam em qualquer canto de um cômodo a espera da morte chegar, para essas pessoas, ‘tanto faz como tanto fez’!
Cada um com seu cada um, mas sou um ser humano comum e como todo “humano” tenho meu lado subjetivo, o lado ‘emocional’, e este meu lado não tem nada de lógico, não operando pela razão, ela me faz sofrer, e pode parecer dramático para algumas pessoas quando digo que ‘sangro por dentro’ ao testemunhar pessoas que amo sofrerem nesta vida.
Pra começar eu não sei o que está acontecendo com a “humanidade”, as pessoas parecem não se preocuparem mais umas com as outras, as pessoas parecem estar preocupadas apenas com suas vidinhas, carregadas de sentimentos de ódios e desprezos para com os seus.
Não quero me fazer ou parecer ‘santo’ ao mencionar tais reflexões por aqui, pois como mencionei parágrafos acima, sou como qualquer outro humano, e muito provavelmente o que me distancie e difere dos outros “humanos” é o meu dom natural de questionar, de questionar as pessoas, a vida e até mesmo a mim mesmo.
Tal espírito inquietante da não aceitação das coisas como elas são, me faz um eterno sofredor, embora eu busque a paz eterna e serenidade na minha vida através da própria prática filosófica budista, não posso omitir que dentro desta minha aparente paz externa, existe um turbilhão de sentimentos e questionamentos que me tiram o sono de vez enquanto.
Algumas pessoas do meu entorno, do meu convívio diário julgam a minha pessoa pelo que elas percebem externamente, como o meu comportamento perante situações de dificuldades ou de perigo iminente, afirmando ser desse jeito por ser oriental e budista.
Mas elas ignoram que independendo das minhas origens étnicas ou religiosas, eu procuro sempre fugir do “câncer” da rotina, que nos impede de enxergar as nossas capacidades de superação, fazendo sempre a coisa certa, encarando todas as situações difíceis da minha vida de frente, e nunca fugindo ou protelando na resolução de quaisquer problemas que se impõem a minha frente, vou vivendo assim um dia de cada vez.
Outra interpretação errônea que tenho percebido nas pessoas que as fazem sofrer é do próprio conceito, ‘vivendo a vida um dia de cada vez’!
Certamente que tem pessoas que adoram serem procrastinadores e acreditam que ‘viver um dia de cada vez’, implicam em ‘empurrar com a barriga’ todos os seus problemas, ignorando todas as possibilidades da resolução imediata elas preferem fugir de suas responsabilidades, agravando uma situação que poderia ter sido resolvido se não houvesse negligencias logo de inicio.
É por esta razão que afirmo em voz alta e bom som para quem quiser ouvir e ou escutar; ‘eu amo desafios’!
Por qual outra condição ou força impulsionadora da vida poderiam “salvar” a humanidade do marasmo de uma vida rotineira?
Quem me conhece pessoalmente sabe muito bem a meu respeito, sabem que adoro trabalhar com prazos, amo ter compromissos com pessoas, e quase sempre estou inconformado com ‘situações comuns’ da minha vida, preferindo os desafios (problemas) de ter que resolver problemas (desafios), detalhe, muitos problemas!
Papo de masoquistas?
Nada disso, masoquistas são aqueles “acostumados” a rotina, que “vivem” uma “vida” sedentária se fazendo de vitimas por todas as coisas que lhes aconteçam em vida, ignorando todas as possibilidades implícitas e inerentes nos problemas, que aqui gosto de chamar de desafios e não de problemas!

Paulo RK

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