Paulo Rk

Paulo Rk
Contemplação da mente

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Não posso me definir, porque ainda não sei quem sou por estar em constante construção interior e por ser um eterno aprendiz da vida!

Pessoas costumam nos rotular em bonito, feio, magro, gordo, rico, pobre, maltrapilho, bem vestido e assim numa relação infinita de adjetivos que quase sempre não nos define a nossa verdadeira condição humana, ou a pessoa que somos, aqui dentro do nosso coração, por dentro!
E são raras as pessoas que se preocupam em saber quem realmente somos por dentro, sou dessas pessoas raras e confesso, sinto falta de encontrar neste mundo alguém como eu, para me identificar com quem pense e aja como eu próprio. (identificação e reconhecimento humano)
É duro sentir que sou diferente de algum modo, e sentir que ninguém mais pensa do meu jeito, e acredito que todo ser humano tem essa necessidade, a necessidade da ‘identificação’ com os da sua própria espécie.
Sou uma pessoa que pensa muito sobre muitas coisas da minha vida e da vida das pessoas do meu entorno, ‘observo, analiso e reflito’, trabalhando ao máximo com todas as informações que eu possa colher e armazenar das pessoas e situações do meu cotidiano, para poder descobrir em qual grupo de pessoas eu me encaixo ou me enquadro melhor.
Confesso ficar meio frustrado, pois como citei parágrafos acima, as pessoas deste mundo que muitos consideram contemporâneos se tornaram supérfluos, ou extremamente materialistas, valorizando apenas valores superficiais, ignorando por completo valores verdadeiros como no caso é o próprio caráter.
Ninguém mais preza hábitos saudáveis entre os seus ou com os da sua própria espécie, como os da época dos nossos avós e avôs quando as pessoas podiam confiar umas com as outras, época em que a palavra e o nome de uma pessoa tinham valor e poder em que podíamos confiar cegamente que nada de ruim nos aconteciam.
Antigamente as pessoas se conheciam porque tinham o saudável hábito do diálogo e da boa conversa, as pessoas se reuniam para conversar e trocar experiências vivenciadas, se fortalecendo mutuamente compartilhando experiências, criando se fortes elos entre eles, ao contrário do dia de hoje.
É meio que irônico porque hoje temos muitas tecnologias que supostamente foram criadas para unir pessoas, mas ao contrário de antigamente da época dos nossos avôs e avós, as pessoas parecem não se interessar em conhecer o que as pessoas sentem ou pensam do mundo, das outras pessoas e delas mesmas, e ao contrário do passado, pessoas “contemporâneas” parecem se interessar mais nas coisas materiais, no que podemos oferecer a elas em termos de conforto materiais, do que na própria pessoa.
Por esta razão acredito que em tempos modernos onde temos facilmente acesso a informações pessoais, vivemos cada vez mais desconfiadas uma com as outras, preferindo o isolamento social, muitos preferem viver solitários que mal acompanhados, estranho não é mesmo?!?!?!
Ao contrário dos tempos de ‘antigamente’ quando pessoas não tinham redes sociais, e se quer tinham computador ou internet em seus lares, mas acredito que tiveram o necessário, o respeito pelas pessoas por quem elas eram realmente, não por interesses, como acontece hoje, nos tempos considerados “contemporâneos”.
Talvez seja por isso que desde os primórdios até hoje em dia, adoro estar na companhia de pessoas mais idosa que eu, meus amigos sempre foram mais velhos em idade, e posso dizer sem titubear que tenho bons amigos com as quais confio muito neles e vice versa, definitivamente isso não tem preço.
Mas estou mudando o meu paradigma e conceitos de vida, pois não gosto de ser “padronizado”, como alguns tipos de pessoas que são inflexíveis e não acreditam em mudanças, então de uns dez anos prá cá estou fazendo amizades com gente bem mais nova que eu, porque descobri que algumas pessoas com a mesma idade ou algumas mais velhas que eu ‘estão se deixando levar pelas emoções’, distorcendo a realidade mundana, culpando a todos pelos próprios infortúnios de suas próprias ignorâncias, não enxergando o próprio mal que elas comentem contra si mesmas.
Alguns jovens, sem muita bagagem de vida parecem ter mais caráter do que seu equivalente idoso e é claro que tais comportamentos não são padrões, cada caso um caso e para definir quem é quem nessa selva de pedra, precisamos interagir para conversar, e manter relacionamentos para descobrir como estão pensando as pessoas deste mundo que muitos julgam estar de pernas para o ar!
Para finalizar este texto, pois está ficando grande demais, gostaria que as pessoas soubessem dos meus gostos e preferências, pelo menos algumas delas, pois gosto de conhecer pessoas autenticas e de bom caráter, interessadas unicamente na minha pessoa de quem sou por dentro e se um dia me conhecerem pessoalmente não me valoriza pelas coisas que tenho, pois vou logo avisando, sou financeiramente pobre e tenho porra nenhuma.
Saibam que a minha maior riqueza está dentro do meu coração e para acessar esta preciosidade será necessário você ser pelo menos compatível comigo, ou seja, ter humildade e bondade de querer conhecer as pessoas por quem elas são e não pelas coisas que ela tem!

Paulo RK

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