Pessoas costumam nos rotular em bonito, feio, magro,
gordo, rico, pobre, maltrapilho, bem vestido e assim numa relação infinita de adjetivos
que quase sempre não nos define a nossa verdadeira condição humana, ou a pessoa
que somos, aqui dentro do nosso coração, por dentro!
E são raras as pessoas que se preocupam em saber
quem realmente somos por dentro, sou dessas pessoas raras e confesso, sinto
falta de encontrar neste mundo alguém como eu, para me identificar com quem pense
e aja como eu próprio. (identificação e reconhecimento humano)
É duro sentir que sou diferente de algum modo, e sentir
que ninguém mais pensa do meu jeito, e acredito que todo ser humano tem essa
necessidade, a necessidade da ‘identificação’ com os da sua própria espécie.
Sou uma pessoa que pensa muito sobre muitas coisas
da minha vida e da vida das pessoas do meu entorno, ‘observo, analiso e reflito’,
trabalhando ao máximo com todas as informações que eu possa colher e armazenar
das pessoas e situações do meu cotidiano, para poder descobrir em qual grupo de
pessoas eu me encaixo ou me enquadro melhor.
Confesso ficar meio frustrado, pois como citei parágrafos
acima, as pessoas deste mundo que muitos consideram contemporâneos se tornaram supérfluos,
ou extremamente materialistas, valorizando apenas valores superficiais,
ignorando por completo valores verdadeiros como no caso é o próprio caráter.
Ninguém mais preza hábitos saudáveis entre os seus
ou com os da sua própria espécie, como os da época dos nossos avós e avôs
quando as pessoas podiam confiar umas com as outras, época em que a palavra e o
nome de uma pessoa tinham valor e poder em que podíamos confiar cegamente que
nada de ruim nos aconteciam.
Antigamente as pessoas se conheciam porque tinham o
saudável hábito do diálogo e da boa conversa, as pessoas se reuniam para
conversar e trocar experiências vivenciadas, se fortalecendo mutuamente
compartilhando experiências, criando se fortes elos entre eles, ao contrário do
dia de hoje.
É meio que irônico porque hoje temos muitas
tecnologias que supostamente foram criadas para unir pessoas, mas ao contrário
de antigamente da época dos nossos avôs e avós, as pessoas parecem não se
interessar em conhecer o que as pessoas sentem ou pensam do mundo, das outras
pessoas e delas mesmas, e ao contrário do passado, pessoas “contemporâneas”
parecem se interessar mais nas coisas materiais, no que podemos oferecer a elas
em termos de conforto materiais, do que na própria pessoa.
Por esta razão acredito que em tempos modernos onde
temos facilmente acesso a informações pessoais, vivemos cada vez mais
desconfiadas uma com as outras, preferindo o isolamento social, muitos preferem
viver solitários que mal acompanhados, estranho não é mesmo?!?!?!
Ao contrário dos tempos de ‘antigamente’ quando
pessoas não tinham redes sociais, e se quer tinham computador ou internet em
seus lares, mas acredito que tiveram o necessário, o respeito pelas pessoas por
quem elas eram realmente, não por interesses, como acontece hoje, nos tempos
considerados “contemporâneos”.
Talvez seja por isso que desde os primórdios até
hoje em dia, adoro estar na companhia de pessoas mais idosa que eu, meus amigos
sempre foram mais velhos em idade, e posso dizer sem titubear que tenho bons
amigos com as quais confio muito neles e vice versa, definitivamente isso não
tem preço.
Mas estou mudando o meu paradigma e conceitos de
vida, pois não gosto de ser “padronizado”, como alguns tipos de pessoas que são
inflexíveis e não acreditam em mudanças, então de uns dez anos prá cá estou
fazendo amizades com gente bem mais nova que eu, porque descobri que algumas
pessoas com a mesma idade ou algumas mais velhas que eu ‘estão se deixando levar
pelas emoções’, distorcendo a realidade mundana, culpando a todos pelos
próprios infortúnios de suas próprias ignorâncias, não enxergando o próprio mal
que elas comentem contra si mesmas.
Alguns jovens, sem muita bagagem de vida parecem ter
mais caráter do que seu equivalente idoso e é claro que tais comportamentos não
são padrões, cada caso um caso e para definir quem é quem nessa selva de pedra,
precisamos interagir para conversar, e manter relacionamentos para descobrir
como estão pensando as pessoas deste mundo que muitos julgam estar de pernas
para o ar!
Para finalizar este texto, pois está ficando grande
demais, gostaria que as pessoas soubessem dos meus gostos e preferências, pelo
menos algumas delas, pois gosto de conhecer pessoas autenticas e de bom caráter,
interessadas unicamente na minha pessoa de quem sou por dentro e se um dia me
conhecerem pessoalmente não me valoriza pelas coisas que tenho, pois vou logo
avisando, sou financeiramente pobre e tenho porra nenhuma.
Saibam que a minha maior riqueza está dentro do meu
coração e para acessar esta preciosidade será necessário você ser pelo menos
compatível comigo, ou seja, ter humildade e bondade de querer conhecer as
pessoas por quem elas são e não pelas coisas que ela tem!
Paulo RK
Nenhum comentário:
Postar um comentário