Paulo Rk

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Contemplação da mente

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Complexidades da mente humana; 'inicio, meio, fim e o depois'!



Não sou um psicólogo de formação, mas adoro a ciência que estuda comportamentos humanos, pois tal ciência explica com detalhes certos comportamentos humanos inexplicáveis aos olhos dos mortais comuns, ou das pessoas leigas.
Recentemente uma irmã acumuladora e com uma série de comportamentos estranhos que aqui denominamos comportamentos esquizofrênicos, ‘evoluiu’, na verdade não aconteceu da noite para o dia.
Aos olhos da ciência não existe um milagre, ‘do tipo tava ruim ontem e hoje acordou melhor’ sem quaisquer ajudas medicas psiquiatra ou quaisquer outras ajudas, dependendo da situação de cada caso, no caso da minha irmã mencionei ajuda psiquiatra, porque somos herdeiros da esquizofrenia dos nossos tios.
No caso “milagres” espontâneos só existem no mundo dos acomodados que vivem mais de sonhos do que da própria realidade, ou dos fanáticos religiosos que vivem na merda e acreditam que um dia deus abrirá as suas portas, atendendo prontamente as suas necessidades básicas de vida, vão esperando (risos), a vida funciona por meritocracia, tudo tem que ser meritório, não basta querer, a gente tem que arregaçar as mangas e correr atrás dos nossos sonhos, ou das coisas que mais almejamos nesta vida.
Importante lembrar que toda cura passa pelo processo do inicio, meio e fim, mas no caso de uma doença hereditária e no seu estágio crônico, especificamente no caso de minha irmã, não podemos falar em cem por cento de cura, pois ela passará o resto da vida tomando remédios para atenuar seus efeitos esquizofrênicos, que a tornavam incapaz do convívio social.
A medicação atenua os efeitos da esquizofrenia, diminuindo seus efeitos estranhos do comportamento humano suprindo o cérebro carente de certos químicos ou hormônios que as fazia agir do jeito que os esquizofrênicos agem, por esta razão da necessidade dos medicamentos.
Portanto no ‘processo’ do inicio, meio e fim, e no caso dela inexiste, sendo correto dizer ‘inicio, meio e enquanto durar’, mas outra questão fundamental e importante da cura que não podemos ignorar é a manutenção.
Humanos são em essência teimosos e até burros, basta uma pequena melhora que “pensam” não precisar mais tomar remédios, é aí que temos que ter paciência, sendo o único filho, talvez o único filho com menos grau de esquizofrenia herdado, penso ser o mais responsável.
Sinto na obrigação de fazer o que tem que ser feito, sendo o único filho caçula e homem, tenho na minha consciência que devo agir como um homem, e intuitivamente sinto que a minha missão é cuidar das minhas irmãs, ao mesmo tempo confesso e a despeito da minha consciência de missão por ser o filho homem que meus pais tanto queriam,estou perdendo a paciência.
Moro com duas irmãs, sendo que as duas são esquizofrênicas, uma menos que a outra, a questão é que a “menos” esquizofrênica “apóia” a outra que está melhorando com a medicação, a não tomar mais os remédios.
É onde todo o meu estresse acontece, bate a desmotivação e o cansaço físico mental, pois a própria irmã que estava tomando remédios “pensa” que não precisa tomar mais, e não funciona assim, conforme expliquei logo de inicio sobre a condição crônica dela sendo duas opiniões contraria a minha, e só de pensar no que ela pode voltar a se tornar, entro em pânico.
Paulo RK



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