segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Sou corintiano, moro na zona leste, trabalhador e graças a deus uma pessoa culta!
As pessoas mais próximas a mim, sabem que estou há um tempinho lutando para mudar a minha profissão.
Decidi que o meu trabalho, deverá além de pagar as minhas contas, me proporcionar muito prazer.
Será um desafio, conciliar estas duas condições, pois geralmente ao fazermos uma escolha, devemos abrir mão de outras, assim é a dinâmica da vida!
Sou corintiano, moro numa das regiões mais pobres da capital, a zona leste, e ao mencionar tal condição, estufo o meu peito com orgulho, (não por arrogância), pois não é pra qualquer mortal!
Não tenho vergonha de ser assalariado, depender de transportes coletivos públicos, e em algum mês, não ter dinheiro para pedir uma pizza.
Mas morro de vergonha, da falta de cultura de algumas pessoas , que falam barbáries, ignorando as suas próprias origens.
Fui trabalhar no feriado do dia 7 , ralei muito, foram 12 horas trabalhados com esmero, modéstia a parte, um corintiano e morador da zona leste, vizinho do Itaquerão, que adora trabalhar e não faz corpo mole.
A ideia de trabalhar 12 horas no feriado, não é tão desgastante, quanto a ideia de ter que dividir o mesmo vagão, com um mulher gritando besteiras, assuntos fúteis , típicos de pessoas mal amadas , frustradas e carentes.
Esta infeliz com uma aparência normal, compartilhou o mesmo vagão comigo as 22horas e 45 minutos , e a julgar pela sua roupa, ela não estava a passeio, uma trabalhadora como outra qualquer.
Mas com um complexo de superioridade medonha, beirando ao ridículo, ela dizia que não costumava sair com gente feia.
Nem se misturava com pessoas de poucos recursos, segunda a mesma, não costuma adicionar qualquer pessoas no Face Book , pois é muito criteriosa no relacionamento, e não aceita qualquer pessoa para ser intima a ela.
Ao ouvir este festival de besteirol, me bateu um cansaço, não físico, mas emocional/mental, por ter que ouvir uma barbárie desta natureza, depois de ter um dia cheio.
Ouvindo tamanha “ostentação”, pensei que este ser “divino”, desembarcaria na estação do Tatuapé, pois lá as pessoas são mais abastadas , e a região é super valorizada.
No entanto, ela desembarcou numa estação após a minha, e ainda teria que tomar um ônibus, para chegar ao seu reino encantado.
Refletindo a sua crise existencial, de incompatibilidade de realidades, com a necessidade de criar um mundo paralelo, ainda que seja ilusória, para saciar ou suprir uma carência pessoal.
Chego a conclusão de que a pobreza financeira, não é tão cruel quanto uma pessoa desprovida de cultura.
O sofrimento daqueles que não se aceitam, e criam uma realidade totalmente oposta a sua condição, cria todos os tipos de distúrbios sociais, e o sofrimento pessoal é no mínimo visceral!
Paulo Rideaki
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Gente, mas o que é isso?
ResponderExcluirComo pode uma criatura verbalizar tudo isso em público?
Se ela só pensasse e não falasse tudo bem, mas ainda por cima se expressa e deixa outras pessoas em situação de constrangimento. Quanta ignorância!
Chamo a isso de poucas luzes, pessoa pouco desenvolvida espiritualmente, uma coitada esta é a verdade.
E você caro amigo do leste, te admiro muito porque és um trabalhador brasileiro e isto sim é luxo, é gente chic pra mim.
beijos cariocas
Parabéns Jovem!
ExcluirExpressou em um texto tudo que as pessoas gostariam de dizer e não tem coragem.
Todos os dias sorrimos afirmando que somos felizes, e
a vida regrada pelas paixões mal resolvidas, pelos
desejos confinados e principalmente pelo prazer
momentâneo, efêmero e insano de pequenos fragmentos do
que chamamos de felicidade, analise e reflita, jamais
houve na humanidade em que predominou tanta vaidade.
toda ignorância deveria ser queimada em praça pública ... como odeio estas coisas ...
ResponderExcluirobrigado pelo carinho de sempre querido ...
bjão
Sem comentários...Há realidades que nos
ResponderExcluirfazem ficar sem palavras.Bj