sexta-feira, 26 de julho de 2013
Quando as invejas da infância voltam a tona!
Todo ser humano nasce com um defeitinho de “fabricação”, que são os sentimentos da inveja.
Quem nunca sentiu uma invejinha, alegando ser uma inveja branca de um amigo, pensando ser menos feio, alegar que ela é branca?
Bobagem, invejas são sempre invejas, sentimento ruim que muitas vezes não conseguimos controlar.
Ontem ao sair do metro encontrei com o Rafael, para quem não conhece estudei com ele no ensino médio.
Sabem como é, seja na escola, no trabalho ou em qualquer lugar na sociedade, sempre haverá alguém com mais destaque do que você, uma pessoa com algo a mais, que você não consegue superar.
Não que a vida seja um ringue de competições, mas certos brilhos alheios nos incomodam, principalmente quando somos largados as traças, e as pessoas agissem como se você não estivesse lá.
Assim acontecia quando estava perto do Rafael em sala de aula, ele tinha um atrativo que as meninas adoravam, o seu cavanhaque e bigodinho.
Era covardia e nem tinha como competir com ele, pois neste quesito era completamente infeliz, pois sempre fui pelado de corpo e muito provavelmente de alma, e do próprio rosto.
Bigodinhos e cavanhaques a parte, ele sempre foi um bom rapaz e de bom astral, pelo menos naquela época.
Foi até um choque este reencontro, ele mudou muito, notei uma pequena “construção” do aeroporto de mosquito da dengue, no centro da sua cabeça, bem como o seu rosto sem nenhum pelo.
Mas o que me deixou desmotivado foi o seu atual drama de vida, como ele sempre foi assediado pelas meninas, foi fácil para ele arrumar confusão desde cedo.
Nem preciso dizer que ele acabou “catando” uma das garotas apaixonadas pelo seu bigode e cavanhaque, premiando o com um filho e uma pensão para pagar.
Não contente com a premiação mínima da vida, ele ainda providenciou outra mulher e também fez filho com ela.
Resumindo, desempregado voltou a morar com os pais, e pelo que ele me falou o seu velho tá pagando as duas pensões, para ele não ir preso.
Dramático, não queria que ele estivesse passando por tudo isso, pois apesar de eu ter sentido inveja dele naquela época, “não era dele”, mas do seu bigode e cavanhaque.
Enfim, pelo menos hoje me solidarizo com todas as coisas ruins que ele está passando.
Apenas uma pergunta básica dentro do meu “cerebelo” não quer calar, como sempre! (risos)
“Será que eu me comoveria com seu drama se ele ainda estivesse com o seu bigode e cavanhaque?”
Pergunta cruel de natureza sádica, pois com todas essas dificuldades que o Rafael se meteu, acho que eu nunca vou saber, pois dizem que preocupações fazem os cabelos caírem.
Verdade ou mito, pelo menos, parece que o aeroporto de mosquito da dengue em sua cabeça está em pleno vapor. (risos)
Paulo RK
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