quarta-feira, 17 de julho de 2013
Fui estuprado! (literalmente)
No começo foi muito difícil aceitar certas coisas que me acontecem nesta vida, e por não ter explicações nós sempre nos resignamos, e aceitamos passivamente.
Fui demitido em 2005 por justa causa sem cometer infrações que justificassem tal “crueldade”, desde então e por um bom período tive dificuldades para encontrar um emprego na mesma função, pois fui procurar os meus direitos na justiça, e por esta razão a empresa nega fornecer referencias, e segundo o meu advogado, eles tem todo o direito de se calar, enquanto o processo estiver rolando.
Mas não lamentei, pois para quem acredita que para tudo na vida há uma solução, dei um jeitinho bem brasileiro para sobreviver.
Não cheguei a colocar uma placa no pescoço com os dizeres; “trabalho por dinheiro”!
Mas fiz a propaganda de boca em boca com os amigos, explicando a todos, a minha tragédia pessoal.
Nem preciso dizer que as pessoas ficaram comovidas com a minha historia, e todos encontraram um jeito, para dar aquela “força”.
Desde então descobri uma nova forma de ganhar dinheiro, hoje trabalho para oito pessoas (famílias), que confiam muito em mim, não seria exagero dizer que sou parte integrante da família de cada uma delas.
Nesses sete anos, desde 2005 eu criei laços com todos eles e hoje falo com muito orgulho, que eles confiam tanto em mim, quanto eu confio neles.
Após o fatídico ano de 2005, eu até encontrei empregos com todas as regalias do C.L.T., mas regalias por regalias, nada supera a liberdade e carinho que eu conquistei com todos aqueles para quem trabalho, e não vou abandona-los tão cedo! (I promisse)
Sou um tipo de “personal faz tudo”, dos mais limpos serviços burocráticos, até os mais sujos e pesados, onde “pego” cada coisas que vocês nem imaginam. (risos)
Num dias desses flagrei um dos meus patrões chateados, segundo o mesmo, o amigo para quem ele emprestou o “módico” valor de quinze mil reais, revelou a intenção de não paga-lo.
Convenci a ele me dizer onde o sujeito mora, juntamente com a sua permissão para efetuar a cobrança em seu nome, pois tenho meus métodos.
Com todas as injustiças mundanas que me aconteceram nesta vida, me tornei num justiceiro capaz de lutar pelo que é correto, não medindo as consequências.
Dito e feito cheguei na casa do malandro, um sobrado imponente, com um carro na garagem, fui orientado pelo meu patrão o horário do seu retorno.
Logo vi que o suposto infeliz, não era tão infeliz, pois ele chegou com um SUV, utilitários daqueles que custam na faixa dos cem mil reais, fora o carro na garagem como mencionei, e eu andando a pé. (risos)
Ele levou um susto quando o chamei pelo nome, e logo que falei o motivo da visita, ele mostrou a sua verdadeira face, ele começou a me chamar de todo quanto tipo de nome feio, e a sua esposa me fez o favor de chamar a policia.
E é impressionante como o povo adora uma baixaria, quando cheguei ao local, não havia uma alma penada na rua, mas quando a viatura policial chegou, a rua “empesteou” de populares.
Confesso que fiquei temeroso, pois os policiais me revistaram e checaram o numero do meu R.G., e ao ouvirem a minha versão me orientaram para não me envolver com os assuntos alheios, pois isso é uma “desinteligência”. (foda-se)
Foi um erro a autoridade mencionar isso para mim, pois logo o sangue me invadiu os olhos, me tornando num Jiraya enfurecido e fora de controle.
Comecei a chamar o devedor de bandido e sua esposa e familiares de membros de gangs, nesse momento todos os olhares daqueles que estavam presentes focavam o “meliante” de forma reprovadora.
A esposa do delinquente estava chorando copiosamente, se fazendo de vitima, quando o policial me pegou pelo braço e me sugeriu que acalmasse, ou teria que me levar para a delegacia, juntamente com o ladrão para ele prestar queixa contra mim. (absurdo)
Foi quando liguei para o meu patrão, ele chegou, conversou com os policias, e o seu desafeto diplomaticamente, apaziguando os ânimos.
Depois deste “episodio” o desafeto entrou em contato com o meu patrão, decidido a pagar a divida em no máximo, três vezes sem juros!
Melhor do que nada, e são por esses tipos de “serviços prestados”, que eu ganho a vida e a confiança das pessoas.
Quanto ao estupro, só usei no sentido figurado, para esboçar a violência do trauma por ter sido demitido por justa causa, sem motivos e pelo policial ter segurado meu braço, como se eu fosse o próprio bandido.
Pelo amor de deus, vai me dizer que vocês pensaram que alguém arriou as minhas calças, só para me violar? (risos)
Paulo RK
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Barraqueira, ja posso ate ter uma boa ideia sobre os motivos pelos quais vc foi demitido por justa causa.
ResponderExcluirO Motivo da causa foi que o Chefe meteu a Vara no Cú dele, e depois ele se vestiu de bicha para dá muito e pegaram ele.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirotário
ResponderExcluirO homem que não luta pelos seus direitos não merece viver. Rui Barbosa.
ResponderExcluirSe você acha que tem razão, lute por eles. Parabéns, pelo feito.