Eu não consigo sair de casa
sem o meu celular e nem poderia, mas antes quando acontecia me sentia como
estivesse ‘nu com a mão no bolso’, ficava completamente sem jeito, parecia que
o chão tinha sumido dos meus pés, e me sentia a pessoa mais estranha deste
mundo, ficava completamente constrangido perante as pessoas modernas, me
sentindo ‘menos’.
Para se ter idéia a tal
sensação era na época que não existia o tal do Whatzapp, e a gente se apega a
tais tecnologias e parece que um pouquinho da nossa personalidade morre com
tais apegos.
Todas as noites, ‘nos fins de
noites’ quando sento em frente ao PC, para interagir com pessoas nas redes
sociais, para escrever blogs ou mesmo para abrir meus e-mails para me preparar
para o dia seguinte, tenho por habito mexer e interagir também com os amigos do
Whatzapp, e hoje está sendo uma noite atípica.
Atípica porque o meu celular
deu ‘PAU’ e mandei para o conserto, estou aqui a digitar este texto, a interagir
com alguns amigos do ‘Facebook’ e a sentir um grande vazio, uma sensação ‘incomoda’,
comparável de quando acaba a luz e a gente fica no escuro, esperando a força
retornar sem saber o que fazer e “fazendo” absolutamente nada no escuro.
(risos)
A questão e o fator que me
preocupa ‘mais’, é que não estou à toa, “a fazer nada”, estou escrevendo, lendo
e-mails, e interagido com alguns amigos de bem com a vida no PC, mas mesmo
assim estou sentindo aquela sensação de escuridão completo dentro de mim, de
quando acaba a luz em casa.
Cruz credo, isso está
parecendo possessão!
Acho mesmo que tais
tecnologias dominam as nossas vidas, nos tornando dependentes e escravos delas
e ‘muito pior’, nos fazem sentir mal na ausência delas.
É o que está acontecendo
comigo nesse instante, neste exato momento e nesta ‘noite fatídica’ sem o meu
“companheiro” smartphone!
Só para mencionar, antes
quando não tinha computador em casa, eu escrevia em cadernos universitários,
escrevia profundos pensamentos e sentimentos, o que chamo hoje de reflexões da
minha vida real neste meu blog.
Por um tempo era muito feliz
escrevendo em folhas de cadernos universitários, empunhando firmemente uma
caneta azul da Bic, atualmente só escrevo a mão em relatórios técnicos nada
mais, e quando é necessário o manuscrito por uma questão de segurança e
identificação da pessoa que fez o relatório, porque o restante é tudo no
teclado, ‘eita’ mundinho moderno que nos faz dependente.
Olha só, outro dia fui
procurar tais manuscritos, pois escrevo desde muito cedo, e sei que de lá pra
cá mudei muito, e ‘a pessoa quem eu fui e sou hoje’ está completamente mudado,
o modo de como enxergo o mundo e as pessoas do meu entorno, só que para a minha
infelicidade, ‘não encontrei’ o caderno, ‘e o pior’, não me lembro se dei um
fim nele.
Mas seria incrível até
terapêutico para a minha mais profunda reflexão, ler os meus pensamentos do
passado e fazer comparativos da minha percepção dos dias de hoje, de como
enxergava e como enxergo o mundo e as pessoas desse mundinho, que alias ficou menor
à medida que a tecnologia se desenvolveu.
Vocês passam por esses
momentos de reflexões dessas ‘consciências’ ou sei lá de como poderíamos chamar
tais sentimentos, de quem você foi num passado distante e quem você é hoje?
Eu acho interessante, veja as
reações adversas que a ausência do
celular em mãos, está me causando, está me fazendo regredir mentalmente
no tempo, fazendo lembrar “coisas” de quando era ainda um adolescente e se quer
tinha um PC para poder escrever, ‘eita’ tecnologia sem vergonha, mas que é tão
necessário quanto o próprio ar que respiramos.
Pareço exagerado?
Isso é porque talvez vocês
não conheçam ‘o que acho impossível’, pessoas da minha geração em diante,
‘completamente’ alucinadas pelo uso exagerado da tecnologia, elas não conseguem
viver sem tais aparatos modernos, eu até que estou conseguindo “sobreviver”, e
acho que superarei tal “infortúnio” até sábado, eu acho! (risos)
De repente estou começando a
dar razão aos mais velhos que costumam ‘afirmar’ que esse “tar do zap zap” é coisa
do demônho! (risos)
Paulo RK
Nenhum comentário:
Postar um comentário