Paulo Rk

Paulo Rk
Contemplação da mente

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Dinheiro



Quem não gosta de dinheiro?
O dinheiro é bom porque nos dá poder de compra ao mesmo tempo em que nos proporciona liberdade de podermos “realizar” todos os nossos sonhos e desejos mundanos.
Mas não esqueça que ele pode ser uma bênção ou uma maldição na vida de uma pessoa tola.
Tolos são aqueles que vivem da ilusão mundana e por consequência tem as suas vidas regidas pelos sentimentos ruins da ira, estupidez e avareza.
Sendo que tais tolos por mais dinheiro que eles possam ter são menos felizes, pois pela própria estupidez não sabem aproveitar os benefícios que o dinheiro pode nos proporcionar enquanto vivos, preferindo guarda-los, ‘armazenar’ como se fosse levar muito além dos túmulos.
Exemplo do meu avô, velho avarento, estúpido e com o coração carregado de sentimentos de ira morreu na miséria e de favores, observe que ironia do destino, na casa do genro (meu pai) que ele mais desprezava e humilhava segundo a minha própria mãe.
Detalhe eu me lembro como se fosse ontem, meus tios “oravam” para que o velho morresse logo, debaixo do colchão um monte de dinheiro que ele não usufruiu e nem permitiu que seus filhos usufruíssem, pois parece que quando meu avô morreu todo o dinheiro guardado por ele debaixo do colchão não valia mais nada.
Então eu me pergunto depois de adulto; ‘pra que guardar tanto dinheiro e ignorar os confortos que ele poderia ter proporcionado ao meu avô e a sua própria família, vivendo uma vida sem confortos e o pior, conquistando a ira de seus próprios filhos por tanta ganancia da avareza’?
Das minhas lembranças em relação a meu avô são boas, pois ele era carinhoso comigo, mas não vou deixar de analisar o seu comportamento estúpido, ocultando do mundo, afinal de contas levo muito a sério o conceito de que a vida é uma escola e as pessoas os nossos melhores mestres da vida.
Estamos todos sempre aprendendo com todos, dentro de casa e fora na sociedade, tolos são aqueles que negam tal aprendizado, ignorando todo aspecto real, embora nua e crua, mas libertador que a própria vida nos proporciona.
Mas quando o dinheiro se torna a própria maldição na vida da pessoa?
Quando ela é roubada, meu pai sempre me ensinou que  dinheiro tem que ser meritório, você tem que trabalhar para merecer, ficar de olho no dinheiro alheio ou tomar posse do que é dos outros, nunca te fará rico ou prospero.
Reparem que o ladrão não consegue sair da pobreza, porque o dinheiro que ele consegue “fácil” não rende pela própria maldição do ‘modus operandi’ com que adquiriu o dinheiro, caracterizando com um dinheiro maldito.
E por mais que ele tenha dinheiro em suas mãos, nunca será o suficiente para saciar a avareza que é regida pela sua própria estupidez e ira da não aceitação, de que o dinheiro é meritório e não adianta roubar daqueles que trabalham honestamente, porque o mesmo se torna maldição pelas próprias condições do roubo com que ele foi adquirido.
Mas tem outra forma de tornar o dinheiro amaldiçoado!
É quando não a usufruímos por tudo que ele pode nos oferecer, e a exemplo do meu avô que trabalhou a vida inteira e colocou todos seus filhos para trabalhar na roça, despertando neles a ira, de que seu próprio pai tirou proveito deles, não retribuindo com o reconhecimento financeiro e se quer, com a gratidão, dando a eles pelo menos o carinho do reconhecimento e afeto paternal e pelo menos, os confortos que o dinheiro poderia ter proporcionado a toda família.
Mas avarezas, ira e estupidez não são privilégios de pessoas mais idosas, o meu amigo, honesto, e até onde conheço idôneo está amaldiçoando seu próprio dinheiro, tornando a arte de ganhar dinheiro numa experiência enfadonha e traumática!
Ele é jovem, mas se tornou tão avarento quanto o meu falecido avô, está completamente mundano e valoriza o dinheiro mais do que os benefícios que ele pode nos proporcionar em vida, tornando o seu próprio dinheiro ganho, em um recurso escasso e  amaldiçoado.
Amaldiçoado porque o dinheiro foi criado por uma finalidade e tem por função nos proporcionar uma vida melhor em todos os sentidos, mas a partir do momento que nós, não conseguimos enxergar o ‘outro lado da moeda’, tornando nocivo o desejo de querer muito dinheiro nos tornamos em pobres miseráveis.
Este amigo deixou de viver, ele menciona que não “gasta” dinheiro com prostituição, com futebol ou em bares, no entanto o amor dele por dinheiro que se tornou numa obsessão, se tornou também doentio e oro a deus para que não se torne num vicio.
 Agora ele vive da ilusão de ganhar em jogos de azares, fazendo apostas grandes para ganhar um punhado de dinheiro, outro dia eu questionei o seu ‘modus operandi’, mostrando a ele que não é vantagem deixar de “gastar” dinheiro com prostitutas, futebol e em bares ou outra forma de entretenimento para a sua própria diversão, pois pelo menos ele tem uma contrapartida, de estar investindo nas coisas que gosta.
Disse a ele que está fazendo pior, quando deixa de fazer coisas que gosta nesta vida, dando todo o seu suado dinheiro para o governo, quando ele mesmo critica o governo, por não fazer nada em prol do povo, com tanto dinheiro que arrecadam dos contribuintes com impostos diversos.
Eu sou repetitivo porque não gosto de ver meus amigos se darem mal ou fazerem negócios mal feitos na vida e muito pior, preferirem ter uma bolada em dinheiro no bolso em detrimento da sua própria felicidade nesta vida.
Dinheiro, em minha opinião só tem valor ser ele nos proporcionar alguma alegria de vida, mas ter dinheiro só para guardar não faz sentindo algum, pois desta vida não levamos nada, nem o nosso corpo levamos!
Voltando ao assunto e como mencionei temo que ele fique viciado em jogos, para quem não sabe as ilusões causadas por jogos de azares são os mesmos da ilusão causada pelas drogas, por esta razão tem muita gente no mundo, que perderam tudo na vida por este vicio maldito, sendo que tem até clinicas especializadas para o livramento deste mal.
Ele, o meu amigo, tem o perfil e está propenso a se tornar num viciado por jogos, pois deixou de viver a muito tempo a sua vida, deixou de buscar por bons momentos enquanto vivo, ignora todas as possibilidades de uma vida feliz, preferindo acreditar que se ele ganhar com esses jogos de azar, ele será uma pessoa feliz, completamente mudada.
Torço muito para que ele ganhe e se enriqueça e seja muito feliz, mas a exemplo do meu avô, quando a pessoa está sendo regida pelos sentimentos de ira, avareza e estupidez, todo o dinheiro do mundo ou do universo, não poderá tirar o arrependimento de quem deixou de viver a vida plenamente pelo simples fato de estar vivo, aproveitando ao máximo as oportunidades que a vida lhe proporcionou.
Hoje ele é jovem, mas o tempo é implacável e o tempo perdido por acreditar que o dinheiro é sinônimo de felicidade a ponto de deixar de viver a própria vida terá um custo muito alto.
Pois uma das coisas que não volta atrás é a própria vida, como o tempo que temos nele, e ignorar por dó de “gastar” dinheiro e por tudo que ele pode nos proporcionar, o arrependimento pode se tornar visceral!
Pense dinheiro é bom quando é nosso, quando for meritório e sabendo administrar nunca faltará, devemos ter o suficiente para a nossa própria satisfação, mas em excesso poderá se tornar numa maldição nas mãos de um tolo, com poucas garantias da  felicidade neste mundo.
Não se esqueça; ‘se riqueza material fosse sinônimo da felicidade’ muitos ricos não seriam depressivos suicidas!

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