Quem não gosta de dinheiro?
O dinheiro é bom porque nos
dá poder de compra ao mesmo tempo em que nos proporciona liberdade de podermos
“realizar” todos os nossos sonhos e desejos mundanos.
Mas não esqueça que ele pode
ser uma bênção ou uma maldição na vida de uma pessoa tola.
Tolos são aqueles que vivem
da ilusão mundana e por consequência tem as suas vidas regidas pelos
sentimentos ruins da ira, estupidez e avareza.
Sendo que tais tolos por mais
dinheiro que eles possam ter são menos felizes, pois pela própria estupidez não
sabem aproveitar os benefícios que o dinheiro pode nos proporcionar enquanto
vivos, preferindo guarda-los, ‘armazenar’ como se fosse levar muito além dos
túmulos.
Exemplo do meu avô, velho
avarento, estúpido e com o coração carregado de sentimentos de ira morreu na
miséria e de favores, observe que ironia do destino, na casa do genro (meu pai)
que ele mais desprezava e humilhava segundo a minha própria mãe.
Detalhe eu me lembro como se
fosse ontem, meus tios “oravam” para que o velho morresse logo, debaixo do
colchão um monte de dinheiro que ele não usufruiu e nem permitiu que seus
filhos usufruíssem, pois parece que quando meu avô morreu todo o dinheiro
guardado por ele debaixo do colchão não valia mais nada.
Então eu me pergunto depois
de adulto; ‘pra que guardar tanto dinheiro e ignorar os confortos que ele
poderia ter proporcionado ao meu avô e a sua própria família, vivendo uma vida
sem confortos e o pior, conquistando a ira de seus próprios filhos por tanta
ganancia da avareza’?
Das minhas lembranças em
relação a meu avô são boas, pois ele era carinhoso comigo, mas não vou deixar
de analisar o seu comportamento estúpido, ocultando do mundo, afinal de contas
levo muito a sério o conceito de que a vida é uma escola e as pessoas os nossos
melhores mestres da vida.
Estamos todos sempre
aprendendo com todos, dentro de casa e fora na sociedade, tolos são aqueles que
negam tal aprendizado, ignorando todo aspecto real, embora nua e crua, mas
libertador que a própria vida nos proporciona.
Mas quando o dinheiro se
torna a própria maldição na vida da pessoa?
Quando ela é roubada, meu pai
sempre me ensinou que dinheiro tem que
ser meritório, você tem que trabalhar para merecer, ficar de olho no dinheiro
alheio ou tomar posse do que é dos outros, nunca te fará rico ou prospero.
Reparem que o ladrão não
consegue sair da pobreza, porque o dinheiro que ele consegue “fácil” não rende
pela própria maldição do ‘modus operandi’ com que adquiriu o dinheiro,
caracterizando com um dinheiro maldito.
E por mais que ele tenha
dinheiro em suas mãos, nunca será o suficiente para saciar a avareza que é
regida pela sua própria estupidez e ira da não aceitação, de que o dinheiro é
meritório e não adianta roubar daqueles que trabalham honestamente, porque o
mesmo se torna maldição pelas próprias condições do roubo com que ele foi
adquirido.
Mas tem outra forma de tornar
o dinheiro amaldiçoado!
É quando não a usufruímos por
tudo que ele pode nos oferecer, e a exemplo do meu avô que trabalhou a vida
inteira e colocou todos seus filhos para trabalhar na roça, despertando neles a
ira, de que seu próprio pai tirou proveito deles, não retribuindo com o
reconhecimento financeiro e se quer, com a gratidão, dando a eles pelo menos o
carinho do reconhecimento e afeto paternal e pelo menos, os confortos que o
dinheiro poderia ter proporcionado a toda família.
Mas avarezas, ira e estupidez
não são privilégios de pessoas mais idosas, o meu amigo, honesto, e até onde
conheço idôneo está amaldiçoando seu próprio dinheiro, tornando a arte de
ganhar dinheiro numa experiência enfadonha e traumática!
Ele é jovem, mas se tornou
tão avarento quanto o meu falecido avô, está completamente mundano e valoriza o
dinheiro mais do que os benefícios que ele pode nos proporcionar em vida,
tornando o seu próprio dinheiro ganho, em um recurso escasso e amaldiçoado.
Amaldiçoado porque o dinheiro
foi criado por uma finalidade e tem por função nos proporcionar uma vida melhor
em todos os sentidos, mas a partir do momento que nós, não conseguimos enxergar
o ‘outro lado da moeda’, tornando nocivo o desejo de querer muito dinheiro nos
tornamos em pobres miseráveis.
Este amigo deixou de viver,
ele menciona que não “gasta” dinheiro com prostituição, com futebol ou em
bares, no entanto o amor dele por dinheiro que se tornou numa obsessão, se
tornou também doentio e oro a deus para que não se torne num vicio.
Agora ele vive da ilusão de ganhar em jogos de
azares, fazendo apostas grandes para ganhar um punhado de dinheiro, outro dia
eu questionei o seu ‘modus operandi’, mostrando a ele que não é vantagem deixar
de “gastar” dinheiro com prostitutas, futebol e em bares ou outra forma de
entretenimento para a sua própria diversão, pois pelo menos ele tem uma
contrapartida, de estar investindo nas coisas que gosta.
Disse a ele que está fazendo
pior, quando deixa de fazer coisas que gosta nesta vida, dando todo o seu suado
dinheiro para o governo, quando ele mesmo critica o governo, por não fazer nada
em prol do povo, com tanto dinheiro que arrecadam dos contribuintes com
impostos diversos.
Eu sou repetitivo porque não
gosto de ver meus amigos se darem mal ou fazerem negócios mal feitos na vida e
muito pior, preferirem ter uma bolada em dinheiro no bolso em detrimento da sua
própria felicidade nesta vida.
Dinheiro, em minha opinião só
tem valor ser ele nos proporcionar alguma alegria de vida, mas ter dinheiro só
para guardar não faz sentindo algum, pois desta vida não levamos nada, nem o
nosso corpo levamos!
Voltando ao assunto e como
mencionei temo que ele fique viciado em jogos, para quem não sabe as ilusões
causadas por jogos de azares são os mesmos da ilusão causada pelas drogas, por
esta razão tem muita gente no mundo, que perderam tudo na vida por este vicio
maldito, sendo que tem até clinicas especializadas para o livramento deste mal.
Ele, o meu amigo, tem o
perfil e está propenso a se tornar num viciado por jogos, pois deixou de viver
a muito tempo a sua vida, deixou de buscar por bons momentos enquanto vivo,
ignora todas as possibilidades de uma vida feliz, preferindo acreditar que se
ele ganhar com esses jogos de azar, ele será uma pessoa feliz, completamente
mudada.
Torço muito para que ele
ganhe e se enriqueça e seja muito feliz, mas a exemplo do meu avô, quando a
pessoa está sendo regida pelos sentimentos de ira, avareza e estupidez, todo o
dinheiro do mundo ou do universo, não poderá tirar o arrependimento de quem
deixou de viver a vida plenamente pelo simples fato de estar vivo, aproveitando
ao máximo as oportunidades que a vida lhe proporcionou.
Hoje ele é jovem, mas o tempo
é implacável e o tempo perdido por acreditar que o dinheiro é sinônimo de
felicidade a ponto de deixar de viver a própria vida terá um custo muito alto.
Pois uma das coisas que não
volta atrás é a própria vida, como o tempo que temos nele, e ignorar por dó de
“gastar” dinheiro e por tudo que ele pode nos proporcionar, o arrependimento
pode se tornar visceral!
Pense dinheiro é bom quando é
nosso, quando for meritório e sabendo administrar nunca faltará, devemos ter o
suficiente para a nossa própria satisfação, mas em excesso poderá se tornar
numa maldição nas mãos de um tolo, com poucas garantias da felicidade neste mundo.
Não se esqueça; ‘se riqueza
material fosse sinônimo da felicidade’ muitos ricos não seriam depressivos
suicidas!
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