Você tem medo de que?
Sabe o que eu tenho reparado
ultimamente; pessoas com medo de suas próprias vidas, antigamente quando mais
novo eu tinha medo de vampiros, lobisomens e entre muitos outros personagens
criados propositadamente para nos tocar o terror.
Eu cresci, hoje depois de
adulto, quando assisto a esses tipos de filmes, acho até graça, pois sei que
eles não existem.
Ao mesmo tempo em que
descobri um outro tipo de medo no processo do meu amadurecimento, o medo das
coisas que não enxergamos, mas sabemos muito bem que ela existe, tipo o ‘terror
psicológico’ dos fenômenos que acontecem em nossas vidas, e que normalmente
chamamos de ‘vida’!
E terror porque sentimos seus
efeitos, e muitas vezes não sabemos por que tomamos determinadas atitudes
ocasionando indesejados resultados como conseqüências negativas baseadas em
nossas ações impensadas.
Mas acho “normal” ter medo da
vida já que a vida é quase sempre inexplicável em palavras e dentro das
possibilidades que a nossa própria razão consiga descrever em palavras, ao
mesmo tempo em que não podemos negar da sua existência, dentro da realidade de
cada individuo deste mundo e planeta.
Compreendi através da
filosofia budista que mesmo não sabendo explicar a vida em palavras bem como o
seu mecanismo do funcionamento durante a
nossa estadia neste ciclo de nascimento e morte não precisamos temê-la.
Pois como o próprio Buda
mencionou, todos instintivamente ou de forma inconsciente manifestaremos os
caminhos que temos que seguir, mantendo sempre nossas mentes e corações abertos
e completamente desapegados de tudo que é mundano.
A confusão nasce do desejo do
apego gerado pela própria ganância de querer ter e obter para sermos quaisquer
coisas que acreditamos ser o melhor do que nós próprios, só para ostentar para
um mundo igualmente mundano e extremamente materialista, onde pessoas são
respeitadas não por quem elas são, mas pelo que elas possuem.
Quase sempre são pessoas vazias
por dentro, chegando um momento onde a fama e todo o glamour “adquirido” não
consegue suprir as suas necessidades de se manterem em ‘alta’ por muito tempo,
pois seus vazios interiores são como um buraco negro no espaço, engolindo tudo
em torno delas.
E não haverá limites, pois o
tal do ego é faminto, se tem algo a ser temido, não é com a vida que temos que
nos preocupar, mas com os nossos próprios egos que nos faz agir
irracionalmente, agindo de forma gananciosa.
Pois a vida é como um espelho
ela apenas reflete tudo o que se põem a sua frente, sábios são aqueles que
aprenderam a refletir com os assuntos pertinentes a vida, nos conduzindo para
um caminho equilibrado da razão, com melhores resultados.
Certa vez comentei com um
amigo, usuário de drogas, para que
refletisse por tudo que ele estava fazendo em sua vida, fiquei pasmo com
o que ele me respondeu, obviamente que não esperava uma resposta inteligente
por parte dele, afinal de contas ele consome drogas e só ‘introduz uma porcaria
dessas’ dentro do próprio corpo quem tem ‘coco’ dentro de si mesmo.
Ele apenas deu um sorriso
amarelo e me disse que não era um espelho para ficar refletindo qualquer coisa
nesta vida.
Fiquei calado, hoje ele não
faz mais parte deste mundo, como conseqüência das drogas acelerou sua partida
precocemente aos vinte e poucos anos de idade, partiu pra outra, “se melhor ou
pior”, ninguém saberá, afinal de contas; ‘o que faz da vida ser o que ela é são
as nossas próprias escolhas’, e a culpa não é de ninguém, só de nós mesmos!
Então fica a dica, não tema a
sua vida, apenas siga os teus instintos e não permita que valores mundanos como
das ostentações tape os olhos da tua alma, a ponto de não conseguir enxergar os
teus próprios instintos, lembre-se que a pior cegueira humana é aquela que não
quer ver por conveniência própria.
E é desta “cegueira” que
temos que temer e não das nossas vidas, a vida é bela, viva seguindo a sua
própria intuição, não seja mais um manipulado pela criminosa mídia brasileira ou por qualquer outra mídia.
Paulo RK
Ótimo artigo. Parabéns!
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