Nascemos com alguma vocação e
até a pessoa descobrir qual é a sua, ele fica vagando no limbo, experimentando
de tudo um pouco e ao mesmo tempo se desinteressando por tudo com a mesma
velocidade com que escolheu, descobrindo muito rapidamente que não era bem o
que queria em sua vida.
Tal condição é típica porque seres
humanos são influenciáveis, e por não termos consciência das nossas verdadeiras
vocações fazemos determinadas escolhas, baseadas na ‘moda’, só porque todos
fazem, fazemos também!
No budismo apreendi a me
observar, a escutar as minhas necessidades inerentes de fazer parte de algo
muito maior além do que estou acostumado a fazer, colaborando comigo mesmo e ao
mesmo tempo buscando um mundo melhor.
Quando novo assistia e lia
muitas estórias em quadrinhas de heróis e me identificava com muitos deles, o
‘homem aranha’ era o meu predileto, porque apesar de seus poderes de aranha ele
tinha o seu lado humano, fraco e vulnerável.
Foi criado pela avó e vivia o
seu próprio drama pessoal e familiar por não ter conhecido seus pais
biológicos, mas apesar deste conflito pessoal, ele assumia a condição de
salvador da pátria e a despeito dos seus próprios problemas pessoais ele se
esforçava em tempo integral para ajudar as pessoas, colaborando com um mundo
melhor.
Tem um filme que assisti
quando moleque cujo nome não me lembro, só sei que é do diretor americano Steve
Spielberg, pois vi seu nome nos letreiros finais, quando liguei a t.v., o filme
estava acabando mas acredito que peguei na melhor parte e muito provavelmente
tais cenas ficará marcados na minha mente e vida por toda a eternidade.
E como não poderia deixar de
ser e no melhor estilo ‘Spielberg’ o filme falava sobre extraterrestres, numa
cidadezinha do interior norte americana um OVN caiu, deixando o local,
perigosamente radioativo e a população caipira, apesar de assustada estavam
curiosas, sem saber dos reais perigos que aquele objeto espacial poderia causar
em suas pacatas vidas.
No entanto e a despeito dos
perigos da radiação os alienígenas dentro da nave não eram hostis e tinham o
poder de ler as mentes e intenções dos humanos, evitando o confronto ou um
contato mais direto com os maus intencionados, contudo eles sabiam de alguma
forma, que a maldade entre os homens não era um sentimento predominante deste
planeta.
Quando uma garotinha
acidentalmente se aproximou deles e adquiriu poderes, só não sei foi pela
radiação, ou se o poder foi concedido propositadamente pelos extraterrestres,
que perceberam nesta garotinha, um coração digno para receber tal capacidade de
cura.
Como mencionei anteriormente
peguei o filme no finalzinho, quando a menina estava sendo perseguida por um
assassino contratado pelos agentes do FBI e pelos próprios agentes.
A menina estava sobre a
proteção de um casal que parecia estar sendo controlados pelos ET’s, não tenho
muita certeza, eles estavam indo para a rodoviária tomar um ônibus e sair
daquela cidade, com o intuito de proteger a menina.
Enfim duas cenas que marcou
muito, a primeira quando a garotinha viu no corredor do banheiro uma linda
moça, careca e sentada numa cadeira de rodas, estava sem forças e muito triste,
ela se aproximou desta moça e muito comovida deu um sorriso e a abraçou, no instante momento que
a menina abraçou a cadeirante, ela
começou a chorar, e seu semblante mudou de aspecto e agora com um vasto sorriso
levantou da cadeira e agradeceu em
prantos a sua salvadora.
Neste intervalo o assassino
contratado observou uma movimentação no corredor e localizou seu alvo, mas o
homem que estava com ela, o seu protetor gritou ‘fuja’ e foi enfrentar o mesmo.
A mulher não titubeou pegou
no bracinho da menina e começaram a correr para o lado oposto, enquanto os dois
homens se atracavam, infelizmente o assassino levou a melhor matando o homem protetor. (tristeza)
Continuando a sua
perseguição, ele alcançou as suas vítimas e matou friamente a mulher na frente
da criança, e apesar dela saber das intenções do assassino a menina não
demonstrou medo, muito pelo contrario o encarou com um sorriso no rosto e
perguntou se ela poderia abraçar ele, ele meneou a cabeça positivamente e
novamente algo aconteceu.
Ao ser abraçado pela criança
ele começou a chorar como se fosse um garotinho inocente e perguntou a ela o
que ela tinha feito, pois simplesmente a intenção dele de matar se transformou
numa necessidade de proteger, colocando a no ônibus e inclusive matando os dois
agentes que estavam no encalço deles.
Desde então eu sempre quis
ter o poder do homem aranha de ajudar as pessoas e o poder de curar as pessoas
como os da menina e assim tirar os sofrimentos daqueles que amo nesta vida,
pois os sofrimentos daqueles que amo me faz sofrer por tabela, e assim mudar o
mundo para o melhor!
Mas foi em 1999 que mudei o
meu conceito (amadurecido) de considerar humanos fracos e patéticos na sua
forma, foi com a filosofia budista que aprendi o valor de sermos humanos e
sobre os nossos incríveis poderes inerentes da capacidade natural de superação.
Numa das passagens do Sutra Sagrado
de Lótus está escrito que o Buda salva as pessoas através das palavras, BINGO!
Foi quando descobri o poder
motivacional que as palavras possuem de resgatar da escuridão fundamental
(ignorância) uma alma sofredora, e sem quaisquer motivações pela vida.
Despertando em mim a própria
consciência do Buda de que também possuía tais poderes naturais de poder curar
os males que fazem tanto sofrer as pessoas deste século.
Uma curiosidade, o Buda
escreveu sobre os sofrimentos da humanidade setecentos anos atrás e daquela
época pra cá em pleno século XXI a humanidade continua a sofrer pelos mesmos
motivos, desarmonia familiar, doenças, financeiros e conflitos de
personalidades.
Daquela época pra cá o mundo
“evoluiu”, a ciência e a tecnologia deram saltos monstruosos rumo à
modernidade, no entanto as questões humanas continuam tão primitivas quanto à
época dos nossos primórdios, e o homem moderno não consegue viver em harmonia
com os da sua própria espécie e muito pior não consegue viver em harmonia
consigo mesmo.
E é onde eu entro, cumprindo
com o meu papel de herói, descobri a minha vocação de fazer despertar nas
pessoas todos os sentimentos bons através das palavras carregadas de carinho e
consideração pelo próximo (empatia), motivando as e fazendo despertar nelas
esperanças que até então elas próprias desconheciam.
É muito gratificante ouvir
das pessoas palavras de gratidão quando elas nos responsabilizam por quem elas
são e por tudo que elas realizaram após um longo bate papo, no entanto devo
lembrar que o meu papel foi ínfimo na vida delas, eu apenas acionei o botão
liga/desliga, apenas mudei, troquei a chave da posição desligado para o ligado,
e na verdade foram elas próprias que fizeram por merecer, me escutaram,
refletiram e o mais importante, tomaram rédeas de suas próprias vidas.
Descobrindo que elas podem
fazer a grande diferença seguindo suas próprias intuições desde que decidam por
si mesmas mudar uma condição que lhes desagradam.
O mundo não é ruim e as
pessoas não são cruéis, somos nós mesmos os nossos piores inimigos quando
ficamos inertes e passiveis perante os obstáculos em nossas vidas.
E agora que descobri
recentemente a minha verdadeira vocação estou estudando e me dedicando muito
para viver o resto da minha vida como palestrante motivacional, desejo fazer
algo que gosto e não me aposentar tendo uma vida medíocre, dentro de uma sala
de escritório resolvendo problemas burocráticos de empresas, só para ter
dinheiro para pagar contas no final do mês.
Quero colaborar com um mundo
melhor ajudando as pessoas, despertando nelas sentimentos bons, como ter
esperança em suas próprias vidas e com isso obter mais felicidade na minha vida
por quem eu sou e pelas minhas realizações como colaborador de um mundo melhor.
De que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma! http://blogdoscristaoss.blogspot.com.br/2016/02/sera-que-eu-nao-posso-me-divertir-agora.html
ResponderExcluirParabéns pelo artigo. Muito bom Paulo.
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